quinta-feira, 29 de julho de 2010

Disputa política; peça teatral que não é ficção.



A política é um jogo de emoções, de seduções. É uma luta de Davi contra Golias. É um espetáculo teatral onde a platéia é expectadora e ao mesmo tempo o jurado.
 
Este teatro é produzido por prefeitos, deputados, senadores, governadores, presidentes e também há os postulantes aos cargos de  secretários, ministros, governadores, etc. Enfim, todos participando deste teatro como artistas principais, coadjuvantes e ainda há os que atuam nos bastidores organizando os espetáculos. O eleitor é o espectador e será ele quem aprovará um ou o outro espetáculo. 

Será um show para induzir os expectadores (jurados) escolherem qual é o ator principal mais preparado; qual tem o melhor roteiro em mãos; qual representa melhor; qual desempenha o papel de mocinho com mais eficiência, qual é o mais simpático. Um jogo emocionante e difícil.

Neste palco, há aqueles expectadores, que mesmo sendo jurados, são parciais e estarão envolvidos na platéia agindo como cabos eleitorais visando influenciar nas decisões dos outros julgadores.

É bem verdade, que as regras deste espetáculo deveriam igualar e nivelar o show, para que as luzes de uma peça não ofusquem a outra, não se tornando um show desigual e tendencioso. Porem é notório que há desigualdade, pois, de um lado, há apenas artistas querendo impulsionar o ator principal, do outro, além dos artistas está o poder público agindo como respaldo por detrás, impulsionando o ator principal.

Aos expectadores e jurados caberão muita responsabilidade para analisar tudo. Caberá a eles a sabedoria em não se envolver emocionalmente no espetáculo, algo extremamente difícil, já que estarão diante de varias peças teatrais e elas sempre causam fortes emoções e assim, proporcionam comportamentos emocionais cada um distintos. Dificilmente a razão consegue sobressair diante encenações emotivas, este é o grande paradoxo destes espetáculos.


Normalmente, sabemos que numa peça teatral tudo é apenas ficção, quando termina o show a vida volta ao normal, os artistas e os espectadores vão para suas casas, no entanto, neste espetáculo é diferente; os artistas representam, proporcionam emoções e a peça teatral não é uma ficção e sim, uma realidade. Os expectadores após assistirem os shows vão aprovar um ou o outro. Haverá um julgamento que mudará o destino dos expectadores.

Durante estes próximos meses e dias o Brasil estará diante de vários espetáculos onde as cenas serão escritas cada dia de acordo com o gosto e a avaliação do publico. Cada ator principal, por meio de seus diretores, estará produzindo novas cenas com os artistas principais com os coadjuvantes e com os funcionários que atuam nos bastidores, muitos deles espalhados no meio da platéia estarão em plena atividade.

Ataíde Lemos 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Políticas de inclusão Social


A evolução cultural e tecnológica não permite  que a sociedade mantenha determinados paradigmas, como por exemplo, conceitos do passado. A adequação da sociedade, a inserção social deve ocorrer através desta evolução e não por imposição, inclusive usando de métodos usados anteriormente que hoje são condenados pela sociedade.

Em cada época há seu contexto e usa-lo como pretexto para obter “vantagens” sociais é uma maneira negativa de conquistar espaços, ou mesmo, promover inclusão social.

Cada País tem seu contexto social, cultural, econômico, sendo assim, ao usarmos como modelos para determinadas afirmações é preciso usar de alguns critérios dentro destes parâmetros. O que é bom ou funciona para determinada Nação pode ter efeito contrario para outra.  

Ao analisarmos o Brasil podemos observar que ele tem uma Constituição Federal que não promove exclusão, garante direitos a todos, independente suas raças, etnias e posição social. Se na pratica isto não ocorre, não é por falta de Leis, mas sim pela falta do cumprimento delas, ou seja, é um problema do desconhecimento dos cidadãos de seus direitos, o que se deve é recorrer a eles, outro fator está  na  falha estrutural do Poder Judiciário.

A Constituição Federal diz que “todos são iguais perante a lei...”, não usa referencia da palavra “se” ou “ressalvas”, portanto, ela não abre a possibilidade da discriminação. Sendo assim, todo aquele que se sente discriminado tem o direito de recorrer a justiça.

Se o Brasil quer reparar ao que houve no passado, não tem o direito através do protecionismo construir políticas públicas de exclusão ou construir mecanismos que provoque inserção social à custa de um retrocesso cientifico em determinadas áreas em que o saber é fundamental para o desenvolvimento cultural, econômico, de pesquisas ao desenvolvimento de um País.

As políticas públicas devem promover o cidadão, isto é, diminuir as desigualdades seja a de nível social, educacional ou econômico. Promover os direitos dos cidadãos como o da saúde, moradia, educação. As políticas públicas devem promover o crescimento econômico para que o cidadão cada vez mais tenha melhor qualidade de vida em termos financeiros, saúde, cultural, etc. As políticas públicas sociais devem promover aqueles que se sentem discriminados a reivindicarem seus direitos e não criar políticas que na busca das conquistas de direitos passam por cima de direitos de outros.

