segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Voto consciente e cidadão



A democracia é o pilar da liberdade e do desenvolvimento de um país. Ela se faz através de direitos, onde todo cidadão pode expressar por palavras e pela sua maior arma, o voto, o destino de seu país, estado ou município através de seus representantes políticos. Porém, um país se torna cada vez mais avançado na democracia quando o cidadão é conscientizado de sua responsabilidade, isto é, sente-se responsável de que seus atos podem transformar a realidade atual para melhor.

No entanto, como disse no inicio, democracia se faz pela liberdade e o respeito a ela e assim, temos de levar em consideração que quando falamos em votos observamos que há vários tipos de eleitores. Porém é fundamental que haja consciência de que, ao escolhermos nossos políticos pelo voto precisamos ganhar com tal escolha e não que apenas uns poucos sejam privilegiados. Temos que deixar de ser egoístas e pensar em toda comunidade.

O fundamental é analisamos o perfil daquele que vem pedir nosso voto. Embora saibamos e vemos tantos políticos que usam do dinheiro público para si próprio e para os seus, não podemos deixar de sentirmos co-responsáveis, pois se eles estão no poder é porque foram colocados por nós, neste sentido também somos responsáveis. No entanto, temos a arma do voto para que, ao escolhermos erradamente certos representantes, possamos corrigir em cada novo pleito eleitoral.

Não se pode escolher um político pelo coração, pela emoção, mas sim, pela razão, olhando sua capacidade administrativa, de persuasão, sua idoneidade, seu passado, seus trabalhos prestados a comunidade. Ele precisa ser alguém que, ao analisarmos, nos sintamos bem representados no sentido coletivo.

Certamente que o candidato que procura conquistar o eleitor com algum beneficio pessoal; seja uma cesta básica, um jogo de camisa, um churrasco, bebidas ou mesmo oferecendo alguma ajuda financeira, não é um bom candidato. Temos de ser conscientes de que tal atitude nada mais é que tentar comprá-lo.

No entanto o eleitor, quando sede a tais propostas está, de certa forma, contribuindo para que sempre tenhamos políticos corruptos e sem compromisso com a sociedade. Ao aceitar tal proposta escusa de políticos, na verdade, ele não deve mais nada, pois já pagou seu voto.

O eleitor tem que ficar consciente de quê este seu voto pode fazer a diferença tirando a oportunidade de um outro político que seja idôneo e que realmente tenha compromisso, não seja eleito.

Enfim, ainda que muitas vezes se vote pela emoção, ou por algum favor, não se pode dizer que não é um voto consciente, porém, ainda que seja consciente não é um voto cidadão, pois é de efeito negativo, isto é, não constrói uma sociedade melhor, nem mais justa onde todos possam gozar de melhor qualidade de vida.

O seu voto, o meu voto, o nosso voto precisa ser consciente e cidadão.

Ataíde Lemos 

Revisado por KM
Poetiza Recanto das Letras

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Brava Gente Brasileira



Não perca a esperança e nem alegria
O povo unido faz o Brasil acontecer
Torna-se realidade o que parece utopia
Das cinzas ressurge fazendo-o renascer

Nem as fortes tempestades vão derrubar
As muralhas construídas por brava gente
Teu povo não permitirá que continue a usurpar
Teus bens, nem matar as conquistas já presente.

Sempre ecoará vozes que bradarão do peito
A favor daqueles que constroem esta Nação
Sem medo e temor exigirão por ela mais respeito.

Em cada pedaço de chão desta Pátria amada
Está enraizada parte do coração de um povo
Que não aceitará que ela seja aviltada e ultrajada.

Ataíde Lemos

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Mídia Em Pauta


Um dos pilares da democracia é a liberdade de expressão. Esta liberdade está relacionada a todos os cidadãos como também aos órgãos de imprensa. No entanto, esta liberdade deve ser ampla e irrestrita.

A sociedade se informa através dos meios de comunicação seja ela falada, televisiva ou escrita.Uma cidadania se faz através da informação para que haja o conhecimento dos direitos e deveres de cada cidadão, mas sobretudo com a transparência do Estado. Em suma, num país democrático os meios de comunicação precisam ser livres na plenitude da palavra. Certamente,  há leis existentes sobre calunias e difamações para coibirem injúrias que possam ocorrer devido má de fé de uma ou outra mídia.

