quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

2010; Ano Eleitoral



















          Mais um ano se inicia, muita festa, muita alegria, mas sobretudo muita esperança. O ano de 2010, será um ano eleitoral. O povo brasileiro mais uma vez irá ás urnas para escolher seus novos dirigentes tanto no parlamento estadual e federal como também seus novos governadores e presidente.

          O Brasil na ultima década está sendo marcado pela corrupção política. Fatos estes que tem sido constatado pela mídia o tempo todo. Temos assistido uma verdadeira onda de corrupção política seja por parte das instituições-empresas, seja por empresários de grandes aglomerados. Corrupções generalizadas onde governadores, deputados, senadores estão envolvidos em inúmeros escândalos. Também temos assistidos políticos dizerem que estão se lixando para a opinião pública bem como senadores e deputados que se uniram para não punir seus pares. Um deste acontecimento foi o caso vergonhoso do deputado Edmar Moreira, onde seus pares uniram-se e nada ocorreu com o mandado dele. Também tivemos no Senado da Republica, senadores e senadoras da base do governo e do próprio PT votando NÃO para que não se investigasse as denuncias do senador e presidente daquela Casa José Sarney.

          Certamente, todos estes políticos estarão entrando em sua casa, sem licença previa para pedir novamente seu voto, seja para dar continuidade em seus mandatos ou postulando outros cargos de maior relevância.

          O político, na sua concepção tem a garantia que o eleitor não tem memória. Para ele basta uma boa lábia. Basta dizer o que realizou em seu mandato e o que vai realizar caso se eleja ou reeleja. Basta ter bons cabos eleitorais como prefeitos e vereadores. Enfim, na mente do político, basta ter dinheiro, prestigio que é o suficiente para continuar no poder e assim dar continuidade na corrupção.

          O mais decepcionante é que eles não estão tão errados ao pensarem assim, pois grande maioria do eleitorado não se interessa por política, e assim para eles todos são iguais indiferentemente quem esteja no Poder. E também, acreditam no ditado do tomate pobre, isto é, se colocar um tomate pobre numa caixa de tomates bons estraga a caixa toda; pior é que, no caso dos políticos não e um tomate pobre, mas uma caixa toda e apenas alguns tomates bons.

           No entanto, os eleitores não devem se manter omisso a política e nem na escolha de candidatos, pois sua decisão tem influencia no dia a dia de todos os brasileiros. No mínimo o eleitor precisa ter um espírito de solidariedade, isto é, se para ele pouco importa quem esteja no poder, pense então no próximo, pense naqueles que necessitam da presença do Estado. Procure escolher candidatos que tenham perfis de pessoas éticas, honestas, se errar pelo menos tentou acertar.

          Em suma, que o espírito de natal e que a esperança no ano de que inicia (2010) possa provocar mudanças em nós em todos os sentidos, e de modo especial, nos fazermos sentirmos responsáveis pelo futuro de nosso querido Brasil, escolhendo bons dirigentes, para que de fatos, todos tenham vida e vida em abundancia.

Ataíde Lemos

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Golpe de Estado.


















          Comumente usamos a palavra Golpe de Estado, quando um Presidente da Republica é deposto por militares. Quando parte das autoridades que também são responsáveis para manter a Ordem do País e preservar fazendo-se a Constituição Federal tomam atitude.

          Realmente, ninguém gosta quando um policial entra em nossa casa e acaba prendendo pessoas, ou mesmo, quando uma Medida Judicial é decretada para reintegração de posse de um terreno, uma fazenda e ainda, muitos não gostam quando pessoas invadem fazendas, destroem plantações, bens, etc. No entanto, para se fazer cumprir a Lei muitas vezes tais medidas são necessárias.

          Pois bem, quando pensamos em golpe, precisamos também falar sobre o golpe que os políticos dão ao iludirem seus eleitores. Ao fazer um discurso e nos bastidores praticarem outros. Também é golpe quando políticos vêm até nossos lares nos seduzindo para colocarem no Poder, e ai no dia seguinte a eleição, já nos roubam através da corrupção desenfreada.

          E quanto a estes golpes realizados por políticos, o brasileiro fica com mãos atadas, esperando os tramites da Justiça que é morosa assim, acaba beneficiando tais políticos. Muitos gestores, deputados são condenados quando já venceu o mandato ou quando já morreram – alias depois que morre não tem mais como ser condenado.

          Muitos Golpes de Estado da maneira como se dá, é porque alguns que tem como responsabilidade defender a Constituição Federal, através de armas assumem o comando do País e exclui a força estes políticos golpistas e estelionatários do País.

          A democracia é um direito de todos e não de poucos. Um político mandatário de um País deve e precisa ter como responsabilidade zelar pela Constituição Federal, e não se aproveitar do Poder aliando-se há um grupo e fazer o que bem quer.

           O Brasil está passando por um momento deste. Há inúmeras gravações onde aparece o governador de Brasília recebendo propina por varias vezes, Há inúmeras falas que provam sua ação e responsabilidade na corrupção. Quero até usar um jargão sempre colocado pelo Senador da Republica Mão Santa: “Um quadro vale mais que mil palavras”. Enfim, está mais que evidente da corrupção do então governado de Brasília José Roberto Arruda e sua cúpula, como também, parte dos deputados distrital e federal. Ai fica uma pergunta: o que vai acontecer com eles? Nada, simplesmente nada. Até o desenrolar do processo que levará anos ou décadas tais políticos continuam no Poder, uns se reelegem, outros dão um tempo ou vão trabalhar em alguma pasta do Executivo e assim, a vida passa, o povo esquece e os políticos se safam da justiça e do julgamento popular e continuam nos roubando.

          Tivemos um acontecimento claro disto, todos os políticos que participaram do mensalão no passado foram absolvidos tanto pela Justiça quanto pela sociedade que lhe deram o retorno novamente ao Poder pelo voto, com exceção, a dois políticos que na verdade, mesmo sendo culpados, sua “punição” por parte dos seus pares foi para iludir a sociedade.

          Em suma, quando parte da sociedade apóia a ação de militares em seus “Golpes de Estado” é devido esta impunidade. É devido à falta de Leis que dê ao eleitor o direito de caçar mandatos políticos. Leis que faça com que político corrupto tenha o direito de recorrer sim, porém fora do Poder. Enquanto medidas que punem e que dão ao brasileiro a certeza da punição não surgem, muitos, ainda que sobre protestos, sempre apoiarão os “Golpes de Estado”.

Ataíde Lemos

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O caso Isabella nos leva a reflexão; quem é o Homem?

















          Um acontecimento trágico que está na mídia, e nos choca cada dia mais, é a morte violenta de Isabella No principio, não dava para acreditar que seu pai juntamente com a madrasta fossem capazes de praticarem ato tão covarde e violento. Como um pai seria capaz de simular a morte de sua filha jogando-a pela janela do sexto andar e descer correndo para montar um teatro macabro de desespero?

