domingo, 27 de setembro de 2009

Venda pequena de livros de escritores brasileiros
















          Mais de 80% dos livros vendidos no Brasil são de escritores estrangeiros e apenas 20% são de autores brasileiros. Então fica a pergunta: por que este disparate de percentual de venda entre escritores estrangeiros e nacionais?

          Pois bem, gostaria de colocar meu ponto de vista sobre esta triste estatística desproporcional, que coloca os escritores brasileiros num grau muito abaixo do que realmente estão.

          Destaco primeiramente a questão das editoras. A grosso modo é preciso dizer que editoras visam lucros e não são caçadoras de talentos. Enfim, elas apenas lançam novos autores quando têm a certeza de lucros, pois de certa forma, lançam autores que já têm nome amplamente divulgado na mídia. Portanto, elas (as editoras), estão na caça de pessoas que já possuem um nome nacionalmente conhecido, independentemente de serem escritoras ou não. Certamente esta estratégia das editoras, empobrece substancialmente a literatura brasileira.

          Em suma, não dá para se competir literariamente com grandes escritores estrangeiros, com uma literatura brasileira de péssima qualidade. Infelizmente, esta é uma realidade. As grandes editoras brasileiras estão à procura de vendas instantâneas, sem se preocuparem com a qualidade de uma boa literatura. No entanto, é preciso dizer que o brasileiro investe pouco em livros e que as classes C e D têm menos hábito ainda de comprar livros, devido a inúmeros fatores como suas condições financeiras e a falta de tempo disponível para leitura. Portanto, a classe que mais adquire livros, evidentemente compra qualidade.

          Outro fator que contribui para o pequeno percentual na venda de livros de escritores brasileiros, está relacionado com a dificuldade de introdução de novos escritores no universo da literatura brasileira, pois a maioria dos livros publicados é produzida por editoras independentes. Isto é, o escritor custeia toda sua produção e como não tem como divulgar, pelo próprio custo, acaba tendo seu trabalho sucumbido e guardado em caixas e mais caixas em suas casas. É comum bons escritores terem grandes obras, no entanto, não conseguem fazê-las chegar até aos amantes da literatura e portanto, compradores de livros.

          Outro fator agravante está na mídia, com ênfase a televisiva. Atualmente a maioria das redes de televisão não tem em sua grade de programação, programas de incentivo à leitura, específicamente aqueles que divulgam os escritores brasileiros. Alguns poucos programas que existem, têm suas mensagens sobre literatura muito genéricas.

          Há necessidade da intervenção do Estado, que seria um fomentador da literatura, criando uma política cultural do livro, para que os leitores tivessem a oportunidade de conhecer seus escritores e também os escritores pudessem divulgar seus trabalhos. Uma política que fomente mais eventos como bienais e outros. É preciso dizer que todo escritor iniciante, não tem condições financeiras de arcar com custos de publicações e de divulgações de suas obras literárias, neste sentido, é fundamental que por meio de tais políticas públicas do livro, os empresários possam fazer parceria com os escritores. Enfim, uma parceria entre o escritor, os empresários e o Estado, certamente estimularia e contribuiria no sentido de destacar os bons escritores nacionais.

          Outra política pública do livro, seria o Estado dar alguns tipos de incentivos fiscais às editoras, tendo como contrapartida, a obrigatoriedade de que elas lancem anualmente uma porcentagem de novos escritores.

          Em suma, sem uma política séria que leve a sociedade a conhecer seus escritores, continuaremos como estamos, com esta enorme quantidade de vendas de livros de autores estrangeiros e com uma quantidade pífia em relação às vendas de livros de autores nacionais e de péssima qualidade.



Ataíde Lemos
Revisão:
Vera Lucia Cardoso

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Realidade das Entidades Sociais

















          Toda organização não-governamental (ONG) social, surge de uma necessidade de atendimento a um determinado público, visando suprir a carência do Estado. Normalmente são constituídas por pessoas, que passaram por tais situações e que sentem um pulsar dentro de si, para amenizar o sofrimento humano.

          Essas entidades geralmente são constituídas por pessoas sem recursos, porém, abnegadas, espiritualizadas e com um propósito social, mas que precisam tanto do apoio do Estado quanto da sociedade. Sem o engajamento da sociedade como voluntária e sem o apoio dos órgãos públicos, a maioria delas estão fadadas ao fracasso, não havendo condições mínimas delas crescerem e nem de gradativamente, oferecerem um atendimento de melhor qualidade.

