domingo, 29 de agosto de 2010

O eleitor e o voto



Se perguntar para um cidadão o que ele acha do governo Lula; certamente, grande maioria dirá o governo está bom. Então este dado será computado como mais um que aprova seu governo. Porém ao perguntar a este mesmo cidadão se a saúde, a educação, a segurança está bem, ele dirá que está ruim ou péssima. Então fica o questionamento; como um governo está bom se as obrigações básicas que ele deve oferecer está ruim ou péssima?

Será que os mesmo que dizem aprovar o governo tem recursos financeiros suficiente para custear planos de saúde ou custear suas doenças? Será que muitos destes que aprovam o governo tem coragem de sair à noite por se sentir seguro quanto a violência? Ou estão felizes com a educação que seus filhos estão recebendo? Enfim, há uma enorme contradição entre o que se fala com o que se vive.

Uma das instituições mais criticada pela sociedade é a da classe política e a corrupção se destaca entre estas criticas. Entre a inércia dos políticos e a roubalheira, a corrupção se destaca, porem ela somente é cometida por quem está no poder, sendo assim, não há como aprovar ou dar sustentação e mesmo manter os mesmos no poder, aqui há outra enorme contradição da sociedade.

Em toda atividade hierárquica aqueles que são responsáveis por comandar são responsabilizados pelos erros de seus comandados, pois é cabida a eles a responsabilidade da fiscalização, das escolhas de seus subalternos, ou seja, por eles é dada a delegação de autoridade sobre os demais. Partindo desta primícia quando a sociedade está insatisfeita com a educação, com a saúde, a segurança, mas sobretudo com a corrupção é por meio do voto que o eleitor procura mudar o comando político do País iniciando por aquele que está no topo da direção, no caso o presidente e, por conseguinte, todos aqueles que são seus braços direito. O voto não é somente aprovação de um novo projeto para o País, mas sim, uma troca de chefia por motivos acima expostos.

A grande questão do eleitor em votar mal é o comodismo, é votar míope, é não refletir a realidade do Brasil, em suma, é ser contraditório entre o que ele enfrenta em seu dia a dia com o que fala. Enfim, para muitos estar comendo, bebendo, ter um carro mesmo que pagando o dobro, triplo em infinitas prestações está bom, isto é, ele não consegue vislumbrar um País melhor nem para si mesmo. Dê pouco para aquele que nada tem, que ele sentirá um rei, infelizmente, esta é a realidade.

Ataíde Lemos

sábado, 28 de agosto de 2010

A natureza humana


 O Ser humano é egoísta e, a grande maioria não se preocupa com ética e com o próximo, ainda que vive levantar esta bandeira, pois se preocupasse jamais aceitaria colocar políticos corruptos no poder, a idoneidade seria a principal prioridade na escolha de um político.  Enfim, ele não é coerente nas ações em relação às palavras.

     Normalmente, em suas decisões, primeiramente pensa-se em si mesmo, depois nos familiares e em ultimo momento, ai sim, no próximo que não está tão próximo. Mas pior que isto, infelizmente grande maioria da sociedade não consegue discernir que parte de seu dinheiro adquirido com trabalho, esforço ou mesmo embutido em produtos e serviços  deveriam ser devolvidos de maneira a melhorar as condições de vida daqueles que são mais necessitados. Não tem discernimento que seus recursos deveriam melhorar a qualidade de vida da nação, dos mais pobres, pelo contrário, consideram que este seu dinheiro recolhido direta ou indiretamente pelo Estado em forma de impostos, tributos, etc, podem ser jogados no lixo, em suma, não dão valor no imposto e conseqüentemente não se preocupam de serem roubados por outros, ainda que ele fará falta aos mais necessitados.

     Infelizmente, jamais o Ser humano conscientizará que ele age errado pensando desta forma, pois como já foi dito por Jesus e muitos outros filósofos, a natureza humana é má, dentro de si impera a ambição, a inveja, o egoísmo, características intrínseca no homem.