          Realmente era algo difícil de acreditar, no entanto, tudo já está esclarecido e, infelizmente vemos que o Ser humano dotado de racionalidade, acaba envergonhando os animais irracionais pela suas atitudes e comportamentos.

         Algumas perguntas acabamos fazendo: que seria do homem sem uma educação? Sem uma formação familiar onde lhe é ensinado valores? O que seria do homem sem uma formação espiritual e religiosa? Enfim, o que seria do homem sem Deus?

          Se o Ser humano é capaz de ter atos destes como matar, simular a destruição de seu próprio sangue como no caso do pai de Isabella como também muitas mães, pais, profissionais de saúde serem capazes de matar crianças ainda no ventre provocando o aborto, o que esperar do homem?

          Se não somos sensíveis para sentir a dor da própria carne, como sentir a dor da carne do outro? Certamente, o homem sem uma formação educacional como o de valores básicos que é o amor por si e pelos outros, o respeito pelo alheio, a valorização do corpo e principalmente a valorização da vida, o homem é um suicida, homicida. Enfim, é o pior dos animais, pois pela inteligência existente nele é capaz de arquitetar, planejar e executar o mal em dimensões desproporcionais.

          Embora o homem seja dotado de Espírito, sendo um Ser espiritual, precisa ser educado, catequizado para tal. Não há como o homem entrar em contato com o transcendental, com Deus se não for estimulado, ensinado. É pela catequese, pelo ensino seja por meio de uma instituição religiosa ou dos pais que o homem aos pouco se abre para a experiência de Deus em sua vida.

          Quando vemos estes atos de violência, sem explicação, o que devemos refletir é: qual educação familiar, institucional que estamos dando as nossas crianças e adolescente? Quais são os valores que estamos repassando aos nossos filhos? Porque é esta educação que irá formar ou deformar o caráter deles.

           O homem, a sociedade é o seu meio ambiente; é a educação no sentido amplo que lhe foi e é oferecida. Jamais podemos desaperceber que o homem sempre terá tendência para o mal, pois ele é egoísta na sua essência. Sendo assim, se não recebe uma educação de sociabilidade, de amor por si mesmo e pelo seu semelhante. Se não aprende a respeitar seus limites e os direitos dos outros, certamente estaremos construindo monstros capazes de atos de proporções desastrosas. Exemplos de monstros há de sobra como Hitler e inúmeros outros tantos.

           O que ocorreu no caso Isabella, o caso do menino João Vitor e tantos anônimos que são esquecidas por serem pessoas pobres ou excluídas como, por exemplo, as crianças da Candelária que foram mortas barbaramente com requinte de crueldade somente vêm nos revelar quem somos. Estes acontecimentos não são exceções de algumas pessoas. Se não ocorre de forma epidemiológica ainda, se deve a educação, a formação familiar e espiritual recebida de grande parte da sociedade.

Ataíde Lemos

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Socialismo X Capitalismo












         Há muitas discussão entre regime socialista e capitalista, e ai fico me perguntando: será que os que são contra a caça aos animais, etc, todos são vegetaríamos? Não sou favorável à caça predatória ou, muito menos, a favor dos que destroem a natureza. Não sou contra os ambientalistas, pelo contrario, sou favorável à preservação das espécies e do meio ambiente. Mas, às vezes vemos certos comportamentos de grupos ou de pessoas que não tem nada haver com defesas disto ou daquilo, mas sim, uma forma de ingressar e fazer carreira política por meio de discursos ideológicos.

          Pois bem, o que tem haver regime de governo com questões do meio ambiente? A mesma coisa, pois muitos defendem regimes políticos, sistemas de governos não por convicção, mas por simples interesses.

          Todo regime, todo sistema de governo é uma faca de dois gumes, isto é; é bom e é ruim, o que dependente é de como são e por quem são conduzidas tais nações. Que tipo de pessoas está no poder e quais são as Leis existentes. Qual a índole e intenção dos mandatários que dominam o Poder e também qual a índole e interesses dos que são responsáveis para mantém a ordem democrática num País.

          Tivemos um exemplo claro que foi em Honduras, um presidente que quis ditar as regras para manter-se no poder, inclusive infringindo a Constituição Federal daquele País, acabou sendo deposto, e seu sucessor, embora tenha sido criticado pelas nações acabou conduzindo o País corretamente. Foram realizadas novas eleições e se resolveu a questão política. Enfim, se analisarmos friamente a questão de Honduras, sem paixões, não houve golpe de Estado e se tivesse havido teria sido da parte do ex- presidente Zelaia, o qual pretendia manter-se no Poder, afrontando a Constituição Federal.

          Mas, voltando em socialismo e capitalismo, observamos que os dois regimes funcionam. Há países que o capitalismo não provoca exclusão social, o País distribui o bolo ao passo de que tais paises gozam de bons serviços públicos prestados a sociedade como também observamos países capitalistas que oprimem seu povo, favorecendo-se ao capital em detrimento a sociedade de um modo geral. Desta mesma maneira ocorrem em países socialistas.

          Enfim, a discussão de regime, na verdade, é apenas ideológica, pois o papel do Estado é promover políticas em todas as áreas seja ela econômica, cultural, de desenvolvimento ou social. Em qualquer regime os recursos financeiros entram nos cofres públicos e, sua população seja ela o empresariado o trabalhador estão sujeito às mesmas Leis. O papel do Estado é administrar os recursos públicos com eficiência, promovendo a justiça social. O papel do Estado é promover uma Educação, uma Saúde de qualidade como também políticas de segurança, transporte, etc. Enfim, o papel do Estado é fazer o país desenvolver-se em todas as áreas, independente do regime político adotado.

          Porém, o que percebemos nesta discussão de regime político está mais relacionado a interesse pelo poder, que não tem nada haver com socialismo ou capitalismo. Se analisarmos em nossos políticos veremos que muitos dos quais defendem o socialismo são oriundos de famílias abastardas financeiramente. Enfim, nasceram em berços de ouro, mas fazem discursos para os pobres, para os idealistas. E, mesmos os que não vieram de berços de ouro se elegeram a custa de dinheiro das empresas sejam elas públicas ou privadas e também fazem os mesmos discursos com objetivo de agradar as massas.

          Todos sabemos quanto custa uma eleição, não é barata. Portanto, a maioria esmagadora dos políticos usa de milhões e milhões de dinheiro tanto dos empresários quanto do Estado – por meio de empresas públicas – e vivem a manter discursos ideológicos para ludibriar os mais ignorantes politicamente.

Ataíde Lemos

domingo, 6 de dezembro de 2009

Políticos corruptos

















Não permitem o sonho nascer
Roubam nossa liberdade
São usurpadores do poder
Extremamente covardes

Vestem peles de cordeiros
Mas são lobos ferozes
Destroem os brasileiros
São animais vorazes.

Com muita habilidade
Conseguem-nos seduzir
Damos a eles a autoridade
Para logo após nos trair.

Temos nossa responsabilidade
Mas o que há de se fazer?
Se usam suas agilidades
Para nos convencer!