          Ainda é preciso dizer, que é a sociedade contribuindo com trabalhos voluntários em todos os sentidos, como arrecadação financeira e também na fiscalização, é que poderemos manter a entidade idônea e atuando com eficiência. Portanto, é a sociedade participativa e a união de esforços entre ela e o Estado é que vão manter a entidade. Enfim, é essa união cooperativa de esforços que proporcionará um futuro de êxito para a instituição.

          Outro fator que é importante se mencionar – e que é um assunto que sempre coloco em meus artigos – é que a sociedade sempre constitui entidades sociais ou mesmo de outros seguimentos, devido à ausência do Estado ou para colaborar com ele. Mas não é obrigação dela (sociedade) constituir entidades sociais, pelo contrário, o Estado é que tem esta obrigação, pois afinal pagamos impostos também para esses fins.

          Pois bem, sempre estamos vendo através da TV ou de outras fontes de notícias, entidades que estão atendendo mal devido à falta de estrutura e até mesmo de alimentos. Em suma, entidades que atuam sem as mínimas condições de funcionamento. Diante deste fato, a sociedade fica indignada e quem acaba pagando o pato são as entidades, como se fossem elas exclusivamente, as únicas responsáveis por essa triste realidade.

          Algo que precisa ser esclarecido, é que a grande maioria das ONGs, embora sejam civis, são públicas, isto é, suas atividades podem ser acompanhadas pela sociedade de um modo geral, inclusive com participação nas diretorias. Todas as eleições realizadas constam em atas e são divulgadas por meio de editais distribuídos em lugares públicos e de acesso a todos, porém o que ocorre normalmente, é que a sociedade em sua maioria não se interessa em participar, acabando sempre, sendo apenas os mesmos participantes que se revezam nas diretorias. Quanto aos poderes públicos, como não colaboram em quase nada, fazem vistas grossas e assim a maioria das entidades sociais permanecem atuando precariamente.

          Em suma, é lamentável o que assistimos ocorrer neste País. A maioria das entidades (ONGs), de assistência social funcionam sem o mínimo apoio, tanto da sociedade quanto do Estado. Quantas e quantas entidades surgem com grandes propósitos, mas apesar disso, com menos de um ano de funcionamento estão fechando suas portas, despejando pessoas nas ruas ou então, se tornam depósitos de pessoas sem qualquer condição de dar qualidade de vida a elas. Outras para manter o atendimento, precisam mendigar à sociedade sem receber quaisquer convênios do Município, do Estado e muito menos da União, no entanto ao surgimento de problemas sociais relativos ao atendimento aos menos favorecidos, são estas entidades as primeiras a serem procuradas.

          Esta é a triste realidade existente em nosso País. Certamente este descaso com as entidades sociais, destroem quaisquer iniciativas da sociedade civil em ser parceira do Estado para colaborar no atendimento social.

Ataíde Lemos

Revisão:
Vera Lucia Cardoso

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Corrupção




















Quantas mesas estão vazias
Lares onde a fome é primazia
O viver é uma labuta
E para ter quase nada é uma luta.

Quanta criança neste imenso Brasil
É privada e cerceada de viver
Pois lhe falta o essencial em se ter
Numa pátria tão gigante entre tantas mil.

Entre tanta beleza e riqueza
Uma imensa pobreza
É o país da contradição
Por nele imperar a corrupção.

Um país de tanta religiosidade
Disparidade de religiões
Compactua com a desigualdade
Favelas ao lado de manções.

Quando se depara com esta realidade
Não há como o olho fechar
E dizer que não é verdade
O que diariamente está se presenciar.

A corrupção é um imenso mal
E o ônus sobra para os mais pobres
Transformando-se num país desigual
Roubando a sociedade para dar aos nobres.

Ataíde Lemos

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um Câncer Chamado Corrupção
















          A maior e mais grave doença que existe no Estado é o câncer chamado corrupção. Esta doença atinge as três esferas de governo, os Três Poderes e vai contaminando todos os escalões da administração pública.

          Há corrupção nas licitações, nas folhas de pagamento, em favorecimentos entre serviços de empresas privadas ao Estado e nos aumentos dos servidores que ocupam cargos de confiança, comissionados devido à “dívida” com os cabos eleitorais. Enfim, são as mais variadas e diversas formas de corrupção, que vão lesando o Estado. Há corrupção em todos os escalões de governo, em todos os Ministérios, Secretarias de Estado e Municipais. São tantos desvios de recursos, que faltam verbas para todos os serviços essenciais como Educação, Saúde, Segurança...