Ainda é preciso ressaltar que, mesmo que as noticias veiculadas precisam ser transparentes mantendo determinada ética, isto não impede que seus proprietários tenham suas ideologias partidárias. Uma coisa é a noticia veiculada, outra é a opinião, artigos ou editoriais criticando ou dando ênfase para determinados assuntos. Querer impedir tais procedimentos é querer de algum modo limitar o direito de expressão. Seria uma ingenuidade absurda imaginar que proprietários de mídias não possuem ideologias partidárias ou que elas só podem publicar fatos sem imitir suas opiniões.

A mesma mídia que hoje é tão criticada pelo governo foi um dos pilares para a redemocratização do Brasil, então questiona-la sobre sua atuação ao veicularem reportagens que desagradem o governo é no mínimo desconhecer seu grande papel quando o Brasil vivia a ditadura, período em que muitos jornalistas foram presos e vários deles pagando com a própria vida por desejarem um país democrático. Sendo assim, é uma extrema incoerência rotular as grandes empresas de comunicação de conservadoras,  ou mesmo de um grupo da elite retrógrada que deseja o autoritarismo, ou benéficas já que elas foram as grandes responsáveis para que hoje pudéssemos viver um regime democrático. Muitos destes que levantam estes rótulos estão hoje no Poder graças à visibilidade dada por tais meios de comunicação. Estão hoje no Poder, porque receberam o apoio e guaritas destas mídias.

É preciso também ressaltar que governos que não admitem o papel livre da imprensa, ou seja, não admitem que a mídia leve a sociedade informações que o desagrade, ou mesmo, não admite a tendência ideológica dos meios de comunicação possuem uma cultura autoritária ou falta-lhes conhecimento sobre o que de fato é liberdade de expressão, em suma, o que seja democracia.

A questão do governo se manter um discurso crítico e negativo a determinados meios de comunicação é que, embora se pluralizou e quadruplicou o número empresas de comunicação como rádios, jornais, etc. Embora haja outros canais de informação como, por exemplo, a internet. Mesmo havendo grande número de televisões públicas e estatais as que predominam em audiências são as grandes redes de televisões ou as grandes empresas de jornais comerciais (privadas). Em suma, a pluralidade de mídias existentes não diminui o poder político destas grandes redes de comunicação.

Ataíde Lemos

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O papel da mídia num País democrático




Quando analisamos a insatisfação de Lula com algumas empresas de comunicação, é fácil de entender o motivo. Para isto, é importante analisarmos a relação entre eleitor e os políticos e eleitor e a mídia.

1º - Uma parte expressiva da população não gosta e não se interessa por política, sendo assim, tudo que se refere aos políticos se mantém alheia. Estes grupos de pessoas não acompanham horário político em radio ou na televisão. Muitos deles nem conhece quais sãos os candidatos que estão disputando as eleições. Neste grupo, se enquadram eleitores de vários níveis sociais, culturais e econômicos. Enfim, são eleitores que votarão por indicação de outros no momento eleitoral.

2º - Grande parte da sociedade não lê jornais, muito menos revistas. Certamente, estes nunca ouviram falar da revista Veja. Sendo assim, as matérias que são veiculadas por ela não atinge enorme parte dos eleitores. Porem, as mídias televisivas são as causadoras da dor de cabeça em Lula, pois elas são as extensões das imprensas escritas, ou seja, todos as matérias veiculadas tanto nos grandes jornais como nas revistas acabam sendo retransmitida através dos telejornais das grandes redes de televisão e, por conseguinte, toda a população de um modo geral é informada por este meio de comunicação. Quem não assiste um Jornal Nacional? Quem não assiste um Jornal do SBT, um Jornal Bandeirante, ou Jornal da Record? No entanto, observamos que o SBT e a Globo são as emissoras que mais dão ênfase às informações publicadas pela imprensa escrita, tornando-se uma pedra no calcanhar do governo, que por sua vez, usa de todos os meios para desqualifica-las ou de certa forma, intimida-las com palavras de agressão.

Pois bem, o que é democracia? Um de seus pilares se sustenta na liberdade de expressão. Neste sentido, é fundamental o trabalho que tais mídias como a Globo, SBT, Folha de São Paulo, Estadão, a Revista Veja e o que outras mídias têm feito, pois é de suma importância para a democracia. Será que se estas mídias não revelassem o que estava ou está ocorrendo na Casa Civil à sociedade o governo contaria? Será que se estas mídias não veiculasse o escândalo da invasão dos sigilos fiscais tanto de pessoas de oposição ao governo e de tantos que tiveram seus sigilos violados o governo revelaria? Certamente não, e assim, os eleitores estariam votando cegamente sem saber quais são aqueles os quais estão colocando no Poder.