     Uma das coisas mais triste é deparar com nossa própria natureza humana, talvez este seja o motivo das pessoas se esconderem nas ilusões, fantasias e estar sempre de alguma maneira procurando fazer algo de bom. Certamente, muitas destas atitudes são formas de camuflar em si mesmo, na tentativa de minimizar a maldade que há dentro dele o qual procura de todas as maneiras esconder

Ataíde Lemos   

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O eleitor e as eleições



No primeiro mandado de Lula foi um período onde o país foi devassado por inúmeros focos e fatos de corrupções. Um governo que veio de um discurso ético e de moralidade como oposição para destruí-la quando assumiu o poder. Um governo que começou com corrupção e terminou com os aloprados “dossiê”, onde toda a nação pode ver os sacos de dinheiro que seriam pagos para que Lula conseguisse se reeleger. No entanto, a maioria da sociedade ignorou a corrupção e o manteve dando-lhe mais um mandato. Enfim, desta vez não foi o PT que rasgou e ignorou a ética, mas sim a sociedade de um modo geral.

Com a reeleição de Lula  o que ficou demonstrado é que a sociedade prioriza outros fatores, ou seja, nem ética, nem a idoneidade são requisitos prioritários pelos eleitores nas escolhas de seus governantes, pelo contrário, o importante é fazer ainda que roube. Isto ficou confirmado com a reeleição de muitos políticos que tiveram seus nomes envolvidos em inúmeros escândalos de corrupções, como os mensaleiros, os sangue-sugas os quais se faz desnecessário citar seus nomes. Em suma, o que podemos deduzir com tais acontecimentos é que: a ética, a moralidade, a idoneidade é uma  bandeira utópica de uma pequena parcela da sociedade que não tem força de transformação.

O segundo mandato de Lula, os escândalos foram menos divulgados no Executivo, não significando que foram poucos, mas sim, abafados e a corrupção foi mais bem elaborada, contentando a todos para que não houvessem os rebeldes, porém eles se deram de maneira clara no Legislativo. Quem não se lembra do episódio do Senado Federal? caso Sarney? Quem não se lembra dos votos dos petistas para que não houvesse a cassação de Sarney? Hoje, estes mesmos que na época votaram pelo arquivamento do processo estão pedindo votos como por exemplo Edeli Salvati, Mercadante e tantos outros aliados como os do PMDB e de vários outros partidos da base do governo. Certamente, muitos deles serão eleitos ou reeleitos novamente. Em Minas Gerais temos um exemplo clássico que senador  Wellington Salgado – um dos lideres pelo arquivamento no caso Sarney –  suplente do senador Hélio Costa (ex-ministro do governo Lula), candidato a governo de Minas  Hélio Costa  está 1º nas pesquisas de intenção de votos.

Pois bem, agora estamos novamente nas eleições para eleger nosso futuro presidente e Lula escolhe alguém para substitui-lo. Alguém que nunca participou de um cargo eletivo. Uma pessoa que até antes das eleições não se via um sorriso diante das câmeras. Uma pessoa que não tem bons antecedentes, segundo vários documentos que foram apresentados aos eleitores. Alguém que cada dia está crescendo nas pesquisas na sombra de Lula. Enfim, alguém que está sendo construída pelos marqueteiros e pelo prestigio de um governo corrupto, mas que conhece como ninguém o eleitor e sabe jogar com ele.

Enfim, é difícil abraçar a bandeira da responsabilidade do voto. A bandeira do compromisso com a cidadania se o grande problema não está no político, mas sim na cultura do eleitor. Se o problema está na raiz que é a formação moral e ética do eleitor, enfim, se o problema está nos traços de personalidade da sociedade. Portanto, cabe nos fazer o trabalho de formiguinha, continuar ser utópico e entregar nas Mãos de Deus e por fim, repetir sempre “o povo tem o governo que merece”.
 Ataíde Lemos