Bem que tentamos mudar
Este estado de situação
Mas são ágeis em nos enganar
E caímos na mesma tapeação.

A esperança não deve morrer
Nossa voz não pode se calar
Talvez um dia pode acontecer
Que uma luz venha clarear.

Talvez seja apenas utopia
Acreditar numa solução
Para eliminar esta sangria
Que seja pela Educação.

Pode ser que o eleitor consciente
Preparado, mais bem educado
Descubra o antídoto eficiente
E não seja mais ludibriado.

Esperança ainda que tardia
Devemos manter no coração
Lutar com coragem dia a dia
Para transformar esta nação.

Ataíde Lemos

Corrupção dos políticos








Nossa revolta é justa
Quando nos indignamos com os políticos
Afinal, não é fácil ver tanta corrupção
Quando toda riqueza produzida pela nação
Que é esforço, é luta deste povo brasileiro
Sendo levada por mãos de ladrões
Deixando os mais pobres
Ainda mais na miséria.
Deixando os cidadãos sem Saúde, sem Educação
Jogado entre meio a violência
Pela falta de segurança.
Quando sabemos que todos pagam impostos
Sejam eles ricos ou pobres, brancos ou negros
Homens ou mulheres.
Porém, infelizmente, esta indignação
Não é fruto do hoje, a corrupção política
Existiu, existe e sempre existirá,
Já na época do Brasil colonial
Tivemos derramamento de sangue
Quando os inconfidentes pediam a liberdade
Liberdade por ver o País sendo roubado pelos portugueses.
Quem não conhece a celebre frase de Rui Barbosa
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
No entanto, mesmo sabendo que a corrupção
Sempre perdurará, não dá para silenciar
Deixar-se de indignar
Pois nossa revolta, as nossas palavras ficarão nos ventos
Propagando por varias direções
Propagando seu som em corações
Que podem mudar suas atitudes
Exigindo mais honestidade
Ou mesmo, em corações corruptos
Que por desejarem manter-se no Poder
Podem agir de maneira mais discreta
Roubando menos
E assim, sagrando menos a nação brasileira.

Ataíde Lemos

sábado, 5 de dezembro de 2009

Ouro Preto berço de Minas















Ouro Preto berço de Minas Gerais
Importante cidade mineira
Que em teu ventre muita história trás.

Visitar Ouro Preto é viajar no tempo
É apreciar um museu a céu aberto
Emocionando-se a todo o momento.

Grandes mestres ali se estabeleceram
Fazendo de Ouro Preto, referência cultural
Patrimônio da humanidade e orgulho nacional.

Poetas, pintores, escultores e tantos doutores
Em suas artes expressadas deixaram protestos,
Deixaram beleza, religiosidade em seus manifestos.

Enfim, Ouro Preto é passagem obrigatória
É a história da cultura e da política brasileira
Cidade-berço e orgulho das terras mineiras.

Ataíde Lemos

O tamanho do Estado ideal, Grande ou Menor?



















          Uma discussão ideológica existente é quanto ao tamanho do Estado. Uns pregam que ele deva ser Grande, isto é assumindo atividades empresariais estratégicas como constituir empresas e instituições-empresas. Outra corrente ideológica prega um Estado Menor, isto é que seja regulador deixando a cargo da iniciativa privada constituir, administrar empresas e instituições estratégicas para o País. Para estes, cabendo ao Estado apenas a fiscalização através de agências reguladoras.

          Pois bem, ao olharmos a grosso modo estas duas ideologias constatamos que ambas têm seus pontos positivos e negativos. Estas visões são responsáveis pelas ideologias capitalistas e socialistas.

          Muitos atribuem que ao permitir que o Estado seja Menor, transfere-se ao capital um domínio que pode oprimir a sociedade devido ao seu poder econômico. Muitos também afirmam que este tipo de ideologia cria uma pirâmide desigual onde poucos se tornam mais ricos e muitos mais pobres. Enfim, acreditam que este tipo de ideologia não produz uma justiça social e não dá oportunidade aos mais pobres.

          Já os que são favoráveis ao Estado Menor afirmam que um Estado Grande somente serve para corrupção, empreguismo, loteamento do País e a ineficiência dos serviços públicos prestados. É também importante dizer, que um Estado Grande tem mais facilidade em construir uma estrutura de dependência da sociedade aos políticos e isto é nocivo para a democracia, pois um Estado Grande se torna dominador e opressor.

          Os países mais pobres e os que durante muito tempo tiveram uma cultura comunista-socialista preferem um Estado Grande, pois lhes é comum a busca da perpetuação de seus políticos no poder. O Estado dominando empresas estratégicas tem como criar uma dependência de sua sociedade atrelada e alienada aos políticos. Algo que podemos observar também é que nestes países a democracia é limitada, não há prioridade na educação e sempre se procura de alguma maneira limitar o trabalho da imprensa.

          Um Estado Grande acaba também por meio de recursos públicos de suas próprias instituições-empresas, jogando muito dinheiro nas empresas de comunicação, tornando-as dependentes deles, fazendo que os meios de comunicação sejam súditos e parciais sem condições de atuarem livremente.

          Ainda podemos dizer que um Estado Grande devido ao empreguismo, ao loteamento de suas instituições-empresas constrói uma mobilização de líderes, que para manterem seus empregos e a corrupção tornam-se cabos eleitorais de políticos. Enfim, um Estado Grande é dominador da sociedade devido a três fatores fundamentais: o poder econômico e os controles social e político da sociedade.

          Já no Estado Menor o poder do governo é dividido com o empresariado, consecutivamente com a sociedade e isto diminui o poder econômico e faz com que perca o poder de manipulação através de grupos políticos, que se beneficiam das instituições-empresas.

           Certamente seja o Estado Grande ou Menor a corrupção não deixará de existir, pois a corrupção está na formação do caráter do Ser humano. Sendo assim, em qualquer das duas ideologias ela acorrerá. Porém, não há dúvida que quando a empresa ou instituição-empresa está sob à responsabilidade da sociedade e do empresariado e o governo atua regulando, há melhor qualidade dos serviços prestados à sociedade.

          Temos vários exemplos de serviços públicos transferidos pelo Estado para a iniciativa privada que têm se mostrado eficientes – ainda que precisem de maior fiscalização e regulação – como, por exemplo, as rodovias. Também temos vários serviços que são responsabilidade do Estado, mas que ele tem passado para a iniciativa privada e para a sociedade através do Terceiro Setor – ainda que timidamente – como Associação de Proteção aos Condenados (APAC). Podemos enumerar muitas outras instituições ou mesmo empresas onde o Estado passou apenas a fiscalizar e regular e que têm se mostrado eficientes dando maior transparência e qualidade em seus serviços.

          Finalizando, diante de tantos desmandos, tantas corrupções é preciso repensar o papel e tamanho do Estado. É preciso mantê-lo eficiente, permitindo que seja mais eficaz sem perder sua função de comando, no entanto, diminuindo a influência dele na sociedade de maneira tal, que impeça cada vez mais, que a sociedade seja obrigada a pagar mais impostos sem receber em troca serviços públicos de qualidade. Enfim, que o dinheiro arrecadado sirva apenas para a corrupção.