Portanto, as grandes mídias têm feito seus trabalhos eficientemente, levando aos eleitores a realidade dos fatos. Levando ao eleitor esclarecimento, porém sem aumentar ou diminuir nada, tanto que ela pública os dois lados da noticia dando direito de respostas a todos. Questionar a lisura do trabalho da imprensa, intimida-las com retóricas, isto sim que está errado. Algo de bom que observamos nestas grandes mídias é que, elas por mais que se sintam caluniadas pelo governo mantém transparência, sem retaliações, ou seja, mesmo elas sendo ofendidas pelo governo entendem que questionar é um direito democrático.

É importante também dizer que, se os candidatos tiram proveitos eleitorais destas noticias é um direito e problema dos candidatos. A noticia precisa ser dada, o povo precisa ser informado, e diante isto, os políticos os usam como queiram, pois isto já não é mais alçada da imprensa.

Em suma, a mídia num País democrático quando age com lisura e transparência é sempre o primeiro alvo atingido pelos governantes, pois muitos deles se sentem traídos por imaginar que elas devem fidelidades a eles, por manterem altos valores em patrocínios. Enfim, imaginam que elas também se vendem como vendem a maioria de outras entidades públicas e privadas.

Ataíde Lemos

domingo, 19 de setembro de 2010

Ideologia Política


Não sou um expert em política, nem um estudioso ou historiador desta matéria, meu conhecimento está relacionado ao que leio, ao que acompanho através da mídia e a percepção dos fatos. Enfim, minha formação e opinião se constrói a partir de uma visão geral sobre o que é política, qual sua finalidade e importância para a sociedade.

Da mesma maneira é construído meu pensamento sobre ideologia política. Não acredito numa única ideologia que seja suprema sobre as demais oriunda apenas de um seguimento da sociedade. Pois, a sociedade é composta de vários seguimentos e ainda é preciso dizer que existe no Ser humano a subjetividade tanto individual quanto coletiva. Certamente, esta subjetividade torna-se um fator que não permite apenas uma ideologia para um País.

No entanto, acredito que um Estado é como uma família com vários membros, onde é preciso organização, respeito, objetivos, disciplina, gerenciamento, valores para que ela consiga prosperar em termos econômicos, culturais, educacionais e o desenvolvimento humano. Para isto é necessário que haja um pacto entre todos para que sigam determinadas metas, porém não abdicando de princípios éticos e morais. Enfim, não pode ter entre os membros aqueles que queiram sobrepor os outros ou procurar engana-los para que obtenham vantagens.

Pois bem, em relação ao Estado, acredito que se assemelha, ou seja, o País é de todos e cabe há uma parcela da sociedade, por meio do voto, a responsabilidade do bem comum de todos. Para que isto aconteça tais políticos precisam de requisitos básicos como idoneidade e um conhecimento plural sobre o que é, e qual a função do Estado. Mesmo que genérico conhecer sobre assuntos sociais, econômicos e leis. O político não precisa ser um expert, mas sim ter conhecimento intelectual, ou seja, ser alguém que tenha uma visão ampla do que é Estado.

Não é possível colocar carneiros para cuidarem de hortas ou analfabetos para discutirem leis com intelectuais. Sendo assim, o mínimo que se precisa de um político é idoneidade e estudo.

Por outro lado, como citei acima, um País é feito de todos, isto é, de empresários e sociedade civil. É composto de patrões e empregados. De pessoas abastarda financeiramente e de pessoas pobres. Enfim, é heterogêneo em todos os sentidos, no entanto, o interesse é comum, ou seja, a melhoria na qualidade de vida da Nação e para isto o papel do Estado é ser o administrador das riquezas, ser promotor de políticas públicas nas áreas sociais, econômicas, mas em consonância com todos os seguimentos. Portanto, a ideologia deve não deve ser baseada apenas num seguimento da sociedade, pois se assim for provocará disfunções com outros seguimentos.

O Estado não pode ser o patrão, não pode ser o opressor das diversas classes sociais em detrimento a outras, pelo contrario, deve ser aquele que agrega os interesses coletivos visando promover a sociedade como um todo. Isto não significa sem bonzinho, mas sim ser idôneo o suficiente para que os que acabam contribuindo com parcelas maiores, sintam-se satisfeitos por verem que, embora contribuam com partes maiores no total do bolo, há uma verdadeira distribuição dele, ou seja, suas fatias transformando em melhorias na saúde, educação, segurança, promoção social, etc.

Ataíde Lemos

sábado, 18 de setembro de 2010

Eleitor e a corrupção


Perguntas faço-me
Mas, sem explicação
Por quê o silêncio
E tanta passividade
Diante a corrupção?

