sábado, 30 de junho de 2012

O jogo político começou



O jogo político começou


       Os arranjos de coligações para eleições como também as alianças das chapas majoritárias são interessantes. Partidos antagônicos ideologicamente se juntam. Candidatos que vivem digladiando se  unem. Tudo em prol ganhar as eleições, depois, volta tudo ao normal, ou seja, se rompem e voltam a se digladiarem. É por isto que a maioria do povo não gosta de política. Isto para a sociedade não se encaixa. Estes procedimentos ferem os valores, ferem princípios. É como se o ladrão juntasse ao policial. Como se Deus unisse ao demônio. É como se o bem aliasse ao mal, tudo em prol ao poder. Estas manobras políticas não são coisa de pessoas sérias, honestas. Pessoas, Partidos que se digladiam e depois se unem politicamente, apenas para ganhar uma eleição, certamente, são políticos que não tem compromisso com a sociedade, mas sim com eles mesmos.

Infelizmente, isto faz parte da política e do político em todas as esferas. Une-se aquele que não tem condições de ser eleito, mas possui certo número de votos com aquele que tem condições de se eleger para somarem e assim, a sociedade assiste e participa do show eleitoral. O importante é ganhar, depois vê como é que fica.

Os candidatos a vereadores sairão pedindo votos, certamente, eles representarão uma coligação, ou seja, estarão com santinhos seus e dos candidatos a prefeitos, mesmo contrariando as normas eleitorais e a ética – fica uma interrogação: política tem ética? – dirão aos eleitores. “Você vota em mim, e para prefeito escolhe quem achar melhor” ou ainda, concordarão com a posição do eleitor para votar em candidatos a prefeitos de outras coligações, inclusive falando bem deles e mal daqueles os quais estão coligados. O importante para o candidato a vereador não será em quem o eleitor escolherá para prefeito, mas sim o voto que ele receberá deste eleitor.

Este é o jogo político; este é o jogo democrático e completamente sem ética que fazem os políticos em seus pleitos eleitorais. Aí, retorno à pergunta: como a sociedade pode gostar de políticos e da política? Somente, aqueles que pensam como eles; somente aqueles que buscam seus interesses pessoais. Pois ainda, que seja fundamental a participação e o compromisso cidadão, este jogo sujo não faz parte da índole das maiorias das pessoas.

           Por fim, a sociedade deveria pensar muito no momento de escolher seus representantes. Refiro-me, a parte da sociedade que não tem nenhum interesse pessoal, nenhum compromisso com políticos, aquela parte da sociedade que apenas vai cumprir sua obrigação e exercer o seu direito cidadão pensar muito, analisar os candidatos. Observar seus históricos e com quem estão fazendo alianças. Quais são os seus cabos eleitorais. Analisar a postura do candidato a vereador, observar o passado dele, seus aliados. Enfim, que a sociedade procure votar consciente e segundo seus princípios de valores éticos e não pelo impulso da emoção. Lembre-se o eleitor não precisa votar pela emoção e que o voto correto não é aquele que elege um candidato, mas um voto consciente.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta

domingo, 17 de junho de 2012




Corrupção uma questão de caráter do político e do eleitor

Sempre tenho publicado artigos sobre corrupção, pois, segundo meu ponto de vista, acredito, este ser um tema de suma importância e que deveria ser algo para analise do eleitorado ao escolher seus governantes.

O grande responsável pela falta de recursos públicos está relacionado à corrupção, pois, ela onera licitações; tira recursos da Saúde, Educação, Segurança, etc. A corrupção é responsável por termos serviços públicos essenciais de péssima qualidade. A corrupção pública, enriquece ilicitamente políticos, empresários, servidores públicos em geral. Enfim, a corrupção, é um crime lesa-pátria, cujo crime, é responsável por diversos tipos de morte de responsabilidade do Estado.

Porém, sempre quando estou em rodas de amigos, ou mesmo quando participo de debates políticos,  as discussões que pairam é defender ideologias políticas. As discussões são em torno que quem fez mais e quem fez menos, de quem roubou mais ou menos. Quando o debate entra na corrupção as defesas em favor aos governos corruptos é que, o outro também é ou foi corrupto, então, começam a surgir nomes e fatos como forma de argumentação para defender tais políticos corruptos. Em suma, a corrupção deixa de ser de prioridade, mas sim de defesa do político corrupto.

Diante deste triste cenário, fica difícil defender a mudança de atitude do eleitor. Torna-se inócuo trabalhar a conscientização do voto e lamentavelmente, desenhamos um quadro de permanência da corrupção, enfim, debater o tema é algo utópico.