Ataíde Lemos

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Protesto ao vento















Não dá para aceitar calado
Silenciando sem nada falar
Quando vemos que o Estado
Existe apenas para nos enganar e roubar.

Impostos altos vivem a cobrar
Dizendo ser para saúde, educação...
Porém quando estamos a precisar
Dão-nos as costas, a resposta é sempre não

Nos hospitais, pessoas no chão são atendidas,
Isto, quando não morrem por omissão
A educação pública se encontra falida
Presos estão na rua e a sociedade na prisão.

Nos postos de saúde remédios nem pensar
A violência tomou conta das cidades
As drogas estão aos jovens dominar
Enquanto isso, cego permanece as autoridades.

Assim, vamos vivendo e tendo que rezar
Pois certamente, vamos morrer
Se vier adoecer, e do poder público precisar
Esta é a realidade com a qual temos que conviver.

Infelizmente, solução parece não haver
Pois, a responsabilidade é do cidadão
Quando tem oportunidade da mudança fazer
Vota somente pela emoção ou a troca de tostão.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pobre deste meu Brasil
















Pobre deste meu Brasil
Onde há tanta gente varonil
Pobre deste meu Brasil
Tão lindo entre tantas mil.
Pobre deste meu Brasil
Do carnaval, do futebol...
Como nenhuma nação viu.
Por que pobre do meu Brasil?
Se há tantas maravilhas,
Tanta beleza sem igual?
É porque fazem do meu Brasil
Um imenso carnaval
Tirando da mesa o pão.
Sangrando a produção
E os trabalhadores
Que são os autores
De toda riqueza que nele há
Para colocar nas mãos de ladrões
Através da corrupção.
Sanguessugas que covardemente
Deixam tanta gente
Sem saúde, sem educação,
Sem moradia, sem segurança
Deixam entre meio a violência
Matam lhe as esperanças.
Levando-os na miséria
Para depois com pires nas mãos.
Ser usadas nas eleições.

Ah! pobre deste meu Brasil
Que em toda eleição
Mantém os olhos vendados
Não analisa o passado
De cada candidato
Votando pela emoção
Ou por um favor recebido
Ou pela cara mais bonita
Tampando os olhos da razão
E elegendo os mesmo safados.


Ataíde Lemos

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Até quando esta corrupção?















Até quando termos que conviver
Com abutres que usurpam do Poder?
Até quando iremos ter que assistir
Esta corrupção famigerada existir?

Dinheiro na cueca, na meia, mala tudo mais
Desculpas esfarrapadas; é vergonha demais
Fazem do Brasil um imenso picadeiro
Cujos palhaços estão na platéia; o povo brasileiro.

Quando parece que de tudo já se viu
Mais uma gravação vem envergonhar o Brasil
A mídia mostra, e nós assistimos até sem reação.

Estas cenas que vemos cotidianamente acontecer
Joga água fria, faz o sonho, a esperança morrer
Causa náuseas esta corrupção em nossa nação.

Ataíde Lemos

sábado, 28 de novembro de 2009

A Maioridade Penal

         Discutir a redução da maioridade penal é como discutir o aborto, os pensamentos já estão formados e não há como mudá-los. É uma discussão desgastante e sempre apresenta os mesmos argumentos, sejam os dos prós ou os dos contra. Penso que esta discussão serve apenas para aqueles que ainda não têm uma opinião formada sobre o assunto.

          Pois bem, quando este tema – maioridade penal – é lançado em discussão para a sociedade leiga, aquela que não conhece a realidade penal, não conhece as leis e que se encontra sobre tensão do medo, pela falta de segurança, esta sociedade sim, é favorável à redução. Certamente, esta população acolhe a ideologia do sistema prisional e os apelos dos favoráveis, que na sua maioria usam a pedagogia do terror, isto é, enfatizando o crime cometido.

          Porém, a grande maioria das pessoas que atuam na área social, por meio de entidades sabem que o adolescente infrator é uma vítima do sistema social, ou melhor, é a conseqüência de uma política social que não funciona. Um sistema social que não reeduca o adolescente infrator e muito menos cumpre 10% do que propõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Portanto, punir estes adolescentes reduzindo a maioridade penal é um ato de covardia, é através da prisão camuflar a incompetência do Estado. Como de costume, a corda arrebenta sempre do lado mais fraco. No entanto, quando a sociedade concorda com isto, está indiretamente concordando com o Estado e assim, deixando de reivindicar o cumprimento das leis.

          Quem atua na área social com adolescentes infratores sabe que na grande maioria, estes são usuários de drogas e que grande parte deles têm suas famílias desestruturadas. Também sabe que a grande maioria não tem nem o curso primário ou o fundamental completo, e por fim, muitos não têm nenhuma profissão, isto é, são adolescentes que a única opção que tiveram foi o mundo da marginalidade.

          Ainda é preciso dizer, que em uma pessoa dependente química a sua idade cronológica não corresponde à emocional. Portanto, um adolescente de 18 anos de idade não tem emocionalmente esta mesma idade. Sendo assim, um garoto usuário de drogas de 16 anos pode ter uma idade emocional de12 ou 14 anos.

          Quando falamos em redução da maioridade penal, tratamos de um assunto muito sério que não deve ser questionado pela emoção, pela tensão ou pelo medo. Mas sim, analisando a questão social. É preciso discutir a partir do que se tem oferecido ao adolescente no que determina o ECA.

          Quando alguém se diz contra a redução da maioridade penal não está sendo a favor do crime, da impunidade, mas sim, está sendo contra a inércia do Estado que não cumpre suas obrigações, precisando assim fazer cada vez mais prisões, lá depositando sua incompetência. Assim sendo, a sociedade continua cada vez mais convivendo com a violência.

          Hoje o crime organizado alicia o adolescente de 16,17 anos porque estes estão protegidos pelo ECA. Com a redução da maioridade penal o tráfico de drogas aliciará os de 14, 15 anos e amanhã, aliciará os de 10,11 anos. Enfim, o problema da violência não está na redução da maioridade penal, mas sim, em apenas se fazer cumprir o ECA.

           Existe uma cultura que precisa ser mudada por parte da sociedade e esta mudança, é a de que a cadeia resolve o problema. Já está mais que confirmado que o caminho não é este. O que resolve é a reeducação do cidadão; é procurar dar condições para que o aprisionado saia melhor da prisão do que entrou.


Ataíde Lemos
Revisão:
Vera Lucia Cardoso

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sonho utópico




















Sonho com um mundo de paz
Mãos dadas com as diferenças
Diálogos entre povos ao invés das armas
Contendas solucionadas através da tolerância.