Toda política que promove benefícios a determinados seguimentos, classes sociais retirando direitos de outra parcela da sociedade é discriminatória, ainda que possa ser por uma boa causa ou para se promover justiça. Há outras maneiras de inclusão sem que precise usar deste expediente para ocorrer a justiça social sem que haja necessidade de privilégios e discriminação. 

Ataíde Lemos

domingo, 25 de julho de 2010

QUANTO VALE UMA PESSOA?!



Depende de quem o avalie.
Para alguns analizará perfil
Então, vão levar em consideração
A cor dos olhos, da pele
A posição social, financeira
Se trabalha ou se vive na rua
Se estuda ou é analfabeto
Se tem família regular ou não
Ou se é filho somente de pai ou de mãe.
Se tem casa ou mora nas praças
Se usa brinco, possui tatuagens
Se é um jovem careta ou usuário de drogas.
Se mora na zona sul, ou em barracos.
Se anda limpo ou maltrapilho...
Se está no útero, se é criança, ou idoso
Se é homo ou heterossexual...

Quanto vale uma pessoa?!
Depende a intensidade do preconceito,
O real sentido da palavra amor para o avaliador.
Depende do valor que se dá para vida.
Quem a valoriza a sua egoisticamente
A do outro, não terá muito valor certamente.

Ataíde Lemos 

sábado, 24 de julho de 2010

Proposta de Lei de Iniciativa Popular


          Um das frustrações da sociedade quanto à política é sempre ver repetir em cada pleito eleitoral, eleições de mesmos candidatos, isto é, sempre aqueles políticos que usam de meios escusos comprando votos se reelegendo. Fazendo que o País seja governado por políticos corruptos e sem compromisso com a sociedade.

         Como é de costume, muitas entidades visando orientar os eleitores para suas escolhas corretas, sempre procuram traçar perfis de candidatos para que os eleitores façam bem suas escolhas. Muito embora, o eleitor possa através do acesso a internet conhecer melhor cada candidato, ainda assim, sempre podemos observar que a grande maioria dos eleitores não procuram saber do histórico moral, ético e de capacidade dos pleiteantes. Infelizmente, parte enorme do eleitorado deixa ser levado pela bela retórica dos candidatos, muitos deles os quais são profissionais neste tipo de retórica, inclusive, fazendo cursos de como seduzir e conquistar o eleitor.

         Pois bem, esta realidade começa a mudar, não pelo eleitor na hora do voto, mas sim por movimentos que entidades sérias e transparentes vem adotando, isto é, estão usando de um dispositivo da Constituição de 1988, a qual por meio de iniciativa popular propõe leis que, graças ao apoio da mídia, começam a promoverem mudanças substancias para selecionar melhor os candidatos aos cargos políticos.

          Segundo a Constituição brasileira de 1988 é permitido a apresentação de projetos de lei pelos poderes Legislativo, Executivo e pela iniciativa popular. Para esse último caso, a constituição exige como procedimento a adesão mínima de 1% da população eleitoral nacional, mediante assinaturas, distribuídos por pelo menos 5 unidades federativas e no mínimo 0,3% dos eleitores em cada uma dessas unidades.

          Em 1999, um Projeto de Lei de iniciativa popular foi aprovado cuja vontade da população rendeu a Lei n.º 9.840, que concedeu à Justiça Eleitoral mais poderes para punir atos de corrupção nas campanhas. Já neste ano de 2010 mais um avanço se deu através da alteração da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, incluindo hipóteses de inelegibilidade que visam proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato, Lei está conhecida como a Lei Ficha Limpa.

          Certamente, o expediente dado pela abertura constitucional de 1988, precisa ser mais usado e difundida por instituições representativas da sociedade, a fim de que mais avanços vão-se obtendo e assim, cada vez mais, a sociedade possa ter candidatos qualificados e idôneos para serem escolhidos pelo eleitorado. É preciso ressaltar que é mais fácil conseguir apoio de 1% dos eleitores em períodos extra-eleitoral que em anos que ocorrem as eleições.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Juventude Força Transformadora



     
A força da transformação de uma realidade política está na atuação da juventude. Se olharmos a história política mundial sempre vamos observar que foi através da mobilização estudantil, dos jovens de maneira geral que muitos governos caíram ou tiveram que voltar a trás em suas decisões políticas. A história é repleta de fatos desta natureza.
 
     O movimento estudantil no Brasil foi o grande responsável pela queda da ditadura; foi responsável por Fernando Collor assumir o poder como também para destituí-lo. Foram os estudantes somados as massas de trabalhadores responsáveis pelo fortalecimento do nome de Lula no primeiro mandato, como também foi muito bem manipulado por ele (Lula) que acabou tendo esta classe em suas mãos. É necessário ressaltar o grande elo entre o Partido dos Trabalhadores e a classe estudantil. O PT viveu sua política partidária fortalecendo e criando raízes sólidas entre está grande parcela (estudantes) de cidadãos que são a diferença na condução da política.
 