No entanto, muitos não conseguem perceber que ao defender um político corrupto, ainda que se use como argumento à corrupção de outros, é não aperceber-se da gravidade do que significa corrupção. Pois, corrupção é defeito de caráter e está relacionado à índole da pessoa, ou seja, se voto, se aprovo a corrupção de um político, estou de certa forma, demudando meu caráter.

Imaginamos o seguinte quadro: presencio um ato de corrupção político e aceito normalmente, dando meu voto aquele político corrupto, me igualo e exponho que sou pior que aquele corrupto, portanto, esta conduta demonstra que possuo um defeito grave de caráter. Diante, um político corrupto o mínimo que deveria fazer é bani-lo, isto é, riscar este político de minha agenda.

Finalizando, não podemos eliminar como prioridade, como essencial ao escolhermos os candidatos políticos o fator corrupção, ainda que tenhamos varias outras boas razões para votarmos neles.  Pois, a corrupção somente diminuirá, pois nunca será eliminada, a partir do momento que procurarmos banir os políticos corruptos. Precisamos ser conscientes que se estamos votando em políticos corruptos – conscientes de seus delitos – o grande problema está em nós e não neles, então, precisamos deixar de criticar a corrupção alheia e passamos a examinar o nosso caráter.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta  

segunda-feira, 4 de junho de 2012




Advertência Da Natureza
 
Cada vez que me agride
Com queimadas, gases poluentes
Espalhando lixos pelos afluentes
Praticando todo tipo de assoreamento;
Talvez não percebas, nem sentes
Pouco a pouco me deixas doente
E você sofrerá as conseqüências.


Sou sua casa, seu ar, sua vida
Dependendo de como relaciona-se comigo.
Dou-te água, ou
 te mato de sede;

Dou-te sombras ou calor te queima;
Dou-te alimento ou dou-te a fome;
Dou-te a cura ou a doença;
Dou-te o prazer do ar puro
Ou devolvo-te os gases que me lanças;
Dou-te o prazer da beleza
Ou a revolta da minha tristeza.

Minha vida está nas tuas mãos
Como a tua nas minhas estão
O respeito, o equilíbrio, a harmonia
Que entre nós haver
É o que nos fará viver.


Ataíde Lemos
escritor e poeta

Apelo da natureza





Apelo da natureza 

Preciso que deixem-me viver
sou vida como você.
Cada vez que me agride
com agrotóxicos, desmatamentos,
com queimadas,
lançando gazes sobre mim
talvez possa não perceber
morro, mas também levo você.

Sou a casa que te abriga.
Sou o pulmão que te da vida.
Sou nascente, sou água viva
que mata a tua sede,
que faz o equilíbrio do clima,
que produz o alimento.
Sou um mundo aparte,
sou um habitat
de infinitos seres vivos.

Em mim está tua cura
Sou bio-diversidade.
Quando você me mata
também tiro a oportunidade
de encontrar a resposta
de tantas doenças e males.

Sou a natureza
que pede sua reflexão.
Diminua sua ambição
olhe para o futuro
amplie seu horizonte
não tenha me como inimiga,
morta, também tiro sua vida.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta

Importância da natureza



Importância da natureza

A beleza e a importância que há na natureza
somente encanta a alma daqueles que sentem
oriundos da terra, ou melhor, sabem que a vida
apenas existe devido ao ecossistema do planeta Terra.
Porém, são conscientes que ele não é eterno.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

Meio ambiente e nossa responsabilidade



Meio ambiente e nossa responsabilidade 

     Não sou um especialista em meio ambiente, apenas contemplador, um observador como todos aqueles que procuram através da natureza contemplar a vida; contemplar toda beleza existente; entrar em oração e contato com Deus. A natureza é uma fonte inesgotável de inspiração.

     Não há como ficar calado e não usar das palavras para refletir, e questionar o que vemos acontecer cotidianamente seja por aqueles que são gananciosos economicamente; seja por aqueles que não conseguem perceber suas atitudes de agressão ao meio ambiente por serem imediatistas não olhando para o futuro e perceber que toda a violência que se faz ao ecossistema é revertida à própria humanidade, isto é, a nós mesmos.

     O homem é apenas mais um Ser Vivo dentro deste universo que é nosso planeta terra. Porém, vários não veem a terra como um habitat e que, a existência humana está condicionada ao tratamento que dá ao meio ambiente.