          Hoje a sociedade vive o inusitado, isto é, ela tira parte de seus recursos para pagar impostos e não tem retorno no que de direito teria que receber, por estes tributos pagos ao governo. Se a sociedade quiser ter uma saúde de qualidade precisa pagar novamente. Se quiser ter estradas em boas condições precisa pagar. Se desejar uma educação de melhor qualidade, precisa colocar seus filhos nas escolas privadas. Enfim, são impostos pagos que não retornam em serviços, apenas servem para aumentar o caixa da corrupção e ainda quando estes recursos diminuem, o governo inventa mais impostos para poder mantê-los.

           Pois bem, quem tem melhor condição financeira, consegue se sobrepor a estas carências custeando com seus recursos a ausência do Estado, no entanto, a grande maioria da sociedade que se mantém na base da pirâmide, sofre as conseqüências desta corrupção famigerada.

          É uma vergonha o que estamos vendo ocorrer na saúde, filas enormes nos hospitais, independentemente da cidade em que eles se localizem, sejam elas metrópoles ou seja a mais pequena deste imenso Brasil. Falta tudo, desde os mais simples materiais como o algodão. Não há infra-estrutura nos postos de atendimento, além da falta de médicos. Pessoas e mais pessoas estão morrendo por uma simples dor de barriga pela falta de assistência.

          As assistências sociais de todo País se encontram com falta de medicamentos e sem as mínimas condições de assistir às pessoas carentes que delas necessitam. É comum pessoas recorrerem às assistências sociais e voltarem com as respostas: “não temos medicamentos” ou “não podemos fazer nada”.

          As creches públicas estão uma vergonha em quase todo o País. Falta tudo, desde alimentos até materiais de higiene. Só não faltam funcionários, pois elas são outros cabides de emprego.

          A educação é outra vergonha, com um ensino que a cada ano cai em sua qualidade, formando analfabetos funcionais. As escolas para se manterem funcionando precisam promover eventos para arrecadar recursos. É festinha aqui, festinha acolá, bingos... Embora seja função e obrigação do Estado, são os pais que precisam manter as escolas com a participação financeira, por meio de eventos realizados pelas escolas.

          Enfim, poderia aqui descrever muitas outras mazelas que o País vive devido a este câncer, que ao meu ver, não estaciona e nem tende a melhorar seu quadro clínico, que é a corrupção, um câncer que volto a repetir, está em todos os níveis e esferas de governo. Mas o mais triste da corrupção, é que ela poderia ser amenizada, caso a sociedade acordasse para esta realidade e agisse com mais cidadania, não a aceitando passivamente, mas sim, reagindo por meio de atitudes concretas, como por exemplo o voto, ou exigindo seus direitos e também, cobrando mais ética dos políticos. No entanto, o lamentável é que a corrupção é um desvio de conduta do próprio Ser humano, que tem a tendência de corromper e assim, ela (corrupção) se torna por outro lado difícil de ser tratada.

Ataíde Lemos
Revisão: Vera Lucia Cardoso

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Onze de Setembro
















Um dia que o sol escureceu
A alegria emudeceu
Um estrondo no céu aconteceu
E paz naquele dia pereceu.

O céu cinzento ficou
Nuvem de poeira se espalhou
O medo em todos conta tomou
O terror pelo mundo disseminou.

Onze de Setembro não será esquecido
Um país que julgara jamais ser vencido
Com sangue de inocentes foi abatido.
Uma página que na história fora escrito.

Hoje o mundo convive com a dor
De um acontecimento marcado pelo horror
Um medo que deixou rasto de pavor
Pela ganância, arrogância e falta de amor
Ataíde Lemos

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Classe política um mal necessário

          Como imaginar um País sem uma estrutura governamental? Como imaginar um País onde não há pessoas para administrar e coordenar ações, enquanto os cidadãos trabalham cuidando de suas atividades profissionais? É necessário que haja pessoas cuidando das necessidades quotidianas do País, da ordem e das questões sociais. Como não escolhermos as pessoas que vão regulamentar normas que visem o bem comum?