     Um país que também tem como referencia a força da juventude é a França. Tivemos recentemente a atuação da juventude quando o governo tentou implementar uma lei que ia de encontro os jovens (a Lei do Primeiro Emprego), eles se levantaram obrigando o governo a recuar. Este é mais  um exemplo entre tantos que estão escritos da história mundial. Quem não se lembra o levante dos jovens na China e também na Coréia do Sul?
 
     O jovem na verdade é um idealista e dentro deste ideal ele luta com bravura por não tem nada a perder. Sendo assim, não tem a passividade que é peculiar do adulto já acostumado com as conseqüências que surgem do enfrentamento político. O adulto age de certa maneira com muita prudência, permitindo que se acomode ou por covardia ou por analisar que entre se calar e se manifestar é mais viável se calar.
 
     Pois bem, enquanto tivermos uma juventude livre e que consiga ter meios para se indignar reagindo quando se atenta a democracia, a sociedade ainda pode se considerar prospera no sentido de transformações sociais e estruturais políticas. Sendo assim, é fundamental que muitas entidades civis invistam  na formação do jovem construindo nele a consciência de cidadania, para que dele possa de fato surgir lideres que certamente farão a diferença no amanhã.

Ataíde Lemos 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Brasil, um país continental



Brasil, um país continental
Estreito ao Sul
Que se alonga ao Norte
Litorâneo em seu Leste
Rios e matas fechadas a Oeste.

Brasil, um país continental
Diversidade sem igual
Povos de todas as nações
Fazem a pluralidade da miscigenação
Responsável pela riqueza cultural
E das singularidades regionais.

Brasil, um país continental
De beleza sem igual
Relevo sem outro parecido
Montanhas, planícies
Ampla mata atlântica
Ao extenso pantanal.

Brasil, um país continental
Uma nação desigual
Na educação, saúde...
Nos Direitos e Deveres
Nas classes sociais
E em tantas outras mais.


Ataíde Lemos

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Copa do Mundo e Seleção Brasileira

















Analisar a derrota do Brasil frente à Holanda e, por conseguinte, sua eliminação logo após o jogo, leva-nos tirar conclusões sob fortes tensões emocionais, mas algumas situações são fundamentais serem levantadas.

Paixão à parte, no entanto é preciso refletir que uma Copa do Mundo envolve muito dinheiro, jogos de interesses, etc. Isto ficou claro ao assistirmos o que ocorreu na copa de 1998. Aquele ano veio à tona do que acontece nos bastidores deste campeonato. Todos que gostam de futebol, porém não são tão apaixonados, pelo contrário, são críticos puderam perceber todas as artimanhas que há por trás deste grande espetáculo midiático que envolve bilhões de pessoas e de dólares.

Analisando por este ângulo, já se poderia saber que, partir do momento em que o Brasil foi escolhido como país sede da copa de 2014, ali se definiu que o Brasil não seria campeão nesta de 2010. Segundo meu ponto de vista, seria inimaginável que o Brasil fosse campeão este ano, pois como ficaria em 2014? Seria campeão novamente? Ainda é preciso frisar que, não é conveniente para a FIFA que um País dispara em títulos frente a outras grandes seleções, portanto, todo este scripte já estava arquitetado, porém o que não estava nos planos era a eliminação da França e da Itália logo na primeira fase.

Avaliando a seleção brasileira, um dado inicial que precisa ser colocado é que, Dunga não convocou uma “seleção brasileira”, isto é ele não convocou os melhores jogadores brasileiros do momento, mas sim montou um time que, segundo ele, poderia fazer uma boa competição. Certamente, este foi o fator essencial que prejudicou a seleção, pois quando se precisava de talentos, ou melhor, precisava de jogadores que poderiam desestabilizar o adversário pela qualidade técnica a seleção brasileira não havia com quem contar. Portanto, as criticas devem ser voltadas ao técnico Dunga e não aos jogadores convocados, pois estes renderam tudo o que poderiam, porém dentro suas limitações de jogadores medianos.

O saldo positivo desta copa de 2010, foi algumas surpresas como, por exemplo, a eliminação da França e Itália na primeira fase - positivo pelo futebol apresentado por ambas. A participação do Paraguai nas quartas de final. No entanto, ressalto novamente que estes ocorridos se deram por percalços que saíram do controle dos organizadores do evento.

Partindo desta analise, nós brasileiros podemos dormir e sonhar com o hexa para 2014, pois até lá, serão 12 anos da ultima vitória do Brasil em copa, além do que o evento se dará em nosso País.

Finalizando, futebol é a paixão brasileira e a Copa do Mundo é uma grande festa envolvendo toda Nação, fator este que colabora para anestesiar os cidadãos e assim, dar uma folga para os políticos, pois a mídia de um modo geral, ocupa-se o tempo todo em produzir matérias relacionadas a copa e veiculando pequenas notas de assuntos relevantes em termos de política, economia, etc.

Ataíde Lemos