Será alienação?
Será o desanimo
De tanto ocorrer
E nada acontecer?
Será a impunidade
Que mata a esperança?
Fazendo acreditar
Que esta realidade
Nunca vai mudar?

A sociedade se cansou?
Não se interessando mais
Pra ela tanto faz
Quem esteja no poder?
Talvez não se trate de ética
Mas de abnegação
Abrindo-se mão desta qualidade
Porque para corrupção
Não há mais solução?

É lamentável observar
Que esta prerrogativa
Fundamental e importante
Não seja mais necessária
Nas escolhas dos governantes.

Política é coisa séria
Porém a banalidade
Que se faz da corrupção
Provoca a frustração
Levando-a sociedade ignorá-la
E por política desinteressar
Talvez esta seja a explicação.

Ataíde Lemos

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ah se Rui Barbosa estivesse vivo!



Conversava com um amigo sobre as eleições presidenciais e confesso que foi uma conversa triste. Não sei como analisar o comportamento da sociedade. Porque ela está agindo desta forma, isto é, ignorando tantos atos criminosos, tantos atos de corrupção e mantendo-se estáticos a eles, sem dar importância mínima aos noticiários que vem alertando, não como forma de induzir o voto, mas noticiando fatos concretos de desmando deste atual governo. Desmando estes como, por exemplo, a corrupção, como os atentados a democracia ao invadir os sigilo fiscal dos adversários políticos como forma de intimidação e execração pública caso fosse necessário.

O que vem ocorrendo nos leva a refletir que, quem vota mal não são os miseráveis, os pobres, os sem estudos como sempre se tem colocado, mas sim a classe que se diz intelectualizada, a parcela da sociedade de classe média alta e alta, em suma, o que estamos vendo é algo lamentável, triste que nos envergonha como cidadãos, cristãos ou espirituais.

A igreja se cala diante uma candidata que é a favorável ao aborto. Os intelectuais, os profissionais liberais se rendem aos fatos gravíssimos de atentado a democracia e as corrupções que se dão no Ministério da então candidata Dilma. Corrupção de alguém que é seu braço direito. Corrupção de alguém que mantêm contatos diretos tanto a nível social quando o de trabalho.A mídia está fazendo a parte dela. Os colunistas, articulistas apontam os desvios e os desmando, no entanto, a sociedade não se comove, não se move não dá mínima pelos fatos. Cadê os caras pintadas, cadê os estudantes, cadê as manifestações de repudio nas ruas, no Congresso Nacional. Como acordar a sociedade sem manifestações? A conclusão que se chega é que está tudo corrompido.

Estamos diante de um quadro lamentável de ética da sociedade. Pior que mesmo vendo esta triste realidade política brasileira não há como criticar a postulante a presidenta da republica, pois Dilma está fazendo seu papel que é pedir votos. Todos aqueles que estão dentro da Lei estão exercendo seu direito, a critica então a se fazer é questionar o comportamento ético da sociedade, pois é a ela quem cabe escolher. Os fatos estão apostos, claros e muito nítidos.

Já citei varias vezes o pensamento de Rui Barbosa e infelizmente, mais uma vez está coerente com o que estamos vivenciando no Brasil nestas eleições. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).

Ataíde Lemos

domingo, 12 de setembro de 2010

Síntese da trajetória política do Brasil pós-ditadura



A Nação não é País de uns poucos, mas sim de todos, pois cada cidadão em sua proporção colabora para o seu desenvolvimento, crescimento e cujo objetivo é a melhoria na qualidade de vida de todos.

Certamente em todo sistema de governo seja ele o liberal, socialista, capitalista tem seu lado positivo e negativo, sua afirmação como um sistema de governo se define dependendo da realidade em que se encontra o País estruturalmente social, econômico e político.

Quando refletimos sobre o Brasil percebemos que sua estrutura de sistema é complexa. Viemos de uma ditadura, que antes dela ser instaurar, o Brasil já amargava um patamar elevado inflacionário devido à industrialização ocorrida no período de J.K. e que se deu continuidade na ditadura, tanto que ao iniciar o governo de Sarney a inflação chegava a índices de 80% ao mês. Naquele período o Brasil praticamente vivia um sistema capitalista, porém a maioria das grandes empresas e muitas pequenas eram estatais e poucas multinacionais. Enfim, o País vivia um circulo vicioso e complexo, se por um lado à inflação não permitia que o Brasil desenvolvesse, por outro a maquina administrativa como as empresas estatais estavam inchadas pelo excesso de funcionários, em suma, não havia recursos para o desenvolverem das estatais e também nem como serem eficientes.

