quinta-feira, 12 de julho de 2012

Eleições




Eleições

O que é uma eleição? Para muitos, a eleição tem pouco significado; para outros é um desperdício de recursos tanto privado quanto público e ainda, para outros, não significa nada já que não interessam ou gostam de política.

Porém, é importante termos consciência do que significa eleições por muitos motivos como:

1.      A eleição é um recurso democrático aonde a sociedade escolhe aqueles os quais governarão seu país, estado ou município, como também determina  aqueles que os representarão no legislativo por um determinado período.

2.      A eleição proporciona a sociedade excluir representantes ou governantes que não estejam satisfazendo os anseios ou correspondendo com a função a qual foi eleita através do voto.

3.      A eleição proporciona a sociedade excluir da vida publica governadores ou representantes (parlamentares) que cometem atos de corrupção, de improbidade administrativa, mas que, infelizmente, devido à justiça ser morosa, mantém-se no poder. Portanto, por meio do voto, o eleitor tem a oportunidade de fazer o julgamento e dar o veredicto através das urnas.

4.      Eleições dão acesso a novas lideranças políticas, oferecendo oportunidade a todos que desejam ingressar na vida pública e política, renovando os políticos, bem como contribuindo para que a sociedade avance com novas propostas, com novas ideologias, ou seja, as eleições proporcionam a dinamização, por meio da renovação da classe política.

5.      As eleições permitem a sociedade aprovar novos projetos seja na área econômica, social, cultural, pois a cada eleição o eleitor tem a oportunidade  de alterar os rumos de seu país, estado ou município, optando por um novo projeto estrutural, administrativo, alterando prioridades, como também continuar reelegendo um mesmo grupo político.

6.      As eleições proporcionam a alternância do poder, ponto fundamental, pois um grupo muito tempo no poder vicia, torna-se corrupto e aos poucos  destrói democracia.

7.      As eleições contribuem para que o eleitor possa ter uma visão dinâmica de governos passados, já que por meio das campanhas eleitorais, além dos candidatos apresentarem seus projetos políticos, também trazem a tona os feitos e desfeitos de gestões passada, cabendo o eleitor fazer um filtro para votar conscientemente.

Enfim, eleições é um enorme feito democrático que a sociedade possui, mas que, por ignorância não se dá conta. É neste sentido, que muitas entidades sérias procuram conscientizar a sociedade, educando o cidadão para ser um participante ativo, um protagonista com suas analises, sabendo escolher bem seus governantes e representantes (parlamentares), pois os rumos de um país, dos estados e das cidades dependem dos políticos os quais elegemos.

Muitas vezes, erramos ao votar num presidente, ou num governador, senador ou mesmo deputado federal ou estadual, pois estes estão longe de nós. Infelizmente, a grande maioria da sociedade não tem como ficar acompanhando noticiários ou saber o que os políticos estão fazendo sem seus bastidores. Normalmente, os votos em políticos nas eleições gerais são genéricos. Votos induzidos pelos marketeiros, pela mídia, pela força do poder econômico do partido ou do candidato. Votos conquistados através de meios ilícitos quando a Lei Eleitoral. No entanto, as eleições municipais são totalmente adversas, ou seja, os candidatos tanto a prefeitos como os vereadores são próximos de nós, são conhecidos; são pessoas que esbarramos no nosso dia a dia. São candidatos que conhecemos suas vidas, suas trajetórias pessoais, profissionais e políticas. São candidatos que muitas vezes, já participaram e participam da vida pública. Enfim, estes podemos votar conscientemente e assim, tornarmos responsáveis ao colocarmos no poder.


      Portanto, a instituição da eleição deve ser vista como algo de suma importância, não como um “Dever”, mas como um “Direito” da sociedade e assim ser exercida com extrema responsabilidade, para que cada vez mais, a democracia possa ser solidificada e de fato, os políticos possam servir o povo e não ser servido pelo povo. 

Ataíde Lemos
Escritor e poeta 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

PT destruiu a ética em fazer política




PT  destruiu a ética em fazer política

Infelizmente, nosso País teve um retrocesso quando o assunto é classe política e principalmente eleições. E este avanço e retrocesso se deram em relação ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Parece paradoxal, mas o PT, quando então oposição, conseguiu um grande avanço em ternos de ética, quando militava pregando voto consciente, pregando moralidade e de certa forma, ensinou o povo a votar, estampando a população os maus políticos.

Lembro-me acompanhando as TVs Senado e Câmara, como os petistas possuíam uma linda retórica, onde levaram muitos participarem de seus quadros como filiados. Era um Partido, onde muitas cabeças pensantes como intelectuais, artistas, líderes religiosos sentiam orgulho de serem filiados ou estarem ao lado dos lideres do PT.  Enfim, o PT, possuía um discurso afinado com as classes sociais, com as diversas lideranças que estava conseguindo algo maravilhoso que era abrir os olhos da sociedade aprender votar com ética.

Porém, como tudo tem um inicio, um meio e um fim. Como na vida vivemos de eras, foi só o PT, torna-se governo, vimos todo este sonho desabar, ou seja, o PT destruiu todo um sonho que ele era o protagonista e que parecia se realizar. O PT foi um dos maiores golpes éticos em termos políticos que esta geração pode vivenciar.