Sonho com um mundo sem fome
Com a abundancia de alimentos
E que todos partilhem de um mesmo sonho
Que é a justiça e o respeito à diversidade

Sonho com um mundo sem doenças
Crianças correndo em campos de girassóis
Adolescentes e seus castelos de sonhos
Jovens unidos por um mundo melhor.

Sonho como uma perfeita conformidade
Entre o Homem e o ecossistema
Para que a terra seja por milhões de anos
Um planeta habitado pela raça humana.

Sonho com o poder e a magia da poesia
Explicitando o sentimento dos homens
Para que se sintam cada vez mais irmãos
E assim, trabalhem em prol da vida.

( Ataíde Lemos )

domingo, 22 de novembro de 2009

Políticas Afirmativas na Educação II














         





          Uma das estratégias de um governo populista é jogar os pobres contra os ricos, criando assim, uma animosidade entre classes sociais, etnias e raças. Outra estratégia é promover políticas públicas assistencialistas, pois tais políticas, encontram forte apoio nas massas, o que lhe assegura uma substancial base eleitoral. Como marketing, anuncia projetos mirabolantes, que proporcionam grandes efeitos na mídia por meio de publicidades bem elaboradas. Exemplificando: lança um projeto de construção de milhões de casas populares, porém só constrói algumas dezenas, fazendo a publicidade da entrega das chaves dessas casas. Este gesto produz um grande marketing político. Enfim, jogar na mídia projetos fictícios, sensacionalistas e assistencialistas mesmo sem se realizar 1% deles, causa efeitos estrondosos. Esta é a maneira de agir de um governo populista. Enfim, observamos que sua maneira de atuar é procurar jogar com as massas – a maioria da população – contra a minoria e também promover, ainda que com meras ilusões, grupos de pessoas que de fato vivem à margem da sociedade.

          Quando analisamos a questão das políticas afirmativas na Educação, percebemos que esta é mais uma política pública populista, no entanto, extremamente perniciosa para a sociedade no que se refere à educação, por mais que procuremos compreender o sentido dela, observamos que não tem nada de positivo para promover a justiça social e nem beneficia totalmente o sistema educacional.

          Desde que se iniciou o debate de cotas para a educação, houve acirramento do preconceito e da discriminação entre raças e etnias no Brasil. Esta política não está sendo aceita pelos brancos e nem por grande parte dos negros, pelo contrário, apenas está gerando mal-estar entre estas duas raças. Enfim, esta política de cotas na educação é totalmente arcaica, preconceituosa, demagógica e está levando a um retrocesso na Educação.

          Vejamos a realidade do Brasil no que se refere à Educação e então, poderemos tirar a conclusão de tal política: existe uma opinião unânime de que a educação pública é de péssima qualidade, isto é um fato constatado, no entanto, ela não é discriminatória. Isto é, todos os que estudam nas escolas públicas, sejam negros, brancos, índios, deficientes e etc., recebem o mesmo ensino. Enfim, é um ensino ruim, mas é igual para todos. Outra situação; o ensino básico e fundamental é obrigatório, inclusive determina ações penais aos pais que não colocam seus filhos nas escolas. Portanto, não existe razão para se privilegiar pessoas pela cor da pele ou mesmo devido as suas etnias.

          A política do Enem, que agora também deseja incluir os alunos mais bem classificados no ensino superior, sem a necessidade de prestar o vestibular, é a constatação da péssima qualidade do ensino público oferecido à sociedade, é mais uma maneira usada para corroborar a fraca qualidade da educação brasileira. Pois manter acesso, dos que participam do Enem ao ensino superior, nada mais é que se criar dois vestibulares distintos; um de alto nível e outro para o ensino de baixa qualidade.

          Em suma, uma política séria capaz de promover a inclusão, sem privilegiar grupos e classes sociais, seria o governo admitir a fraca qualidade da escola pública e criar projetos de pequeno, médio e longo prazos para a educação pública. De médio e longo prazos, estaria na melhoria do ensino básico, fundamental e médio para que os alunos das escolas públicas, tenham as mesmas condições que os alunos das escolas particulares, ao prestar o vestibular para o ensino superior. E a política de imediato, seria oferecer cursinhos públicos aos que terminam o ensino médio nas escolas públicas, para que possam competir em igualdade de condições com a classe de maior poder econômico. Outra política de imediato, seria proporcionar ao jovem de baixa renda, que tenha acesso ao ensino superior, ter condições de manter-se na Universidade seja ela pública ou privada, tendo garantias que vão concluir o curso sem a necessidade de serem gênios. Pois hoje, o que se exige do aluno para conseguir um financiamento do FIES é genialidade e não aplicação nos estudos.

Ataíde Lemos
Revisão: Vera Lucia Cardoso 

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Preconceito Racial

















Tenho a pele mais escura que a sua
Mas, pensando bem! Ninguém tem cor igual
Há muitas tonalidades diferentes
Porém, todos independente a coloração
Não deixam de ser gente.

Está passando a hora de mudar certos conceitos
Um deste é este tal preconceito
Que a cor da pele faz do homem um Ser diferente
Menos sociável, menos inteligente...

Negros, índios, pardos, amarelos, brancos
Precisam ser respitados e ter os mesmos direito
Pois, certamente, tem os mesmos deveres.

Preconceito é a raiz da discriminação
Como fruto produz a violência
Moral como a física entre irmãos.

( Ataíde Lemos ) 

Bandeira Nacional



No alto do mastro tremula a bandeira nacional
Em suas cores os símbolos da pátria trazem
O verde das matas; belezas desta terra sem igual
Verde, das esperanças que não se desfazem.

No azul entre estrelas o céu vem simbolizar
Como o encanto do mar, o azul lembrar nos faz
Mas, das quatro cores, uma dela há de destacar
O branco; símbolo maior, desta gente de paz.

Cada estrela representa uma Unidade da Federação
Da América do Sul, destaca-se como maior Nação
Maravilhosa, incomparável, sem outra semelhante.

Ordem e Progresso; frase que merece atenção
Pois, é o sentimento de gente valente e guerreira
Oh! Amada e adorada bandeira brasileira.


(Ataíde Lemos)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

As políticas afirmativas para cotas















          Sempre estou a escrever sobre a questão das políticas afirmativas em relação à Educação. Políticas estas, que o governo insiste em fazer na Educação, criando um sistema de cotas para negros, com o argumento de que se deva promover a inclusão destes nas universidades. O discurso é sempre o mesmo, isto é, reparar o passado em relação aos negros e promover a justiça social. A reflexão que coloco é a seguinte: o que há de diferente no que se refere a capacidade intelectual, seja de um negro ou de um branco? Uma política desta, em tese, cria várias indagações que vão contra aos brancos e também contra aos próprios negros. Vejamos, a partir do momento em que se privilegia um negro, que teve uma nota menor que a de um branco em um vestibular, indiretamente está se dizendo que ele tem um QI menor. Ainda que inconscientemente, está se afirmando que ele precisa ser privilegiado – um absurdo pensar assim. Deixo uma pergunta: o ensino público dado às duas raças não são iguais? Este é um ponto. Segundo: o Estado faz o negro se sentir menor, pois ainda que muitos procurem negar, tal situação provoca uma baixa auto-estima. O negro vai se sentir privilegiado no sentido negativo, dirá sempre para si mesmo, que está numa universidade por ser negro, isto provoca ainda mais um sentimento de inferioridade. A terceira questão, é que tais políticas aumentam o preconceito e o acirramento entre brancos e negros, ainda que os favoráveis às políticas afirmativas de cotas, afirmem que estes argumentos são próprios dos que são contra, até mesmo, dizendo que os contrários à política de cotas são preconceituosos.