Um agravante do inchaço e das altas taxas de inflação levava o Brasil não atender a sociedade com políticas sociais, a maioria dela vivia num extremo estado de miséria, faltando-lhes tudo. E assim, o País conviveu durante o mandato todo de Sarney.

Pois bem, a inflação era o pior dos males do País naquele período, tanto que a bandeira de campanhas de todos os candidatos a presidentes destacava a necessidade da estabilidade inflacionaria. Pois a inflação estava levando o Brasil ao caos econômico e social. Com Collor varias tentativas frustradas foram feitas a fim de conter a inflação, planos que até hoje levam muitos brasileiros a repudiarem seu governo, pois todos eles foram frustrados e o povo foi quem pagaram a conta. No meio do mandato de Collor, ao Itamar assumir a presidência, iniciou-se um novo plano de estabilidade inflacionário o qual tinha no comando do Ministério da Fazenda, o então ex- presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), que com o aval do presidente Itamar Franco, criou-se a famosa Unidade Real de Valor (URV), índice que procurou refletir a variação do poder aquisitivo da moeda, servindo apenas como unidade de conta e referência de valores. Teve curso juntamente com o Cruzeiro Real (CR$) até o dia 1º de julho de 1994, quando foi lançada a nova base monetária nacional, o Real (R$).

A partir do estancamento inflacionário, FHC conseguiu se eleger Presidente da Republica, porém era preciso mais para que a inflação não voltasse, haja vista, que muitos planos falharam e que havia uma cultura inflacionaria na sociedade brasileira. Algumas medidas antipopulares deveriam ser tomadas que certamente desgastaria seu governo junto à sociedade como por exemplo, a austeridade com os gastos públicos, abertura ao capital estrangeiro para que muitas empresas estatais deficitárias pudessem ser vendidas e a privatizações de estatais que se dizia serem essenciais e estratégicas. Esta ultima medida, as privatizações, eram as mais complexas e desgastantes, pois muitos movimentos sociais, sindicatos a usavam como palanques políticos. Tais medidas adotadas renderam a FHC o titulo de neoliberal.

No governo de FHC, ao mesmo tempo em que se vendeu varias empresas estatais também se deram inicio com ênfase varias políticas na área social, iniciando o que hoje se intitula Bolsa Família, que nada mais é, que a junção de vários benefícios que a classe mais pobre recebia com intuído de sobreviverem e serem estimuladas sair da extrema miséria. Tais benefícios eram dadas com contra-partidas, isto ocorreu no caso do Bolsa Educação por exemplo.

Ao término do mandato de FHC, o mundo vivia uma nova crise, então parte da sociedade com receio da volta da inflação e outra assistida com as políticas sociais, proporcionou a FHC a reeleição. No entanto, seu 2º mandato se desgastou, pois não houve avanços como ocorreu no 1º mandato e seu prestigio estava desgastado de tanto que fora criticado pela oposição que usou dos artifícios das privatizações e do rotulo de neoliberal.

Pois bem, entrou a era Lula que se aproveitou da estabilidade econômica, das políticas sociais e da educação e com discursos socialista e fascista, porém nos bastidores capitalista e liberal conseguiu por meio de seu carisma político e de sedução construir uma legião de fãs que atribui a ele todos os feitos e avanços que o País teve em relação às políticas econômicas e sociais, não conseguindo enxergar toda a corrupção e toda a engenharia de Poder que há em seu governo.

Ataíde Lemos

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um Risco Para Democracia



Ao ler os noticiários sobre a invasão dos sigilos fiscais dos candidatos do PSDB e de quase três mil contribuintes, tudo volta a nossa mente como, por exemplo, a quebra do sigilo bancário de Francinildo Costas; o dossiê de 2006; a demissão da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira por não concordar com a ex-ministra da Casa Civil.

Ao analisar a maneira como o Presidente Lula aborda a invasão de sigilo fiscal, transformando em réus as vitimas; fazendo de um fato sério algo irrelevante, ou seja, minimizando um crime contra Constituição Federal em algo banal e corriqueiro ao invés de tomar medidas austeras como demitir o secretário da Receita Federal é para ficarmos preocupados.

O governo diz que a oposição quer fazer palanque eleitoral a partir de um “fatinho” como este. Que a indignação é apenas para tirar proveito eleitoral do episódio. Insinua também que toda esta revolta da oposição é desespero e acusa as grandes mídias responsável de querer influenciar na decisão dos eleitores tirando de Dilma a eleição praticamente ganha. Em suma, faz de vitima o PT. 