     Talvez, a falta de cuidado com o planeta também está relacionado ao imaginar que o homem tem sua passagem por um período breve em relação a existência do universo, desta maneira, vive-se num extremo egoísmo, isto é, vive pensando em si próprio, no máximo estendendo a seus familiares, deste modo quer aproveitar-se de tudo sem a mínima seriedade com o planeta, não dando conta que tudo que vivemos hoje em ternos de clima, de uma escassez de água, de prejuízos da fauna, da flora, de algumas catástrofes naturais são conseqüências de pessoas que pensaram e pensam assim. A humanidade sofre pela falta de responsabilidades dos que nos antecederam no mínimo e no futuro sofrerá pela irresponsabilidade de nossa geração.

     Outro fator que colabora para a destruição do planeta está numa falta de políticas públicas ambientais, pois, as grandes potências (países) mundiais, empresas multinacionais por questões econômicas inibi o Estado à implementação de politicas ambientalistas.

     Preservar o meio ambiente, certamente, deve iniciar deste cedo numa idade ainda infantil e a Educação tem esse papel fundamental nesta fase pré-escolar como em todo ciclo educacional, passando pelo ensino fundamental e médio formando conscientização sobre a importância e a necessidade e a responsabilidade de preservação do meio ambiente. É necessário que tenhamos cada vez mais o surgimento de lideres afinados que abraçam a causa e assim, tornam-se verdadeiros ativistas e formadores de opinião.

     Não podemos ser pessoas imediatistas vivendo apenas o hoje sem um olhar critico para aqueles que nos sucederão possam também viver o amanhã. Não podemos viver exclusivamente o mercantilismo e em cada atitude ou omissão cavarmos um pouco mais a destruição do planeta.

     Um Estado rico também é aquele que pode dar para sua sociedade alem de uma qualidade e vida em termos econômicos, mas um país que preserva sua geografia exuberante, proporciona qualidade ambiental e preserva suas riquezas naturais.

     Finalizando este artigo, faço uma referencia bíblica: quando Deus criou o homem o mundo já estava pronto, ao homem foi dada a responsabilidade de administra-lo, de zelar, reproduzir, dar nomes a toda a criação. Agir contrariamente, de certa forma, é pecar contra o outro, contra a si e porque não dizer, contra Deus, pois agredir o meio ambiente é atentar contra a vida.
Ataíde Lemos
Escritor e poeta

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Brasil e a política brasileira




A política nacional vai de mal a pior; escândalos e mais escândalos de corrupção, de desmandos políticos, etc. É lamentável o que assistimos nos veículos de comunicação todos os dias. Às vezes, as pessoas não se interessarem por política, isto acaba sendo um mal menor, na atual realidade, embora, em muitos casos este desinteresse, torna-se responsável pelos desmandos da Nação, até porque, mesmo parte da sociedade votando corretamente, não tem bola de cristal e a maioria dos bons candidatos ao entrarem no Poder, se corrompem.

Enquanto a corrupção corre solto em todas as esferas de governos; em todos os Poderes constituídos; em todas repartições públicas a sociedade paga seus impostos  e ficam sem Saúde; sem qualidade na Educação pública desde o ensino primário ao médio; sem Transporte; sem Segurança, etc. A violência corre solto e parece não ter freio. As famílias estão desprotegidas sem políticas sérias contra as drogas, diga-se de passagem, tema que será novamente colocado em pauta pelos novos postulantes dos Legislativos e dos Executivos nas eleições deste ano. Ou seja, a demagogia retorna novamente.

O grande problema é que os maus exemplos políticos vêm de todas as direções, vem da esfera federal com senadores, deputado, ministro de estados. Os maus exemplos vêm do Judiciário; vem das pizzas preparadas no Congresso Nacional. Os maus exemplos vêm da esfera estadual e por fim, vem do municipal, ou seja, os maus exemplos mostram que o crime compensa promovendo uma Educação às avessas.

Vejamos, mais um escândalo vem a tona ao ser noticiado pela imprensa que o ex-presidente Lula, tenta coagir o Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para adiar o julgamento do Mensalão para após as eleições municipais, em troca não o convoca para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPIM) sobre Carlinhos Cachoeira. Ou seja, Lula se coloca como autoridade principal da CPIM e ainda ameaça com chantagem um outro Poder, importantíssimo para a democracia de um País.