          Hoje, pelo que observamos, a questão da discriminação racial – que sabemos ainda existir – não se deve pela falta de políticas públicas desiguais na área da Educação entre raças e etnias, mas sim é uma questão cultural, que somente pode ser resolvida por meio da própria educação e não por meio de privilégios, ainda que muitas injustiças tenham sido feitas no passado. Mesmo que se procure negar, que tais políticas afirmativas são um meio de agradar àqueles que de certa forma, se sentem discriminados pela cor da pele, sabemos que o governo usa destes artifícios para conquistar a simpatia de parte da sociedade com objetivos eleitoreiros.

          Ao falar com amigos negros sobre a questão das cotas no ensino, a maioria deles diz ser contrária a tais políticas e que os negros não querem ingressar em um ensino superior devido à cor de sua pele, mas exigem uma educação pública de qualidade para que possam competir de igual para igual com todos, também são favoráveis à política de inserção das classes menos favorecidas, já que o pobre continua sendo excluído da mesma maneira. Enfim, já começamos a sentir o efeito destas políticas em suas auto-estimas. Ainda que o governo insista em mostrar as estatítiscas positivas de um maior número de inclusão de negros nas universidades, percebemos que não diminuiu o racismo.

          O que se precisa, é mudar a política com relação ao ingresso nas universidades públicas, onde os de classes mais elevadas têm acesso a elas e os pobres estudam em universidades privadas. Não serão com estas políticas afirmativas, mas sim com melhor qualidade na educação de base, fundamental e no ensino médio da rede pública, que se irá garantir o direito a todos ao ensino superior.

          Acredito que uma política pública transitória, enquanto se melhora o ensino público, que privilegiasse as classes menos favorecidas com a criação de cursos pré-vestibulares públicos, poderia ser mais igualitária e eficiente. Estes cursos dariam melhor formação para aqueles que vêm das escolas públicas e assim, todos teriam as mesmas oportunidades no momento de prestar o vestibular. Certamente, esta política pública transitória é mais justa e coloca condições iguais para todos, privilegiando o conhecimento sem ser discriminatória e preconceituosa.

( Ataíde Lemos )

Revisão: Vera Lucia Cardoso

sábado, 7 de novembro de 2009

A Violência Mundial e a do Brasil

Publicado no Recanto das Letras em 14/08/2006

















          Estamos vivendo um início de milênio sangrento. Os atentados estão sendo generalizados. Todos os povos estão em busca da PAZ, porém não conseguem encontrá-la, ou pior, tentam resolvê-la através de métodos errados. Esta violência está relacionada às brigas de forças entre povos e às ideologias políticas e religiosas.

          Embora esta violência tenha surgido antes dos ataques às Torres Gêmeas, se acirrou a partir daquele acontecimento. Se no passado já havia uma notória repulsa aos EUA, depois de tais acontecimentos vemos cada vez mais a violência e o terrorismo sendo aumentados. E nesta medição de forças, se constata um número crescente de mortes de pessoas inocentes.

          Embora hoje apenas uma nação dê as cartas ao restante do mundo, por ser a mais poderosa em armamentos e o País mais rico, vemos que esta superioridade não está sendo suficiente para inibir ações de outros grupos e nações, pelo contrário, esta hegemonia tem sido o fator principal de todas as iras espalhadas pelo mundo.

          É triste constatarmos que esta violência tem estimulado ainda mais o uso da força em vários povos e que tem tido como resultado, a morte de crianças, mulheres e uma total invasão da privacidade e da soberania dos demais paises.

          Infelizmente, os noticiários de todo o mundo trazem em suas manchetes somente atentados e mortes no Iraque, a guerra no Líbano, catástrofes e notícias de alertas em vários países, principalmente os da Europa.

          Como não poderia deixar de ser, em nosso País as matérias que predominam nos telejornais e na imprensa escrita também têm como principal assunto, a violência. Estamos vivendo uma verdadeira guerra civil em nosso País, onde o crime organizado está cada vez mais se espelhando no terrorismo mundial para também atingir seus objetivos por aqui.

          No Brasil estamos vivendo uma violência generalizada, tanto as facções criminosas espalhadas pelo País afora têm atemorizado a sociedade como também as organizações criminosas, que se transformaram em grandes quadrilhas, estão assaltando os cofres públicos, tirando dos brasileiros recursos que poderiam ser empregados na saúde, transporte, habitação, segurança, geração de empregos enfim, poderiam melhorar as condições de vida da população.

          O País está numa verdadeira crise de segurança e de identidade. A população está totalmente anestesiada e atônita com tudo o que está acontecendo. Por um lado, vemos os presos que reclamam das circunstâncias em que estão vivendo nos presídios, uma total falta das mínimas condições e com todos os seus direitos violados – quero aqui abrir um parêntese: sei que muitos podem fazer críticas a este meu comentário sobre os presos, porém temos que ter em mente, que é necessário saber lidar com este tipo de situação, pois acuar um animal feroz é depois sentir as conseqüências.


          Cabe ao Estado tirar estas pessoas de circulação para proteger a sociedade, no entanto, cabe também ao Estado resguardar seus direitos mínimos e básicos. Aqueles que atuam no sistema prisional – na assistência aos presos – conhecem perfeitamente a realidade em que ele se encontra, completamente falido e agora está explodindo.

          Embora o grupo que esteja por trás destes atentados (PCC), seja um grupo de terroristas, que está apavorando a sociedade, é notório que deve estar tendo o apoio de todos os encarcerados de um modo geral, pois representa através dele, o grito dos presos.

          Por outro lado, não podemos descartar o uso político-eleitoral por trás desses acontecimentos, pois um barril de pólvora quando está para explodir, basta apenas uma pequena fagulha de fogo. E neste momento atual de eleições tudo é possível.

          A sociedade se encontra também sob um outro dilema, que é a outra forma de violência, a que acaba de certa forma, produzindo a violência acima citada. A corrupção. Por um lado, vemos tudo muito claro: a roubalheira, os mensalões, os sanguessugas e o envolvimento de ministros nos esquemas de corrupção divulgados por toda imprensa. Já por outro lado, o governo diz que é inocente, que não sabia de nada e ainda quer passar para a sociedade, que este foi o governo que mais trabalhou contra a corrupção e por fim, ainda diz que deu total apoio ao Congresso Nacional para investigar tudo.