Pois bem, hoje a oposição e a mídia são os únicos que estão a favor da sociedade neste episódio – invasão no sigilo fiscais dos contribuintes. Eles precisam denunciar com veemência o que ocorreu, pois isto é um atentado a democracia. Este tipo de crime é semelhante a paises ditatoriais. A sociedade não pode permitir que voltemos ao tempo da ditadura, onde o Estado investigava a vida dos políticos visando intimida-los e destruí-los. Estas são praticas abomináveis e que não se pode permitir.

A oposição deve explorar no máximo este atentado a democracia para convencer o eleitor em não permitir que este pessoal infiltrado no Poder, faça regredirmos em conquistas que foram atingidas pela sociedade a custa de muito sangue. A única maneira de deter de forma pacifica é por meio do voto.

O governo procura de mil maneiras atribuir este crime como factóide, ou seja, uma fato irrelevante que a oposição usa como desespero, porém, a cada dia que passa vemos que não se trata de um factóide, mas algo concreto. É um crime a democracia brasileira. Ainda que não fosse idealizada pelos responsáveis da campanha de Dilma, tudo concretiza que este crime está relacionado ao grupo que governa o País. Somente isto é motivo suficiente da sociedade repudiar e tirá-los do Poder.

Estamos diante de um golpe a democracia que se procurou dar para manter este grupo no Poder, mas que com o prestigio de Lula não houve a necessidade de usa-la como Plano B, no entanto, isto veio demonstrar o quanto a sociedade precisa estar atenta e através do voto não permitir os ventos sombrios que estão por vir. Não é sem razão que a grande mídia está estarrecida, preocupada e procurando de todas as maneiras investigar e divulgar novas informações para que o eleitor esteja atendo e não seja iludido com a fantasia criada; o eldorado brasileiro.

Ataíde Lemos

Qualidade da Educação


Como um País pode se desenvolver e almejar
Democracia ou estar entre as grandes potências?
Se age com irresponsabilidade deixando a desejar
Gerenciando a Educação com total incompetência!

A falta de qualidade no ensino tem proporcionado
Formar analfabetos funcionais matando o Saber
Jovens do Fundamental e Médio não sabem ler e escrever
Ingressam no Ensino Superior inteiramente desqualificados.

Por janelas abertas o governo insiste em dizer
Que é para promover os que foram no passado excluídos
E não se importa que Conhecimento é prioridade no saber.

É difícil exigir da sociedade um comportamento não servil
Ao se permitir a ignorância pela má qualidade da Educação.
Infelizmente, esta tem sido a tônica deste nosso Brasil.

Ataíde Lemos

domingo, 5 de setembro de 2010

Ser brasileiro



Ser brasileiro não é pintar o rosto de verde e amarelo por inteiro para comemorar
Não é desenhar, exibir a bandeira brasileira em todos os cantos
Não é se emocionar quando houve-se o hino nacional na vitória de um esporte
Ser brasileiro não apenas contemplar as belezas naturais
Ou sentir orgulho nas diversidades das festas culturais regionais.
Ser brasileiro é muito mais que emoção, alegria e festa
Ser brasileiro e amar cada espaço deste chão
É olhar cada brasileiro e sentir amor, buscar a união
Ser brasileiro e ser consciente do seu papel enquanto cidadão
É sentir no bolso a dor da corrupção e lutar para expurgar os ladrões
Ser brasileiro é exigir dos governantes seriedades, honestidade e trabalho
Ser brasileiro é determinar transparência no bem público
Ser brasileiro é sentir-se parte de sua Nação
É desejar um País melhor para as novas gerações
Não apenas nas comemorações ou em momentos de emoções
Mas sim, na construção do Brasil com trabalho, dedicação,
Porém, sobretudo atento na fiscalização aos políticos.

Ataíde Lemos

sábado, 4 de setembro de 2010

O Brasil vive uma anomalia



A função do Estado é criar, administrar políticas econômicas, sociais, educacionais, de segurança, cultural, saúde, etc. e também regulamentar por meio de Leis visando equacionar as necessidades contemporâneas que ocorrem através das exigências do tempo e os anseios de sua população. Em suma, a função do Estado é promover a qualidade de vida da sua sociedade.

O Estado como instituição não é para produzir riquezas através de empresas, até porque, já está provado por diversos exemplos que ele é um mau gestor quando atua como empresário. No entanto, ele é o maior sócio de todas as atividades econômicas e de serviços, pois a sociedade de um modo geral, seja por meio do 2º Setor (empresariado) seja através da sociedade civil de todas as classes sociais pagam em impostos, tributos, contribuições, etc. Um terço do que produz de todo o PIB (Produto Interno Bruto) vão para os cofres públicos.