          Todos os cidadãos de certa maneira formam uma grande associação, cooperativa ou qualquer uma outra denominação que se dê, trabalhando e tirando percentuais desta renda, formando um grande bolo, onde uma parte é fatiada para manter as remunerações destes que escolhemos, uma outra para cuidar da infra-estrutura do País e também uma parte, para que seja repartida entre aqueles que precisam ser amparados socialmente.


          Pois bem, vemos que a política é hoje uma atividade profissional e que muitos procuram nela uma forma de levar vantagens e se beneficiar. De uma necessidade, tornou-se um mercado que infelizmente, tem feito com que ela perca o seu sentido. A população hoje não acredita mais nela, e a vê como um peso. Por mais que tentem convencer os cidadãos, cada vez mais esta instituição se torna repudiada pela sociedade.
          Mas por que isto ocorre? Na realidade a política foi transformada numa grande patologia por aqueles que procuram se inserir nela partidariamente. Para se atingir o poder vale tudo e percebemos que para atingí-lo, seus pretendentes mentem, enganam, iludem, criam circunstâncias e se inserem em instituições sérias, tudo visando o objetivo final, que é adquirir votos.


          Como disse anteriormente, como todos contribuem para o Estado, há um grande volume de recursos, que de certa forma é infiscalizável (termo próprio) com dono, mas sem dono. Desta fatia, todos sem exceção, estão ansiosos para tirar sua parte, sendo assim, os mais espertos pegam mais e os mais bobos tiram menos. Uns se vendem por milhões e outros por uns trocados.


          Devido a esta realidade, nem utopicamente poderemos imaginar um País honesto. Pessoas sérias serão contaminadas por esta doença, ou simplesmente, terão uma experiência única se, se envolverem na política, porque ela fere de maneira crucial à ética, os valores morais e aos princípios espirituais. Há sempre desejos excusos por detrás de todas as ações dos políticos. Na verdade os políticos representam grupos ideológicos e interesses particulares. Assim, os políticos acabam sempre sendo seduzidos pelo poder.


          O único medo que os políticos têm é de não se elegerem e reelegerem, ou que seus adversários se elejam, porque assim, suas pretensões, suas ambições e as suas regalias precisarão esperar a próxima eleição.


          No entanto, apesar de tudo isto, precisamos da classe política, não temos como governar um País sem ela. Como uma casa precisa ter alguém que direcione e que assuma o comando com a cooperação de todos, assim também precisamos ter pessoas que possam administrar e fazer a distribuição de renda, promovendo a igualdade social, protegendo a sociedade garantindo a segurança e regulamentando normas que visem o bem comum. Todos nós cidadãos temos que ter esta consciência.


          Precisamos ter em mente, que os políticos têm medo do voto e é através dele, que podemos minimizar certas tristes realidades, as quais estamos presenciando. Porém sabemos com certeza, que é um processo longo, demorado e complexo. Pois onde existe abundância de recursos, não há um proprietário definido, sendo assim, no poder de decisão sempre haverá corrupção.


Ataíde Lemos
Revisão: Vera Lucia Cardoso

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ave Maria, Mãe Aparecida










Ave Maria, Mãe Aparecida
Sobre seu manto azul anil
Cubra esta Pátria de gente sofrida
Vós que sois padroeira do Brasil.

Abraça cada filho com carinho
Rogai a seu Filho por nós
Aponte-nos novos caminhos
Nós que recorremos a vós

Ave Maria, Mãe Aparecida
Proteja este querido Brasil
Terra de muitas pessoas excluídas
Acorde este gigante varonil.

Sobre seu amor e sua proteção
Suplicamos humildemente
Livrai-nos da corrupção
Que tira o pão de tanta gente.

Ave Maria que no rio foi encontrada
Por três simples pescadores
Com titulo de Aparecida é venerada
Defendei-nos dos opressores.

Ave Maria, Mãe Aparecida
Com amor e com devoção
Rogo por todas as vidas
Que sofrem nesta amada Nação.