          Finalizando, estamos numa época difícil, se alguns governos colocavam a crise mundial como fator essencial para o não-crescimento econômico do País, hoje presenciamos outros fatores, como a violência e a falta de segurança mundial. O Brasil também entra nessa onda de violência e como não poderia ser ao contrário, os criminosos de colarinho se espelham em seus lideres criminosos de colarinho branco, as facções se espelham em seus ídolos terroristas e a população se divide, parte fica com os terroristas, parte fica com os ladrões de colarinho branco, só restando a nós saber qual deles é o menos mal.

Ataíde Lemos
Revisão:
Vera Lucia Cardoso 

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pensamento - A classe política e a sociedade



         








            Somente teremos políticos melhores, na medida em que a sociedade for melhor, pois o político nada mais é que o espelho dela. Neste sentido, faz-se necessária alternância do Poder, por possibilitar depurar a classe política a partir do melhoramento da sociedade.

Ataíde Lemos

domingo, 1 de novembro de 2009

Bem Aventurados














Bem aventurados são os que não se calam
Denunciando as injustiças entre irmãos.
Vozes corajosas que entre as multidões ecoam
Para que sejam ouvidas por toda a nação.

Bem aventurados são os promotores da paz
Que não desistem de lutar pela vida
Sendo comumente incompreendidas
Mas não esmorecem de seus ideais voltando atrás.

Bem aventuradas as pessoas que são injustiçadas
E por tantos são tratados como malfeitoras
Que pela cor, etnias, pobreza são humilhadas.

Bem aventurados são todos que não acomodam
Que não tem olhos voltados apenas para si mesmo
Sendo despojados e convictos no amor que acreditam.


Ataíde Lemos

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Frases - Pensamentos





        










  •          A morte de um líder não aniquila um movimento, mas dá para ele um novo ideal
  •          A ignorância do Ser humano é acreditar que por meio da violência gera a paz ou restabelece a ordem.
  •           Os erros do passado não se justificam no presente, porém em determinados casos repará-los pode causar um novo erro.
  • A evolução do Homem não permite práticas primitivas.
  • O que não permite a melhoria na sociedade é muitas vezes o movimento de andar três passos adiante e logo em seguida dar quatro para trás.
Ataíde Lemos

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Monopólio da Energia Elétrica


                   Algum cidadão brasileiro pode imaginar uma casa sem energia elétrica nos dias de hoje, onde cada vez mais há aparelhos eletrônicos? Certamente, as empresas fornecedoras de energia elétrica estão ganhando cada vez mais.

         Tais empresas chamam seus consumidores de clientes, pois bem, que tipo de clientes somos, onde não existe opção de concorrência e elas fazem o que querem e como querem com o cidadão? O cidadão não tem direito de escolha e está sujeito a todas as arbitrariedades das companhias elétricas sejam elas Cemig ou outras quaisquer de outros Estados.

         Várias mudanças ocorreram que vieram beneficiar a sociedade em serviços essenciais, proporcionando uma concorrência saudável entre as empresas e que também melhoraram a vida dos cidadãos. Uma delas que podemos destacar é a telefonia. Hoje as empresas telefônicas brigam entre si na concorrência de mercado, procurando cada qual conquistar para si, um número cada vez maior de clientes. Enfim, a concorrência trouxe com ela a democratização dos serviços e melhorias em todo o sistema de telefonia.

         No entanto, ainda estamos reféns das empresas fornecedoras de energia elétrica, que fazem o que querem com seus consumidores. Ao meu entender, há duas providências que se poderia tomar a fim de mudar esta realidade: uma delas seria o governo abrir o mercado para concorrência, onde o consumidor teria a disponibilidade de comprar energia de outros fornecedores, abrindo assim o mercado de energia elétrica. Não há dúvidas que esta abertura obrigaria as empresas a respeitarem mais os consumidores e assim o cidadão se tornaria um cliente de fato. A outra alternativa, seria o governo baixar portarias que regulamentassem a obrigatoriedade das empresas entenderem, que energia é um bem essencial, direito do cidadão e que por isso merece respeito. Assim elas deixariam de trabalhar visando somente o lucro.

         Quero aqui exemplificar como as empresas elétricas trabalham hoje em relação a suspensão de luz:

          · Primeiro: elas toleram apenas 30 dias de atraso no pagamento de conta vencida, após esta data cortam o fornecimento de energia. A única forma de aviso vem na conta seguinte. Este procedimento é errado ao meu modo de entender. Penso que o consumidor deveria ser avisado por telefone 30 dias após o vencimento da conta, tendo 15 dias para efetuar o pagamento;

          · Segundo: o cliente para ter sua energia restabelecida precisa quitar todos os débitos atrasados, mesmo que tenha uma segunda conta com apenas um dia de atraso. Enfim, obrigam a pessoa a correr atrás do dinheiro mesmo sem condições para ter a energia ligada novamente;

          · Terceiro: após o cliente fazer empréstimo para conseguir dinheiro a fim de poder quitar todas as contas atrasadas, ainda precisa enfrentar uma burocracia via serviço de atendimento, onde a empresa pede um monte de coisas. Além disso, terá que aguardar até 48 horas para ter novamente a força restabelecida. Se o consumidor tiver urgência para restabelecer seu fornecimento de energia elétrica, novamente terá que pagar um valor, que ao meu ver é um "assalto à mão armada";


          · Quarto: se a casa a qual foi desligada a energia estiver em nome de um terceiro que possua outros identificadores (padrões) em endereços diferentes, os quais também se encontrem em atraso, para que o fornecimento seja restabelecido é necessário que todos os débitos daquele “cliente” sejam quitados. Isto é a companhia elétrica não religa por endereço ou identificador, mas sim pelo número do cliente.

          · Quinto: o corte ocorre sem respeito algum, isto é, o corte de energia acontece sem levar em consideração se há crianças, idosos, deficientes,etc. Não há lei específica que priorize residências as quais necessitem da energia por questões humanitárias e essenciais. Há tantas leis que priorizam crianças, idosos, deficientes e tantos outros grupos de pessoas especiais, porém em relação à questão da energia elétrica são inexistentes.

          Em suma, é necessário que as autoridades acordem para o problema e mudem as leis referentes ao fornecimento de energia elétrica em nosso País. Não se pode permitir que as empresas fornecedoras que atuam na área de energia elétrica façam o que querem e como querem com a sociedade de um modo geral. É fundamental uma mudança de rumo no que diz a regulamentação da energia elétrica. Mudança essa, que venha de fato a beneficiar todos os cidadãos, para que não sejam mais forçados a serem consumidores e se tornem realmente clientes, ou seja, haver a democratização da energia elétrica, derrubando-se este monopólio como também se regulamentando por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica esse serviço.

Ataíde Lemos

Revisão:
Vera Lucia Cardoso

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Violência na Cidade do Rio de Janeiro



          Uma pergunta que fica sem resposta é: por que existe uma violência tão exagerada na cidade do Rio de Janeiro?