Pois bem, ainda é preciso dizer que muito dos serviços que, em tese, são obrigações do Estado são compartilhados entre o 2º Setor e o 3º Setor – as organizações não governamentais. Isto é, além do Estado embolsar 1/3 da riqueza da sociedade, ela (sociedade) ainda é obrigada a compartilhar as obrigações que são inerentes dele (Estado).

Por exemplo, a sociedade paga em impostos o direito a transitar em boas rodovias, mas precisa pagar para iniciativa privada pedágios, e por conseguinte, o Estado recolhe impostos destas concessionárias. Da mesma maneira acontece na Saúde, Educação, Segurança e em todos os outros serviços essenciais. Existem inúmeras leis que obrigam empresas promoverem seus empregados oferecendo-lhes serviços sociais e no da área saúde entre outros, serviços estes que deveriam ser exclusivas obrigações do Estado como devolução dos impostos arrecadados.

A sociedade paga para ter direitos a Saúde, a Cultura, etc, mas precisa se organizar em Ongs para que os pobres possam ser atendidos na saúde, educação e assistência social. Para promover cultura e fazer projetos que visam a conscientizar a sociedade sobre o meio ambiente, etc. a sociedade é obrigada a se unir e buscar patrocínios, apoio e recursos no 2º setor, já que do Estado pouco se consegue.

Portanto, ao analisarmos este quadro a conclusão que se chega é que o Estado é um grande parasita que se alimenta da sociedade e ainda a impede de crescer, pois cada vez mais através dos impostos sangra as empresas e explora a sociedade através deixando-a para que ele se engorde e cada vez mais seja dominador.

Na verdade, dizer que o Brasil é um País capitalista é uma grande mentira, pois com o tamanho do Estado existente e da maneira como ele suga a sociedade vivemos uma anomalia em nosso sistema de organização estrutural de Estado.

Em suma, a dois caminhos que a sociedade brasileira precisa tomar; um deles é ser um País socialista, onde o Estado assuma tudo e destrua a Nação como vem ocorrendo na Venezuela e a outra é a sociedade através da escolha de bons parlamentares criar-se Leis que diminua a influência do Estado na sociedade ou obrigue-o a assumir suas verdadeira funções.

Ataíde Lemos

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O jeito do PT fazer política



Não é segredo para ninguém, apenas para os mais ingênuos, que eleição é um jogo sujo, onde se vale tudo, menos perder e para isto, todos os candidatos se armam com suas estratégias visando tirar vantagens de tudo e em tudo.

Os candidatos que saem na frente, normalmente se fazem de bonzinhos para a platéia, mas joga sujo também nos bastidores. Já aqueles que estão atrás nas pesquisas fazem de tudo para derrubar os índices de seus adversários, isto é praxe em todas eleições.

O Poder Judiciário, o Ministério Público procuram dentro da lei fazer o possível para a lisura do pleito, porém observamos que muito pouco consegue. Outro fato constatado é que, somente freia a corrupção eleitoral quando a justiça impede o candidato de participar do pleito ou ele (candidato) venha a perder, pois caso contrário, se o candidato se eleger acaba sendo privilegiado nas brechas lei e então, a justiça não consegue mais puni-lo. Esta infelizmente é uma triste verdade. Um político perder o poder depois de eleito está na mesma ou menor proporção de alguém recuperar um carro roubado no Brasil.

Pois bem, falcatruas nas eleições existem e sempre existirão, porém da maneira como o PT faz é vergonhoso. É um partido muito sujo e joga pesado com seus adversários. Nas eleições passadas mesmo Lula estando quase vencendo no 1º turno, procuram comprar um dossiê, pagando milhões de dólares por ele. Uma vergonha que todos os brasileiros puderam ver pela televisão os sacos de dinheiro.

Palocci, para desacreditar um caseiro autorizou a quebra de sigilo bancário de alguém humilde, somente para colocar em cheque a credibilidade das denuncias feita por este servidor. Outro fato correu ano passado, após a secretária da Receita Federal ter negado um pedido de favorecimento fiscal para Dilma em relação a Petrobrás, foi exonerada e ao confirmar um encontro com então a ministra da Casa Civil na imprensa foi execrada por confirmar algo que ocorreu.

Agora estamos diante de mais uma vergonha, novamente envolvendo a Receita Federal, isto é, o sigilo fiscal de integrantes do PSDB foi violado, inclusive o da filha de Serra. Isto somente vem confirmar a existência do tal dossiê que havia sido denunciado há meses atrás, onde o PT negava existi-lo, pois esta violação do sigilo nada mais era que uma das peças do dossiê.