Ataíde Lemos

domingo, 6 de setembro de 2009

Frustração pela Falta de Ética no Brasil

          Podemos estar passando por bons momentos financeiros, tudo caminhando bem em termos pessoais e familiares, enfim, termos todos os motivos para estarmos felizes, porém se não estivermos bem emocionalmente, nos sentiremos tristes, vazios e com um sentimento de angústia dentro de nós.
          Pois bem, ultimamente tenho percebido uma comoção geral nas pessoas que amam este País. Nas falas destas pessoas há certa tristeza e falta de entusiasmo quando se fala do Brasil. Parece não haver nada a se comemorar, ainda que o governo diga que o Brasil já venceu a crise internacional, embora se faça festa com o tal Pré-Sal – fazendo dele um palanque eleitoral. Enfim, nem as notícias ufanistas que o governo tem propagado sobre o Brasil, são motivo de alegria para aqueles que são formadores de opinião da sociedade e que sonham com um País melhor.
          É possível sentir nas palavras ou nos olhos destes formadores de opinião ou de pessoas mais esclarecidas politicamente, que ao falarem de política transmitem uma tristeza pela falta de ética que se alastrou e que está generalizada em todos os Poderes Públicos e em todas as esferas de governo. Algo que parece não ter uma solução em curto prazo, pois cada vez mais, os nossos governantes agem sem ética e nada acontece. Isto tem se tornado comum entre eles.
         Depois do triste episódio ocorrido no Senado Federal ultimamente, onde todas as denúncias feitas contra o Presidente da Casa José Sarney não deram em nada, constatamos que isto provocou grande ressaca e frustração naqueles que desejavam uma mudança de atitude, uma revolução (no bom sentido) em termos de passar o País a limpo.
          Se voltarmos no tempo e analisarmos, observaremos que tudo se deu quando ocorreu a reeleição de Lula. Ali teve início ao que estamos vivendo hoje. Apesar de muito se ter comentado sobre o dossiê do saco de dinheiro em plena campanha eleitoral e sobre tantos outros episódios negros ocorridos na política e mesmo assim Lula ter sido reeleito. Inclusive, escrevi Artigos onde coloquei que a reeleição de Lula era um episódio triste, onde o povo naquele instante avalizava e consagrava a falta de ética no País.
          Quando se reelegeu Lula, juntamente com ele reelegemos todos aqueles que foram protagonistas dos escândalos e da falta de conduta ética na condução do País. Levaram para o comando do País todos aqueles que buscam o poder pelo poder. Lula levou com ele os coronéis da política e se aliou com o que há de pior na classe política. Certamente, o resultado não poderia ser diferente.
          O mais triste e frustrante é que esta falta de ética, ou melhor, todo este estado de coisas, não parece estar no seu ponto final, pelo contrário, hoje somos governados por esta gente que conseguiu construir um poder que os manterão por muitos anos no comando da Nação, destruindo ainda mais o patrimônio moral da sociedade.
          Infelizmente, em um País onde a maioria de seu povo é pobre, miserável, com baixo nível de escolaridade e por conseguinte ignorante (falta de conhecimento) sendo portanto, dependente do Estado para viver, por cada migalha recebida, acaba aplaudindo os detentores do poder e os endeusando.
          Enfim, o que podemos vislumbrar para o futuro, é que a grande parte da população que está apoiando – aquelas que estão sendo beneficiadas com as migalhas do País e aqueles que estão distribuindo estas migalhas – continuarão a defender e elegendo estes políticos e os que desejam um País melhor e mais ético, continuarão nesta frustração por não se conformarem com esta maneira de fazer política.


Ataíde Lemos

Revisão:
Vera Lucia Cardoso

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Afrontamento à Constituição Federal