Que esta CPIM vai terminar em pizza, toda sociedade brasileira já sabe, mas que haveria este trágico episódio, onde um ex-presidente, que até então, deixou o Poder com alto índice de popularidade. Um ex-presidente que fez seu sucessor. Um ex-presidente que mobilizou todos os brasileiros em orações pela doença ao ser diagnosticado um câncer se dispusesse um papel ridículo que maculou sua biografia para muitos daqueles que ainda o tinha como um símbolo nacional, não se esperava.

Nada, nenhuma explicação que se dê, por parte do ex-presidente Lula, pelos seus partidários justifica tal atitude. Ainda que o Ministro do STJ, estivesse ou esteja envolvido, jamais é tolerável e justificável tal postura do então ex- presidente, servindo-se de interlocutor dos criminosos citados no processo do mensalão.

O pior é o que está por trás de tudo isto, ou seja, como Lula obteve tais informações,? Quais os meios usados? Isto demonstra o envolvimento de uma quadrilha, que tem o conhecimento de suas culpabilidades nos delitos criminosos e procuram de todas as maneiras intimidar o Estado de Direito.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta 

Assim é a realidade eleitoral municipal





           Estamos chegando novamente nas eleições, aonde uns políticos virão pedir votos e outros cobrarem seus favores  como, por exemplo, os serviços domésticos, as viagens referente a saúde e ainda virão cobrar as benfeitorias realizadas nas entradas de fazenda, etc. Da mesma forma, os eleitores se dividirão entre aqueles que agradecerão os favores cobrados ou não, aqueles que votarão nos seus amigos, nos seus parentes e por fim, também haverão os eleitores que votarão naqueles candidatos os quais que julgam ser pessoas sérias, idôneas e capacitadas para os representarem a cidade, evidentemente, estes serão as minorias.

Para muitos, a atuação dos vereadores enquanto legisladores pouco importarão, como também pouco importará os partidos  e os candidatos que estes vereadores apoiaram apóiam ou apoiarão para prefeito. O importante será a pessoa, ou seja, o importante será a paga do favor feito. Como alguns dizem, “votei no fulano porque arrumou um carro para levar minha mãe, meu pai, meu irmão no médico”, sem importar que este serviço foi feito com o dinheiro da prefeitura ou melhor, dele mesmo indiretamente. Mas, como se diz, quando se faz um favor deve-se uma obrigação e obrigação é impagável.

Ainda é preciso dizer que muitos candidatos sejam aqueles que buscando a reeleição ou não, serão completamente piedosos e generosos, bancando churrascos com costelas de vaca, darão bola, jogo de camisas, pagarão contas de luz e água, doarão blocos, telhas, etc. Estarão  levando pessoas para hospitais da região. Seus automóveis e favores estarão disponíveis a quem precisar. Estarão contratando ilicitamente presidentes de associações para que sejam seus cabos eleitorais. Enfim, estarão comprando os votos e certamente, os que forem melhores barganhadores e dispuserem de mais recursos financeiros sairão melhores. Lembrando que tudo isto é ilegal, é imoral, é antiético, mas é real,e ninguém viu, ninguém sabe. 

Esta é a sociedade, esta é a realidade eleitoral que não muda, porque o povo não muda. Infelizmente, o eleitor não tem consciência do seu voto, não tem responsabilidade com seu voto. Ela não se importa com o outro, com a cidade  e nem consigo mesmo, porque a realidade de uma cidade, do seu Estado ou País é conseqüência de seu voto. Isto é, ele sofre pelo seu próprio descompromisso cidadão, talvez seja esta consciência que o leva não ter coragem de manifestar, pois ninguém admite estar errado ou ter errado.

          Pois bem, não posso deixar também de ressaltar que há os eleitores que votarão conscientes. Haverá aqueles que não olharão se o candidato é parente, se fez favores. Irão analisar candidato por candidato, analisarão suas idoneidades e capacidades. Analisarão suas histórias, seus currículos em prol a sociedade. Enfim, votarão conscientes de suas responsabilidade, pena que sofrerão da irresponsabilidade da imensa maioria.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta 

domingo, 27 de maio de 2012

A valorização da mídia




A valorização da mídia

               Muitas vezes, ao analisarmos as mídias de um modo geral, no primeiro momento o que observamos são as criticas em relação as suas tendências políticas. Grande parte da sociedade analisa e julga apenas por um foco, sem levar em consideração que a mídia não é um meio de comunicação onde somente aborda assuntos políticos, servindo-se apenas para exprimir as opiniões da empresa através de seus articulistas.