Evidentemente o período em que estava sendo montado tal dossiê é de 2009, pois naquela época Serra estava com seus índices altos, sendo favorito, portanto tal dossiê era um dos planos caso no o futuro Serra mantivesse alto nas pesquisas.

Enfim, esta é a forma do PT fazer política, para o poder qualquer meio utilizado é valido, desde que se ganhe as eleições.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Paradoxo da sociedade


Atuo na área comercial e algo que fico impressionado é a maneira como alguns se colocam diante a realidade do Brasil, dizendo que o País melhorou de maneira espetacular.

Pois bem, de fato em alguns aspectos o Brasil melhorou, pois com o controle inflacionário, a sociedade de um modo geral pode planejar mais seus gastos e assim adquirir mais bens de consumo. No entanto, é fundamental salientar que a estabilidade da inflação não foi fruto do atual governo, mas sim de políticas macro e micro econômicas que obtiveram sucesso. Políticas estas iniciadas no governo Itamar Franco. É preciso salientar que Fernando Henrique Cardoso (FHC), se elegeu fruto desta estabilidade conquistada enquanto era Ministro da Fazendo no governo de Itamar.

No governo de FHC houve avanços em outras políticas como as sociais, a da área da educação, o dá saúde, o qual através de José Serra houve melhoria desde a criação dos genéricos, mutirões da saúde, etc. Nas políticas sociais e na área da educação se deram inicio aos Bouças.

Algo que também colaborou para o desenvolvimento do País foram às privatizações como, por exemplo, a telefonia, as empresas de siderurgia e outras, onde estas estatais deixaram de serem cabides de empregos. A maioria das empresas privatizada tinha seus balancetes sempre no vermelho, além do que, o Estado muitas vezes precisava tirar recursos da Saúde, Educação e de tantos outros setores essenciais para mante-las, sem conseguir superar seus rombos, e pior, sem que elas pudessem modernizar-se em termo de tecnológicos, bem como serem eficientes.

No principio, acreditei que as privatizações eram uma loucura, que FHC estava vendendo todo nosso País, no entanto, hoje após ver o que o PT faz com as empresas estatais e como servem para a roubalheira e corrupção, agradeço suas vendas, pois são menos empresas para serem roubadas.

FHC, se empolgou no poder a tal ponto que acabou por destruir seus próprios objetivos ao forçar a barra para que instituísse o artigo da reeleição na Constituição Federal, pois deu um tiro no próprio pé, conseguindo construir uma antipatia jamais visto por um presidente da republica. Seu segundo mandado, embora manteve todos os programas foi saturado pela sociedade apoiada pelo seu maior rival o PT.

Pois bem, entrou a era PT no poder e aproveitando-se de toda estrutura econômica e das políticas sociais e da educação fez uma junção dando novos nomes a elas, porém tratou-se de ir aos poucos dominando os setores essenciais do Poder para construir uma estrutura de Poder. Politicamente loteou o País, loteou as estruturas políticas e as empresas estatais. Loteou parte dos movimentos sociais e por fim, os Poderes Constituídos se blindando completamente.

Através de planos mirabolantes, recheados de fantasia conseguiu iludir grande parte da sociedade, dando-lhe a sensação que eles (PT e companhia), foram os que transformaram o Brasil no país dos sonhos.

Hoje, muitos não conseguem perceber que já havia uma estrutura construída para que as pessoas pudessem num futuro ter melhor qualidade de vida e realizar seus sonhos de consumo. Muitos se vangloriam de poder adquirir seus bens em 36, 72, 90 meses, porém não se dão conta que todas estas realizações têm um preço alto que é o valor dos produtos que estão sendo adquiridos como também o alto endividamento em que a sociedade está vivendo. Hoje mais da metade da população está endividada.

Outro fato importante a se destacar é que, devida toda esta euforia, deixa de ser percebida que todos os serviços públicos no atual governo estão ruins. As pessoas continuam morrer nas filas por falta de atendimento da saúde, falta de medicamentos, etc. A violência cada vez está mais acentuada por falta de políticas de segurança. O consumo das drogas está num nível crescente e insustentável enquanto as famílias vítimas das drogas não têm assistência do Estado. A qualidade do ensino está vergonhosa. As estradas federais intransitáveis. Enfim, nestes 8 anos a sociedade está vivendo um paradoxo inexplicável, por um lado aplaudem um governo, por outro vivem as mazelas de um Estado que está lhe roubando descaradamente através dos altos impostos e pela corrupção sem oferecer os serviços básicos essenciais. A única resposta para esta realidade é dizer que a sociedade brasileira se encontra completamente doente.

Ataíde Lemos