Ao se tornar governo, rasgou deixando cair a mascara da ética ao qual levou ao Poder. Com a desculpa da governabilidade, aliou-se com o que há de mais pobre e podre na política brasileira. Para promover a corrupção juntou-se com os políticos mais corruptos da história contemporânea do Brasil. Para colocar em plano seu Projeto de Poder, loteou o Estado, tornando-o um País engessado e loteado pelos partidos políticos, ou melhor, pelos donos dos Partidos. Enfim, o PT, para ludibriar as massas tomou posse dos feitos de seus antecessores, tornando uma grande mentira, mas que os elevou a conquistar o eleitorado.

No entanto, esta estampa do PT, levou muitos dos idealizadores do partido a abandona-lo. Houve uma frustração de muitos, porém, como o seu governo conquistou o eleitorado, muitos acabaram ficando, não tanto pelo Partido, mas pelo que representa o Poder. Muitos, se escondem atrás de uma ideologia, mas no fundo o que desejam é o Poder, então não se importaram com toda a mentira que é o PT e  se mantiveram nele.

Em suma, é lamentável o que o PT fez; ele que proporcionou o sonho da construção da ética política, transformou-se em seu maior vilão, onde, para se ganhar uma eleição não importa quem sejam os aliados. Não importa a idoneidade do político. O importante é somar votos, o máximo possível, nem que um aliado seja corrupto, mesmo que não possua capacidade para o cargo. Enfim, esta é a nova educação que tem se propagado, jogando no lixo o sonho, um dia iniciado.

Portanto, como hoje o PT é um partido que conquistou as massas e tem se dado bem politicamente, tanto em seus governos como na sua forma de fazer política, tornou-se modelo, onde o mínimo de ética que havia ao fazer alianças não existe mais e assim, deseducou a sociedade como um todo.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

10 dicas importantes para o voto cidadão:



10 dicas importantes para o voto cidadão:

1º         Dois quesitos essenciais para escolha de um candidato são: idoneidade e capacidade.

2º         Não vote em candidatos que prometem cargos, ajudas financeiras e outros benefícios, pois estão comprando seu voto.

3º         Não vote em candidato por afinidade de parentesco ou amizade caso não possua  capacidade e idoneidade.

4º            Pesquise a vida passada do candidato antes de votar.

5º         Não vote em candidatos para agradecer favores recebidos, esta é uma estratégia do mal político.

6º         Não vote em candidatos que falam mal do prefeito que eles apóiam, ao saber que você vota em outro, pois além de ser antiético, este tipo de procedimento já expõe o caráter do candidato.

7º         Vote em candidatos que possuem propostas e projetos políticos viáveis para a cidade.

8º         Não vote por compaixão.

9º         Ao votar, escolha candidatos que sejam idôneos, capacitados e afinados com seus princípios de valores humanos.

10º       Não deixe para escolher o candidato na ultima hora.

Ataíde Lemos 

terça-feira, 3 de julho de 2012

O bom político se faz pelo eleitor cidadão


          
          Não sou tão velho, porém, lembro-me muito bem quando o político possuía um grande status. Era visto como ilustre autoridade, sendo ovacionado quando visitava as cidades. Era comum ter festejos, a população recebe-los prestando homenagens, pois, tinha-se nele uma autoridade máxima. A visita de um político, tornava-se um marco e um fato histórico para as cidades menores.

Porém, com o passar do tempo, o político tornou-se uma autoridade apenas para eles próprios ou seja, para os outros políticos, para instituições governamentais, pois para a sociedade, tornou-se um cidadão hostilizado, repudiado, um cidadão indiferente aos outros.

Na classe política, infelizmente, sempre houve atos antiéticos, sempre houve corrupção, muitos usurparam  do poder a eles confiados, ora pelo povo, ora indiretamente. Muitos usaram do cargo para seus próprios benefícios e dos seus, basta voltarmos num passado não tão distante quando o celebre, intelectual e político Rui Barbosa disse em um de seus desabafos que se eternizou: De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude. A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto’. Porém, ainda assim, o político era possuidor de uma imagem venerada e respeitada pela sociedade. 

Fica então uma indagação; por que esta mudança brusca de comportamento entre a sociedade e a classe política? Certamente, esta não é uma resposta difícil de ser encontrada, pois hoje todos têm acesso ao voto; os cidadãos tornaram-se mais politizados; a tecnologia trouxe a tona o que se mantinha oculto nos bastidores; houve um avanço democrático, onde se descortinou toda aquela máscara que havia por trás do homem público, transformando-o numa pessoa comum, apenas com algumas prerrogativas.

Esta abertura democrática, este avanço da tecnologia e a continuação das práticas políticas inescrupulosas têm sido o grande motivo do desalento da sociedade em valorizar esta personalidade chamada de “Político”.