 O papel da mídia é ser livre e democrática. É ser independente no seu conteúdo, pois ela exerce um papel fundamental para democracia, o qual a sociedade possui como arma para expressar suas opiniões. Enfim, a mídia é um poder que o cidadão tem como fonte para exercer sua liberdade de expressão. Ser livre e democrática, inclusive é o proprietário da mídia ter o direito de expressar suas opiniões.

Muitos que criticam as mídias, o fazem por cunhos ideológicos políticos, ou seja, através de um olhar míope não conseguem vislumbrarem quantas informações ela contém, pois a mídia, na verdade, é uma revista visual, escrita e falada  que aborda os diversos segmentos da sociedade local, regional, estadual, nacional e mesmo mundiais. A mídia é um informativo, que produz conhecimentos, amenidades, informações mercadológicas, culturais, sociais, entretenimento e também é um serviço social onde o cidadão tem seus espaços para se protestar contra abusos e também reivindicar seus direitos. Portanto, a mídia, não se resume apenas em assuntos políticos, mas um papel essencial para a sociedade. Alguém poderia imaginar viver sem um jornalismo visual, falado, um jornal impresso ou mesmo virtual? Viver sem um órgão de comunicação que tenha o papel de coletar todas os acontecimentos importantes em todas as áreas (cotidiano, político, cultural, econômico, etc) e trazer até nós na comodidade de nossos lares, ou trabalhos? 

Em relação ao que se questiona a mídia, isto é, sua “imparcialidade política” é preciso uma profunda reflexão, pois, é impossível uma mídia satisfazer a todos e caso, satisfaça, ela então dever ser questionada, pois as informações de cunho ideológico sempre agradarão uns e desagradarão outros, isto é inevitável.

Ainda é preciso dizer que todos, independentes serem donos de imprensas televisivas, escritas, faladas ou não possuem suas ideologias políticas, ou seja, têm suas maneiras subjetivas de enxergar a sociedade e desejar que ela seja segundo seu ponto de vista ideológico político. No entanto, não se pode tirar sua seriedade por descordar quando ela publica matérias que desagrada ideologicamente ou mesmo dá enfoque a fatos delituosos de políticos os quais se é partidário. Este expediente utilizado é reduzir a amplitude da mídia  e desconhecer a importância dela como um todo.

Muitos dizem que não há mídia independente, este é um questionamento que deve ser analisado sobre vários ângulos. Uma mídia ao veicular noticiário cultural, sobre a economia. Veicular noticiário do cotidiano em geral e os fatos políticos ela está sendo independente. No entanto, ao dar opiniões sobre fatos políticos, a mídia tem todo o direito de emitir suas opiniões, segundo suas ideologias, isto não as fere sua autonomia, nem macula sua imparcialidade enquanto imprensa.

           Finalizando, a mídia é um instrumento importantíssimo para a sociedade, que precisa ser  valorizada cada vez mais e ser reconhecida a sua importância não só fundamental democraticamente, mas como um bem para a sociedade como serviço de utilidade pública, bem como o enriquecimento cultural e por fim, a informação de tudo que acontece em sua volta e no mundo.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Homofobia




A discriminação é falta de amor,
É não querer aceitar o irmão
Da maneira como o é,
Desrespeitando as diferenças
Fazendo do outro um ser diferente;
Um ser menor; sem liberdade
Sem direitos de ser também cidadão.
Enfim, sem direito ao Direito
Que a todos são resguardados. 

A discriminação mata os sonhos;
Tira o espaço da convivência;
Provoca traumas;
Transforma pessoas
Em seres desiguais, banais...
Destrói a alegria,
E muitas vezes, a própria vida
Porque ela é mãe da violência.

Ninguém precisa gostar das mesmas flores,
Curtir os mesmos perfumes,
Nem compactuar dos mesmos gostos
Ou deliciar-se dos mesmos sabores.
São nas diferenças que tornamos iguais
Num universo onde a diversidade se completa
No respeito a cada ser que nele existe. 


Ataíde Lemos 
Escritor e poeta

terça-feira, 22 de maio de 2012

Lei de Iniciativa Popular; A sociedade precisa exercer mais.




A sociedade brasileira a partir da Constituição Federal de 1988, possui um grande instrumento em mãos. Segundo o artigo 61 da Constituição brasileira de 1988, regulamentado pela lei 9.709 de 1998[1], é permitido a apresentação de projetos de lei pelos poderes Legislativo, Executivo e pela iniciativa popular. Neste último caso, a constituição exige como procedimento a adesão mínima de 1% da população eleitoral nacional, mediante assinaturas, distribuídos por pelo menos 5 unidades federativas e no mínimo 0,3% dos eleitores em cada uma dessas unidades. 