          A cidade do Rio é maravilhosa, com inúmeros cartões postais e um povo amável, hospitaleiro e culto em sua maioria. Enfim, uma cidade que encanta pela beleza e por sua gente, mas que no entanto, sobrevive com este câncer chamado violência, que parece não conseguir tratar.

          Na cidade do Rio, há um contraste entre monumentos, manções e riqueza, ao lado da miséria e da extrema pobreza. Paisagens que nos encantam por suas lindas esculturas feitas pela natureza, mas que formam um grande contraste com as favelas.

          Voltando ao tema da violência nesta cidade, ficam algumas interrogações: diz-se que a causa da violência no Rio de Janeiro se dá devido ao tráfico de drogas. Mas o tráfico não é uma questão localizada, isto é: em todos os grandes centros urbanos há tráfico de drogas. Outro fator que também se levanta para justificar a violência está na questão social. Novamente podemos argumentar, que a desigualdade social está no País de maneira geral, independentemente de se tratar de grandes metrópoles ou pequenas cidades. Enfim, parece que tais argumentos – drogas e desigualdade social – ainda que saibamos possam ser geradores de violência, não explicam por si só, a tamanha violência existente no Rio de Janeiro.

          O fenômeno que me parece ocorrer para explicar tanta violência nesta cidade maravilhosa, está em seu contraste econômico, isto é, na riqueza convivendo lado a lado com a pobreza, faltando a valorização dos mais pobres, um projeto que os leve a resgatar sua auto-estima, o que poderia se implementar, aproveitando-se o grande potencial que existe nesta cidade.

          Em todas as grandes metrópoles de certa forma há maior violência, fruto da grande população por metro quadrado. Certamente, que as metrópoles exigem uma maior estrutura e um maior planejamento na área de segurança, mas quando analisamos a violência nas grandes cidades, percebemos que o Rio sempre acaba se destacando.

          Quem acompanha os governos tanto da cidade do Rio quanto do Estado, observa que já houve inúmeras tentativas para minimizar o quadro de violência, no entanto, parece que são tentativas frustradas.

          Hoje o que parece haver no Rio de Janeiro é a existência de um estado paralelo dentro do Estado Legal, onde parte da população – a mais pobre, apóia o estado paralelo e a outra o Estado Legal. A população mais pobre apóia o estado paralelo, porque ele lhe dá segurança e acaba fazendo o que os governos não fazem por ela e também pelo medo em que esta população vive, tanto do Estado Legal quanto do paralelo.

          Enfim, a meu ver, a violência no Rio de Janeiro não diminuirá por meio da violência, prática que este governo vem adotando, como também não acabará sem uma segurança ostensiva, que transmita confiança à população das classes A, B, C, D, etc. como também aos turistas que são milhões todos os anos.

          A violência diminuirá a longo prazo, com um grande projeto social que atinja as crianças, adolescentes e jovens carentes, dando a eles uma perspectiva e esperança de futuro. Um projeto social que atinja as famílias pobres que hoje fazem parte do estado paralelo e que precisam sentir apoio e segurança para voltarem a acreditar no Estado Legal. Os governantes do Estado e da cidade do Rio, precisam subir aos morros e ir às favelas para sentirem a realidade da pobreza que está aos olhos deles. Enfim, precisam priorizar seus governos em prol dos mais pobres, porque assim, estarão também trabalhando para os mais abastados economicamente.

         Ataíde Lemos
            Revisão:
           Vera Lucia Cardoso

sábado, 3 de outubro de 2009

Jogos Olímpicos de 2016

















           O projeto elaborado para que a Cidade do Rio de Janeiro fosse contemplada para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, foi aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Há quem diga, que este é um evento onde o governo vai tirar recursos de várias áreas sociais e essenciais, para construir a infra-estrutura dos jogos. Ainda há outros, questionando que tais recursos deveriam ser aplicados numa melhoria da saúde, educação e etc. Enfim, dizem que se vai desperdiçar muito dinheiro, deixando de investir no essencial.


           Pois bem, é preciso analisar este evento de vários outros ângulos, que são certamente muito importantes, tanto em nível econômico quanto cultural, mas principalmente social.

           Primeiramente é preciso entender, que não é o governo quem se beneficia com as Olimpíadas, mas sim a sociedade de um modo geral. O governo é apenas um fomentador e avalista do evento, para que junto com a sociedade empresarial, possa construir a infra-estrutura necessária à sua realização.


            Outro fato que precisa ficar claro, é que a conquista da realização destas Olimpíadas não é de um determinado governo, mas sim um trabalho de Estado. Isto é, a partir de agora, escolhida a Cidade do Rio de Janeiro para sediar esse evento, ele deixa de ter um dono, passando a ser um compromisso de todos os que estiverem ligados ao governo e também à sociedade de um modo geral. Portanto, as Olimpíadas não são um evento partidário, sendo assim, ainda que não se aprove ou goste deste ou daquele governo, é preciso separar o evento das questões políticas.


           Mas voltando aos benefícios das Olimpíadas de 2016, podemos citar que no aspecto econômico ela proporcionará um aumento de empregos, levando a iniciativa privada a investir na construção civil, gerando assim muitos empregos. A rede hoteleira por sua vez também irá empregar mais mão-de-obra. As Olimpíadas também desenvolvem a cultura, afinal é um evento onde há um grande número de turistas do mundo inteiro, o que leva a se promover muitos projetos culturais.


           Porém o grande benefício das Olimpíadas serem realizadas no Brasil está no aspecto social. A maior crítica que se faz ao Brasil em termos de Olimpíadas é quanto ao número inexpressivo de medalhas, já que nosso País é continental e com quase 200 milhões de habitantes, mas sempre com um pífio quadro de medalhas – com exceção das Paraolimpíadas. Infelizmente até hoje a grande deficiência do Brasil de um modo geral, estava na falta de investimento no esporte. Somos um País de grande potencial, no entanto, sem um melhor aproveitamento dos jovens, isto é, sem um incentivo real do Estado à prática de esportes, investindo na busca e formação de talentos em todas as modalidades esportivas. Apenas o futebol tem tido prioridade.


           Acredito que a partir de agora, haverá um investimento maciço no esporte seja em nível Municipal, Estadual ou Federal, na busca de encontrar e promover talentos. Sem dúvida este investimento vai promover o adolescente e o jovem, inclusive ajudando-os a encontrar outras fontes para uma vida saudável, afastando assim muitos jovens das drogas. Enfim, indiretamente esta revolução no esporte que acontecerá a partir de agora, será sem dúvida um trabalho eficiente de prevenção às drogas.


           Em suma, todos nós brasileiros tanto desta quanto da geração futura ganharemos com este mega evento, que será sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Então, cabe a nós investir com entusiasmo e abraçar esta bandeira, arregaçar as mangas e ser um tijolinho, para que estas Olimpíadas possam ser de fato um evento que resgate a auto-estima do povo brasileiro e produza uma geração melhor que a de hoje.


            Ataíde Lemos 
            Revisão: Vera Lucia Cardoso