sábado, 24 de setembro de 2011

Sem Educação



Sem Educação

Sem Educação não há educação
Sem educação há miséria
Há subserviência
Há ignorância
Há servos
Famintos.

Sem Educação não há liberdade
Sem educação não há cultura
Há bolsões de pobreza
Há currais eleitorais
Há súditos
Ignorantes

Sem Educação ganham os políticos
Ganham os detentores do Poder
Ganham os demagogos
E perde a sociedade,
Perde o futuro,
A Nação
Ataíde Lemos

Greve dos Professores em Minas Gerais



Tenho acompanhado pela mídia a greve dos professores do ensino público estadual de Minas Gerais. Não há como deixar-se de indignar ao saber que o salário base de um professor com ensino médio está a quem do salário mínimo, ou seja, R$ 369,00 reais.

Jamais qualquer cidadão com o menor intelecto possível pode admitir uma situação tão vexatória que a Educação de Minas vem proporcionando para estes profissionais – diga-se de passagem que o atual governador se intitula como professor – que tem como missão tão grande responsabilidade em formar o homem do amanhã.

Não sou professor, sou pai de aluno, mas ao mesmo tempo sou um cidadão preocupado com o futuro de nosso País e todos sabemos que um Brasil melhor, com mais qualidade de vida, com mais desenvolvimento social, econômico, cultural e cidadão passa pelo ensino, ou seja, passa pela escola e, conseqüentemente, pelas mãos dos professores.

Porém, observamos que a classe dos professores é desunida, ao vermos que mesmo tendo salários de misérias, muitos deles preferem se omitir e, muitas vezes, até ir contra seus colegas de profissão por estarem lutando em favor de sua classe. No entanto, estes mesmo que relutam em unir-se para que haja uma verdadeira mudança no ensino, iniciando-se pela valorização destes profissionais em greve, serão beneficiados por estes mártires da educação, que estão acampados, muitas vezes, passando fome, sendo maltratados e humilhados pelo poder Executivo estadual e mesmo pela grande parte dos deputados estatuais que se aliam em favor do governo e contra os professores.

Infelizmente, para se atingir um objetivo que vem de encontro com um bem maior, muitos tombam, mas nós como cidadãos e donos deste País e que desejamos uma sociedade melhor; que desejamos uma Educação de qualidade não podemos deixar sermos manipulados pelas mentiras que o Estado procura disseminar veiculando na mídia. É preciso aproveitar-se deste episódio, que é uma melhor remuneração dos professores, e nós como a sociedade num todo nos unirmos a eles para que conquistamos uma educação onde de fato podemos nos orgulhar dela.

Basta de vermos configurados por pesquisas ocuparmos posições de destaque, no entanto, destaques negativos, entrem as nações, por sermos o País de pior ensino mundial, ficando sempre nas ultimas posições em relação a todos os países. Nós, não podemos omitir a nossa responsabilidade continuando uma condição passiva diante a greve dos professores por melhores salários e condições de trabalho. Nossa omissão custa à qualidade do ensino.

No quadro geral em termos de ensino, em nosso País, o que são veiculados pelos governos estaduais e Federal é só mentira. São apenas promessas e marketing político, pois saltam aos nossos olhos a vergonha do ensino brasileiro.

Em suma, é legitima a greve dos professores mineiros e todos nós cidadãos mineiros precisamos unir a estes mártires da educação, independente se é 30, 20, 10 ou 5% dos que realmente estão em greve lutando para uma qualidade de seus rendimentos e do ensino mineiro. Não podemos admitir que uma pessoa faça 5 anos de ensino superior, mais vários de qualificações profissionais, para ter como rendimentos R$ 369,00 mais gratificações que no auto de sua aposentaria será desvinculada, passando o professor a ter uma aposentadoria pífia, depois de aturar mais 30 anos de trabalho, e diga-se de passagem, um trabalho estafante, que somente é executado por aqueles que são vocacionados.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor