sábado, 28 de maio de 2016

Efeito Sergio Camargo




Sempre fui favorável à saída de Dilma e do PT do governo por tudo que sabemos; corrupção, desgoverno, loteamento do Estado, etc., etc. No entanto, pelo que se desenha a partir das novas delações premiadas que estão ocorrendo envolvendo a cúpula do PMDB antes do afastamento sumario de Dilma no Senado Federal, e ainda, somando a algumas medidas tomadas pelo presidente em exercício Michel Temer em desencontro da população, corre-se o risco de Dilma voltar ao Poder.

Michel Temer em pouco tempo de governo, se vê envolvido em vários incêndios que está precisando apagar, alguns deles por sua própria responsabilidade como, por exemplo, a escolha de ministros envolvidos com corrupção. Agora com a delação de Sergio Machado a coisa se complicou, pois, tem vindo à tona muitos nomes da alta cúpula do PMDB e isto certamente, fragilizará seu governo, haja vista, que um dos principais motivos da população sair às ruas pedindo o afastamento de Dilma é a corrupção.

Por outro lado, vê-se Dilma e o PT se fortalecendo novamente por vários fatores como:
1)      Medidas antipopulares tomadas por Michel Temer. Entre algumas podemos citar o cancelamento de novos contratos com o Minha Casa, Minha Vida; projetos de lei que mudam nas regras da Previdência Social e leis trabalhistas.

2)      Nomes da cúpula do seu partido, o PMDB, citados em corrupção.

3)      Nomes de ministros (pessoas de sua confiança) envolvidos em corrupção.

4)      O conhecimento público  de que o Movimento Brasil Livre  (MBL), foi financiado pelo PMDB para liderar manifestações a favor do  impeachment.

Enfim, são situações que podem mudar o voto de senadores no julgamento do impeachment de Dilma no Senado Federal.

É preciso ressaltar ainda que o PT está no fundo do poço e agora para ele tudo que vier será  lucro e com a atual conjuntura  vários fatos novos que surgindo como por exemplo,  a delação de Sergio Machado, deu-lhe novas esperanças. Portanto, sua militância vai fazer o máximo para inflamar a sociedade e assim, pressionar os senadores votarem a favor de Dilma no julgamento no Senado Federal.

Em suma a novela continua e pelo visto está longe do seu final e enquanto, isto a população fica envolvida neste jogo politico sem definição de quando o Brasil de fato vai tomar rumo definitivo. Estamos mergulhados numa crise politica jamais vista por esta geração.

Ataíde Lemos

Escritor & Poeta

sexta-feira, 20 de maio de 2016

O impeachment e o governo Temer



O Impeachment não foi golpe, foi uma decisão politica a partir de um fato jurídico que poderia ou não determinar o afastamento de Dilma.

A legitimidade de Temer assumir a presidência é inquestionável, já que a Constituição Federal o legitima, pois, o vice-presidente é o sucessor direto na ausência do presidente. Portanto, pedir novas eleições, isto sim, é um golpe.

A saída de Dilma se deu evidentemente, pela falta de sustentação politica que já havia desde o inicio de seu 2º mandato que foi costurado por uma base fisiológica e construído sem alicerce.  Outro fato também que colaborou com seu afastamento foi à forma como ela se reelegeu, isto é, mentiu para o brasileiro que o País estava bem além da enorme crise de corrupção que aflorava nas empresas estatais como, por exemplo, a Petrobras. Enfim, ela já estaria fora do governo deste as eleições de 2014.

Outro fato que ainda colaborou foi a sua impopularidade, não há mínimas condições de um presidente, governador, prefeitos  continuarem no Poder se a imensa maioria da sociedade não acredita, não confia em seus governantes, isto é elementar. Embora, a minoria tem direitos numa democracia, a maioria tem o poder de decisão. Ou seja, na democracia deve prevalecer o direito da maioria e isto ficou evidente nas manifestações que ocorreram por todo o Brasil. Portanto, o Congresso Nacional apenas convalidou o que a maioria da sociedade reivindicou.

No entanto, o estrago feito pelo governo do PT e da presidente afastada Dilma, é de grande proporção a tal ponto que pode s prejudicar as pretensões politicas de Temer, isto também é inquestionável, pois, dificilmente ele irá conseguir atingir popularidade a não ser que também passe a promover politicas assistencialistas e populistas. É importante ressaltar que, o que elege um presidente não é a qualidade do voto, mas, sim a quantidade e, em governos de países subdesenvolvidos como no caso do Brasil, o qual a imensa maioria da população precisa do assistencialismo de governos, este expediente é o que garante os votos para muitos políticos se sustentarem no Poder.

Em suma, temos uma grande chance de nas próximas eleições em 2018, ocorrer o retorno de um governo de centro-esquerda, caso de fato, Temer faça um governo de austeridade e sem politicas assistencialistas e populistas. Pois, caso faça  um governo serio, chegará ao fim de seu mandado com um alto índice de rejeição e impopularidade. Repito, chegará desta forma, devido as condições com que assumiu o Brasil.

Ataíde Lemos

Escritor & Poeta 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O PMDB na contramão do País



O Brasil vinha seguindo um curso normal a partir de 2002 com a estabilização da moeda, inclusive, com algum crescimento. Também estava num crescimento de politicas inclusivas tanto na Educação como nas áreas sociais

No entanto, o governo do PT, para manter-se no Poder e também visando o enriquecimento ilícito dos companheiros começou uma grande sangria nas empresas como, por exemplo, nos correios, na Petrobras e em outras empresas estatais através de licitações fraudulentas. Ou seja, durante 13 anos o governo do PT, juntamente com seus aliados, incluindo o PMDB e várias outras siglas que lhes deram sustentação politica foram minando o País. A roubalheira foi tão enorme que até leis por meio de Medidas Provisórias foram elaboradas para promover a corrução visando atender empresas do setor automobilístico e outras.

Enfim, toda esta roubalheira fez com que o governo fosse obrigado ficar com o pires na mão e de rabo preso promovendo um total desgoverno e assim, criou-se um poço sem fundo, gerando a necessidade de cada vez mais obter recursos, aumentando a arrecadação já não havendo mais dinheiro suficiente e desta forma, o País foi enterrando em dividas ao ponto de se decair num processo de retrocesso econômico, fazendo que as empresas brasileiras entrassem num colapso econômico sem procedência, gerando o desemprego e com isto, a inadimplência da população brasileira contraída em dividas e sem emprego não tem como pagar suas contas. Enfim, instalou-se no Brasil uma crise econômica que paralisou o País e vários programas sociais.

Pois bem, agora sai o PT e entra o PMDB, coautor da crise e, tudo que ele negou-se a fazer entravando o Congresso Nacional, propõe, isto é, mexer na previdência social, aumentando o tempo para aposentadoria e outras medidas mais que deve anunciar.  Propõe mexer nas leis trabalhistas atenuando direitos e certamente, aumentando impostos. Vem novamente, com a proposta da reinstalação da CPMF como solução de aumentar arrecadação. Ou seja, surge o novo governo com medidas que vai contra a população brasileira.

Não quero aqui defender Dilma e nem o PT, pois, eles foram reesposáveis pelo estado que se encontra o País, no entanto, criticar o PMDB, que como corresponsável por também quebrar o País, vem querer impor sacrifícios aos brasileiros por meio de retiradas de direitos e aumento da carga tributaria e ainda, receber de toda população brasileira impostos por meio da CPMF. 

Ao invés de proporem a diminuição dos gastos da máquina pública de maneira radical, a diminuição do tamanho do Estado. Reestruturar a economia através de ações que incentive a economia a crescer e assim gerarem mais empregos, melhorando o caixa da previdência querem resolver o problema de caixa e de desemprego nos ombros dos brasileiros e trabalhadores.

Em suma, o estrago que feito não pode ser concertado da forma como este governo propõe; sacrificando ainda mais as indústrias e os brasileiros. No meu entender, o que o governo precisa é fazer a lição de caso, isto é, economizar cortando gastos e reduzindo o tamanho do Estado. Enfim, um trabalho de médio e longo prazo.

Para estancar o aprofundamento da crise no Brasil é fundamental a confiança no atual governo junto à população brasileira e é isto que ele precisa fazer.


Ataíde Lemos 

sábado, 14 de maio de 2016

O governo de Temer


Em artigo anterior, escrevi que o Brasil está numa encruzilhada, pois, se de lado é fundamental que o PT seja destituído do governo com a saída de Dilma, por outro, o PT não iria vender barato a sua saída do Poder. Parece-me que não estava errado, pois, já começamos a observar os “movimentos sociais” com, por exemplo, o MST, já agitando invadindo fazendas, bloqueando rodovias como a mídia já vem anunciando. Ou seja, poderemos entrar numa guerra civil branca ou vias de fatos.

Não há duvidas que o Brasil, encontra-se quebrado economicamente, e para que o País possa começar a sair do estado em que se encontra, medidas antipopulares serão necessárias. Além de o governo fazer a parte dele como reduzir os gastos da máquina pública. Porém, muitas das medidas antipopulares passarão pelo Congresso Nacional. Certamente, num ano eleitoral dificilmente, o governo encontrará apoio para aprova-las. Muitos parlamentares dizem estar prontos a colaborar com o governo, no entanto, na hora de aprovar tais medidas muitos deverão pular fora, já estamos vendo um exemplo claro com o Partido do Solidariedade, partido que apoiou o afastamento de Dilma, mas, já anuncia que não aprovará leis  que afetam os trabalhadores e assim, deverá ocorrer também com o PTB e outros partidos que são afins com as causas sociais e trabalhistas.

Ainda é preciso ressaltar, que o novo governo não goza de credibilidade moral e ética junto à população, por ns motivos como, por exemplo, o PMDB é um partido corresponsável pelo Brasil encontrar-se onde está, haja vista que durante o governo Lula e de Dilma (diretamente como vice-presidente) apoiou muitas medidas que levaram o país a este estado de situação. Outro fato é que muitos do PMDB, inclusive o atual presidente e alguns de seus ministros estão citados tanto na Laja-jato quanto em outros ilícitos de corrupção ditos por Delcidio Amaral em delação premiada. Portanto, o novo governo está maculado e oferece muita munição tanto aos petistas inconformados que podem inflamar a população dificultando seu governo e até chegarmos ao caos total.

Enfim, repito, o Brasil está numa encruzilhada e que, ainda que algo positivo ocorresse com a destituição do PT do governo, não pode comemorar dias melhores e deverá ir se arrastando até 2018, já que qualquer outra medida que se tome é inconstitucional. Só esperamos que este governo não tente um golpe que seja esticar seu mandato por meio de PEC que elimine a reeleição, porém, estique o mandado de Temer mais um ano, ou seja, aumente de 4 para 5 anos. Ou ainda, crie PEC que mude o regime de governo para Parlamentarismo e assim, retire do eleitor o direito de escolher seu real presidente delegando ao Congresso Nacional através do 1º Ministro e assim, o presidente da republica seja apenas uma figura decorativa.


Ataíde Lemos 
Escritor & Poeta 

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Doze de Maio de 2016, um dia histórico


Dia 12 de Maio de 2016, é um dia que ficará marcado na história politica brasileira, não tanto pelo afastamento de Dilma Rousseff da presidência da república, mas sim, pela queda do Partido dos Trabalhadores (PT), que por 13 anos esteve no governo minando o Brasil, por meio da corrupção fazendo um loteamento do País para construir uma estrutura de Poder.

Certamente, um ponto positivo na queda do PT foi a substituição não ter sido pelo PSDB, pois, isto perde força no discurso dos petistas, pois, o algoz foi o seu próprio aliado (PMDB) que permaneceu por longos anos como vice-presidente e ao perceber que Dilma não resistiria resolveu debandar e unir-se a oposição para assim, assumir o Poder.

É preciso ressaltar que a saída do PT do governo foi um enorme avanço e uma conquista dos brasileiros que saíram as ruas e pediu o impeachment da presidente tão logo ela assumiu o mandado em 2015, na medida em que a operação Laja-jato revelava a grande sujeira e corrupção que estava vindo a tona na Petrobras. Foi, sem duvida, este o principal motivo que levou multidões as ruas exigindo moralidade e a ética na politica.  

Com o passar do tempo novos fatos foram surgindo e cada vez mais, a sociedade brasileira se indignava e os partidos de oposição pegavam carona nas manifestações se fortalecendo e aglutinando mais políticos para que de fato ocorresse o  impeachment da então, presidente.

Enquanto, a população pedia a saída de Dilma, o Congresso Nacional, fazia sua briga aparte com o Executivo, obstruindo e colocando empecilhos para que o governo governar, foi assim no Senado  como na Câmara Federal, nesta ultima, foi ainda pior, já que o presidente Eduardo Cunha, era um ferrenho opositor  do governo que através de artinhas politicas fazia de tudo para que Dilma não conseguisse governar. Enfim, com uma popularidade altamente em baixa e sem apoio no parlamento o fim do governo era uma questão de tempo.

No decorrer do tempo, o oposição conseguiu um álibi jurídico perfeito, para que de fato o impeachment pudesse de fato prosperar, isto é, o Tribunal de Contas da União (TCU), detectou crimes de responsabilidade praticados praticadas por Dilma o qual deu a munição necessária para que a oposição pudesse dar inicio ao processo de impeachment e assim, o então, presidente da Câmara por vingança (segundo o governo) ou não pôde ter base legal para a iniciação do processo.

Certamente, a popularidade pode não ser um motivo primordial para a destituição de um governo, no entanto, uma presidente que está envolvido até o pescoço em corrupção; uma presidente que provoca a falência de um País. Uma presidente que não tem base mínima politica para dar continuidade em seu governo; uma presidente que se sustenta capengamente por meio do fisiologismo como manter-se? Ou seja, ainda que, possa-se considerar leve o crime de responsabilidade  cometido pela presidente, ele torna-se relevante para que os meios justifiquem os fins. Ou seja, o crime por ela praticado, tornou-se fundamental para o seu impeachment e assim, o Brasil, pudesse voltar a ter uma nova esperança, embora, saibamos que o PMDB tem muito a explicar para a Nação bem como o novo presidente Temer, já que ele também está envolvido na sujeira em que está o PT.

Portanto, mesmo com a destituição do PT a luta continua e os brasileiros que são os protagonistas desta mudança ocorrida neste dia histórico (12/05/2016) não abandonaram a guerra, apenas, venceram uma batalha, mas, continuam entrincheirados e prontos para a continuidade da luta por um Brasil melhor; um Brasil com mais ética e menos corrupção.   

Ataíde Lemos

Escritor & Poeta