Portanto, este descrédito, esta repulsa ao político é nociva para a sociedade, ao passo que isto leva cada vez, aumentar o numero de políticos corruptos e excluir os bons cidadãos da vida pública. Ou seja, na medida a sociedade, torna-se indiferente ela se torna alvo de golpes políticos. Torna-se alvo de ditaduras disfarçadas de democracia. Este quadro tem sido o que estamos constantemente assistindo ocorrer na América Latina, onde através de manobras políticas e o desinteresse da sociedade os espertalhões, juntamente com seus grupos estão transformando suas nações, seus estados e mesmo os municípios num curral eleitoral, onde somente um grupo tem estado no Poder.

Um país, um estado, um município é como uma família onde cada membro precisa ocupar-se de um dever, precisa ter responsabilidade, precisa de união para que todos saem ganhando em todos os sentindo. É como uma empresa onde é necessário ter um bom gerenciamento, ter normas para que a empresa cresça e todos saem ganhando. Portanto, nossos governantes são estes; os responsáveis para que o país, o estado, a cidade desenvolva em harmonia e os cidadãos possam ser beneficiados com uma melhor qualidade de vida. Os governantes são nossos porta-vozes, que através deles, criamos regras de bem convivências.

Os políticos são os financeiros que gerenciam nossos recursos econômicos para que todos possam ser beneficiados, inclusive, aqueles que tem mais, contribuindo com o que quase nada tem e todos ganham. Enfim, o político é de fundamental importância, sendo assim, é essencial que eles sejam possuidores de confiança e de respeito por parte dos cidadãos, no entanto, somos nós cidadãos que construímos este político através do interesse na participação consciente e responsável pelo voto.

          Em suma, à medida que evoluímos em termos de cidadania e demos conta da importância de nosso voto. À medida que nós eleitores deixamos de votarmos impressionados pela retórica do político, pela amizade simplesmente, por favores, mas pelo seu histórico de idoneidade e retrospecto de vida. Á medida que não deixamos ser induzidos pelos cabos eleitorais e não votarmos também induzidos pela emoção, pela fala bonita e fácil. Enfim, na medida que não entrarmos no jogo do político e votarmos com um espírito público, certamente, estaremos construindo uma classe política melhor a qual venhamos orgulharmos novamente desta autoridade, respeitando-as.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Voto Nulo



O Voto Nulo

Nunca pensei em escrever um artigo onde o voto nulo tornasse necessário como protesto a este jogo político eleitoral maquiavélico e esquizofrênico, onde os partidos antagônicos ideologicamente, unem-se para ganhar uma eleição ou políticos que não tem nenhuma afinidade até mesmo pessoal, ou seja, políticos que se digladiam e depois se unem para somar votos e enganar o eleitor.

O eleitor não é obrigado a votar ou participar de um circo armado, onde ele se torna o palhaço e ao mesmo tempo o protagonista com o seu voto cidadão.

O voto nulo como se procuram induzir o eleitor, não é um voto anticidadã, antidemocrático, pelo contrário, ele é tão cidadão e importante como aquele que o eleitor vota em algum candidato, pois, além de ser um voto de insatisfação, de protesto ele pode não eleger um político corrupto. Ou seja, um voto nulo pode fazer a diferença numa apuração. Se nenhum candidato é digno de ser votado para o eleitor ele não colaborou com nenhum deles, ainda que se eleja um mal político. Se o senador, o deputado, o vereador tem direito de abster-se numa votação o cidadão tem o mesmo direito.

Infelizmente, como estamos assistindo as alianças onde os candidatos perderam o compromisso com o eleitor, e ainda pensam que a grande maioria do eleitorado é massa de manobra é preciso dar um basta,  até porque anular o voto não significa deixar de eleger determinado candidato, mas é um ato de democracia em dizer que não concorda ou compactua com tal governo. Muitos políticos ou mesmo a mídia procura passar a falsa idéia que aquele que anula o voto não tem direito de cobrar, é muito pelo contrário, aquele que anula seu voto tem todo o direito de cobrar, pois ele é um cidadão como qualquer outro, se ele anulou o voto, exerceu seu direito, já que nenhum dos candidatos para este, possuía propostas que o convencesse, além do que, o seu voto nulo foi um protesto. Se partirmos do principio que o eleitor que vota nulo não tem direito de exigir, o eleitor que vota contra o eleito também não teria.

As classes políticas precisam entender que, em cada eleição o eleitor tende a se tornar mais politizado e que este jogo sujo, este circo armado para ganhar eleição cada vez tende a acabar. A grande parte da sociedade não é corrupta e não aceita corrupção como os políticos pensam ao fazer tais alianças com políticos ou grupos declaradamente corruptos.

Quem faz o político é a sociedade e ela também é responsável por aqueles que elege, sendo assim, o voto nulo a manifestação desta repulsa a tais praticas políticas que vem destruindo e minando, pretendendo construir uma péssima educação e formação de valores no eleitor.

        A democracia brasileira é nova e, ainda tem dado seus tropeços, mas na medida em que vai se solidificando, na medida que o eleitor vai evoluindo em sua cidadania ela passa a exigir da classe política,  uma das maneiras de exigir, é não compactuando com o circo político eleitoral que eles fazem para ludibriar os eleitores. Portanto, o voto nulo é uma clarividência de que o eleitor está evoluindo politicamente.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta