segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Muitos Judas na política



O que levou Judas a decepcionar com Jesus e traí-lo, foi perceber que ele não era subversivo, ou seja, não iria libertar os Judeus do domínio romano e, o que o levou a vende-lo, foi sua índole. Enfim, já que Jesus não servia para ele, então, resolveu tirar proveito da situação e levar uma vantagem.

O ato de Judas reflete a atitude de muitas pessoas que acabam envolvendo no mundo político. Primeiramente, constroem uma bandeira ideológica para envolver as pessoas e conquistar simpatia e ao inserir num grupo político procura tirar dividendos (vantagens) sobre ele, mas quando percebe que não consegue seus objetivos passa para um outro grupo, assume uma outra ideologia e acaba traindo aqueles que os lançaram politicamente.

Isto é muito comum de se ver, por exemplo, políticos que surgiram de dentro das igrejas, usaram-se delas, da boa fé dos cristãos sejam eles evangélicos ou católicos e após atingirem seus objetivos eleitorais, políticos, se aliam com grupos que são favoráveis a todas ideologias de morte como por, exemplo, o aborto, eutanásia. São favoráveis as políticas a favor da legalização das drogas, das destruições das famílias e tantas outras bandeiras que não tem nada haver com a sua origem na política. São verdadeiros Judas que vivem a trair a boa fé das pessoas.

Por isto que o eleitor precisa ser consciente, precisa estar atento com aqueles que ele os elege. Infelizmente, para muitos políticos, o poder está acima da ideologia, está acima das pessoas e ai, se transparece também a índole do político.

Certamente, a colocação que farei pode ser utópica, fantasiosa e até mesmo ingênua, mas um verdadeiro político é aquele que não segue uma pessoa, mas sim tem dentro de si o interesse coletivo. É aquele que seu desejo de entrar na política é para servir e não ser servido. É aquele que vê a sociedade como um todo e não como um grupo de amigos. É aquele que em qualquer circunstância defende sua fé, mantém os valores humanos, éticos e espirituais acima de suas ambições. É aquele que fala a mesma coisa tanto nos bastidores quanto ao público.

Uma seleção natural de bons políticos devem partir de uma sociedade melhor, mais ética. Onde se convive a pluralidade de ideologias, mas que certos valores e princípios éticos e morais sejam a maioria da sociedade, para que isto reflita na qualidade dos políticos. Para que isto se reflita no que Leis que se pretende criar para a sociedade.

Alguns princípios morais éticos e espirituais são adquiridos no seio da família, outros são adquiridos nas escolas, através do conhecimento, outros ainda são adquiridos nas igrejas independentes as crenças e quando vemos uma atitude passiva da sociedade em relação à corrupção, quando vemos leis aprovadas favoráveis a degradação da família e mesmo aquelas que defendem a morte vemos que o grande problema em questão não está no político, mas sim, na sociedade em estar traindo sua própria origem e, sem perceber está se vendendo ainda que indiretamente.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor 

domingo, 16 de outubro de 2011

Sociedade e a corrupção




Dias atrás, ouvi numa rádio local o comentário indignado de Alexandre Garcia sobre as manifestações contra corrupção que foram promovidas através das redes sociais. Sua indignação se referia ao numero pífio de participantes nestas marchas, que totalizaram menos de trinta mil manifestantes em todo o País, e que somente em Brasília somaram mais 20 mil, ou seja, 2/3 do total.

É lamentável ter que admitir que a corrupção não seja prioridade para a sociedade brasileira, ou ter que admitir que nosso povo não tem noção de cidadania, isto é, não conseguem associar corrupção a falta de educação, saúde, transportes, segurança, enfim, a tantos serviços essenciais que nos são oferecidos de modos precários, tudo porque faltam recursos, ou melhor, eles existem, mas vão para a corrupção e por isto é que faltam. É lamentável, observar que a corrupção não é algo essencial a ser combatido pela sociedade nas escolhas de seus candidatos.

Quando se promove passeadas em favor da liberação da maconha, são centenas de milhares de manifestantes e apoiadores. Nas passeadas dos homossexuais são centenas, às vezes, ultrapassando a casa de milhões de manifestantes (nada contra), no entanto, contra a corrupção, a favor da ficha limpa são apenas 30 mil em todo o País.

Estamos prestes a uma eleição, onde escolheremos novos representantes para os poderes públicos municipais e, lamentavelmente, por esta amostragem que vimos em relação à passeada contra a corrupção, podemos perceber que este não será o fator prioritário do eleitor na escolha de seus governantes, pois virão as frases como “rouba, mas faz” ou “todos roubam” ou ainda “entre roubar e fazer fico com aquele que rouba, mas faz” e assim por diante.

Certamente, haverá as entidades procurando trabalhar no voto consciente como é de costume acontecer. As igrejas procurando conscientizar os seus seguidores. As propagandas nas mídias tanto da Ongs como das instituições como Ministério Público, Poder Judiciário, procurando orientar os eleitores, porém, sabemos que pouco influirá, pois a força da retórica, o descompromisso do eleitor com a política e com seu dever cívico em favor do coletivo e os benefícios pessoais falarão mais alto e, como na passeada, observaremos que poucos eleitores têm o espírito público e de cidadania.

Dois fatores são fundamentais para a escolha de um representante parlamentar ou gestor público que são: idoneidade e capacidade intelectual ao cargo escolhido. Ou seja, um político precisa ser uma pessoa que tenha uma vida libada e pautada na honestidade. Uma pessoa que tenha referencias de seriedade e uma vida pública que a honre para que se habilite para o cargo pretendido. Também, precisa estar apto para exerce-lo, que tenha conhecimento de direito. Que tenha conhecimento mínimo intelectual (estudo) para não ser manipulado pelos seus pares. Um político precisa saber distinguir alhos de bugalhos. Enfim, não basta ser idôneo se não tem ação ou se é uma pessoa que tenha habilidades para o cargo, mas não tem idoneidade.

Em suma, antes de questionar nossos políticos, precisamos questionar nós mesmo, os políticos são eleitos e nós que os elegemos. No entanto, ao vermos e refletimos as manifestações públicas contra a corrupção, certamente, já conheceremos o final das histórias eleitorais.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vários brasis no Brasil

O poema Vários brasis no Brasil, participou de um concurso  no Colégio Bahiense RJ, e foi um dos vencedores, sendo feito um cartão postal 






Vários brasis no Brasil

Quantos brasis há no Brasil!?
Este país heterogêneo
Na raça, na etnia, nos costumes
Diversidade que a cultura enriquece
Porém, na desigualdade, o empobrece.

Quantos brasis há no Brasil!?
Este país heterogêneo
Em cada região
Muitas riquezas naturais
Uma beleza sem igual
Do litoral ao pantanal.

Quantos brasis há no Brasil!?
Poucos vivem a fartura
Exercem a cidadania
Porém muitos sofrendo as agruras
Pela corrupção que é tirania
Geradora da falta de tudo
Desde o pão, a saúde, a educação...
Levando o brasileiro
Numa intensa degradação
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Ataíde Lemos