     Há dias venho observando com certa apreensão o que está acontecendo com o nosso querido Brasil. Está se tornando um País sem lei, ou melhor, sem respeito às leis. O que podemos observar é que cada Estado e Município está fazendo suas próprias leis, sem respeito algum à Constituição Federal e toda a lei, quer seja Estadual ou Municipal deve estar em consonância com a Lei Federal. Até mesmo vimos reiteradas vezes, o Poder Judiciário deliberando leis para destituir Vereadores e também em outras situações análogas. Como se já não bastasse tantas leis não serem cumpridas por seus órgãos competentes, agora cada ente da Federação está fazendo as suas próprias leis e parece que nada ocorre contra este tipo de coisas.
     Dias atrás assisti a uma matéria na TV, onde foi mostrado que numa cidade do interior do Brasil, um delegado resolveu liberar os motoqueiros do uso de capacete, inclusive, multando-os caso fossem pegos pilotando com o equipamento de segurança obrigatório.
     Outra situação inusitada está ocorrendo no Estado de São Paulo, proibindo o consumo de cigarro em locais fechados, sejam públicos ou privados. Uma lei que está se sobrepondo à Lei Federal, que apenas obriga aos ambientes fechados, a terem os chamados fumódromos. Enfim, uma lei totalmente inconstitucional, mas que alguns afirmam ser legal por se tratar de saúde pública. Se a argumentação (Saúde Pública) servir como fundamentação para infringir a Lei Maior, então basta cada Estado criar suas próprias leis usando a argumentação de que são fundamentadas na Segurança Pública, Educação, etc, etc. e assim, cada Estado legisla sobre temas polêmicos, como a pena de morte, aborto, legalização das drogas, redução da maioridade penal, leis eleitorais, etc., com justificativas diversas.
     Não estou entrando no mérito da questão, mas sim refletindo sobre o afrontamento que se está cometendo contra à Constituição Federal no que tange aos direitos, deveres e responsabilidades da União, dos Estados e dos Municípios. Se quiserem legislar da maneira como se está fazendo, então que se mude a Constituição.
     O que mais surpreende nisto tudo, é a atitude tanto de inércia do procedimento do Poder Judiciário, quanto estas aberrações de afrontamento às Leis. Quando uma entidade ou um cidadão entra com recursos para questionar tais inconstitucionalidades o Poder Judiciário leva meses e às vezes anos para dar seu parecer. Enfim, seu parecer somente ocorre quando muitos já foram penalizados com multas ou mesmo até com prisão. Um exemplo disto é a questão da Lei Seca e agora a questão da Lei Antifumo que São Paulo deu o ponta-pé inicial e outros Estados estão querendo seguir o exemplo. No entanto, o Judiciário é rápido para conceder liminares a Prefeitos e Parlamentares quando alguma instância Judiciária lhes pune com a cassação de seus mandatos e também é rápido e eficiente, para conceder habeas-corpus a empresários e políticos poderosos.
     Todas estas situações que estamos vivenciando estão levando a um desmonte jurídico do Estado, que certamente, começa a se encontrar viciado pelas práticas antiéticas existentes nos Três Poderes.
     Visando os interesses particulares daqueles que estão a frente dos poderes constituídos estão afrontando à Constituição Federal, deliberando uns e outros e assim fazendo o que querem, permitindo que nenhum deles tenha autoridade para colocar um ponto final nesta bagunça generalizada, que vem ocorrendo com as Leis em nosso País.
Ataíde Lemos
Revisão:
Vera Lucia Cardoso

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

País dos sonhos















Onde todos são iguais
As diferenças são normais.
Onde não há preconceito
Todos convivem com os defeitos
Respeitando cada qual o seu direito.

Onde não há injustiça
Nem fome, nem miséria
Onde jorra água e mel
E não há o amargo do fel


Onde a educação é prioridade
Elevando a sociedade.
Onde a criança vive sua infância
Pode sonhar e ter esperança.


Onde o povo é consciente.
A cidadania é algo permanente
A democracia não é uma ilusão
É a liberdade de ação e expressão
Resguardada à qualquer cidadão.


Onde homem e natureza
Convivem em perfeita harmonia
Sem agredi-la constantemente
Não destruindo o meio ambiente.


Este é o país dos meus sonhos
Não é uma utopia
Nem é um conto de fada
É possível ser concretizada
Com consciência e com a razão.
Quando se unem as mãos.
E entende que todos são irmãos.

Ataíde Lemos

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um grito de liberdade











Sete de Setembro um grito de liberdade
Ecoa na voz de Dom Pedro I.
Um brado de independência nas margens do Ipiranga.
“Sejas Tu antes que outro o faça”.
Pois o tempo já espera apenas o momento – seu pai o alerta.


Não se mantém um gigante adormecido
Ou preso por muito tempo
Pois, num vacilo ou a qualquer momento
Ele se livra e arrasa seus dominadores
Destronando seus senhores.


A independência não se conquista
Apenas com o sonho de liberdade
 Libertando da dominação de outros povos.
É comum a independência apenas trocar de prisão
Encarcerando numa outra por usurpadores
Filhos da mesma nação
Que na busca do Poder, alicia os pensamentos
Matando pouco a pouco os ideais
E os mais nobres sentimentos.


Sete de Setembro data de comemorar
Mas data de parar, pensar e reavivar
O verdadeiro sentido de liberdade
Que se deseja a esta pátria chamada Brasil
De um povo retumbante e varonil.

Ataíde Lemos