Nestes 24 anos após a promulgação da Constituição Federal apenas 4 leis foram elaboradas pela iniciativa popular que foram: A Lei da Ficha Limpa; a cassação de mandato de político que compra votos; Transformou em crime hediondo as chacinas e a que instituiu o Fundo Nacional de Habitação. 

Como podemos observar, pela poucas leis que foram criadas por iniciativa popular, haja vista, já se encontra em vigor mais de 24 anos, a sociedade brasileira ainda não caiu em si do grande instrumento que possui. Ou seja, a sociedade pode usar deste instrumento para promover leis que moralizem e depure a qualidade dos políticos, principalmente, extirpando as praticas de corrupção através dos políticos corruptos. 

Se levarmos em consideração que basta apenas a quantidade mínima de 1% de assinaturas, distribuídas em 5 unidades federativas, podemos concluir que a sociedade brasileira precisa caminhar muito ainda para que de fato seja cidadã, pois é um numero pequeno de assinaturas, mas que pode promover mudanças substanciais de moralidade e de ética em nosso País, como também equacionar determinadas leis que abrem brechas para que a mesma seja burlada.

Ao meu ver, falta interesse político de muitas instituições brasileiras que possuem grandes lideranças, por exemplo, as igrejas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e tantas outras entidades para que através de suas lideranças poderiam atuar sistematicamente na elaboração de leis que promovam a sociedade. Não há duvidas, que a sociedade, de um modo geral, assina qualquer Projeto de Lei, que venha para moralizar a administração pública; leis que  visem diminuir a corrupção; leis que agilizem as decisões do Judiciário, no que se refere aos crimes políticos e eleitorais. 

Temos visto, em muitos momentos o Judiciário, fazendo leis, inserindo palavras nas leis, ou seja, adentrando em outro Poder constituído. Temos visto, ele impondo interpretações as leis que vão a desencontro ao interesse da sociedade como um todo, e diante disto, a inércia do Legislativo. Temos visto, constantemente, a morosidade do Judiciário em julgar os crimes eleitorais, permitindo que muitos políticos exerçam seus mandatos ilegitimamente durante todo o período de sua legislatura. Temos observado, constantes liminares concedidas, que na verdade, muitas delas, são usadas como expediente para protelar decisões judiciais, mantendo em seus respectivos cargos gestores e parlamentares que cometeram crimes eleitorais, políticos e administrativos. 

Enfim, a sociedade precisa através de seus representantes legítimos, por meio de entidades representativas agir já que ela (sociedade) é também um legislador. Ou seja, ao invés, que ficar apenas nas criticas ao legislativo, a qual ela também faz parte, fazer a sua parte de legislador e convocar a sociedade para promover mudanças através de leis de iniciativa popular, visando a moralização da classe política como a agilidade nos julgamentos de crimes políticos no Judiciário, e assim, não vermos muitos representantes ilegítimos tendo o amparo da lei, devido sua morosidade e pelo expediente das liminares.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Uma pizza sendo preparada no Congresso Nacional


              

               Uma pizza sendo preparada no Congresso Nacional 

Uma grande pizza está sendo preparada no Congresso Nacional, pelos nossos representantes; deputados e senadores. Não poderia como ser diferente, pois Carlinhos Cachoeira, diga se de passagem, muito inteligente, e conhecedor do político, os amarrou, de tal maneira que políticos (deputados, senadores, governadores) de quase todos os Partidos, estivessem envolvidos em seu esquema de corrupção aliciando também magistrados e servidores públicos corruptos dos mais diversos órgãos públicos.

Portanto, como a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPIM) do Mensalão, terminou numa grandiosa pizza, esta será mais uma que a sociedade terá que engolir goela abaixo sem gostar ou muito apimentada.

Esta é a realidade política brasileira, onde a sociedade é usurpada e enganada com a mentira da investigação por parte dos políticos. No caso da CPIM, estão desvirtuando para que o culpado e responsável seja a Instituição que comandou as investigações. Ou seja, o Ministério Público Federal (MPF). Alguns parlamentarem para tumultuar, procuram responsabiliza o MPF por ter mantido em sigilo o escândalo por vários anos. Certamente, se naquele momento abrisse o sigilo das investigações, muito dos que hoje estão envolvidos não estaria com seus nomes citados. Talvez esta seja a questão deste desvirtuamento do foco e ainda ludibriar a opinião pública dos andamentos das investigações sobre os políticos em questão.

Infelizmente, a corrupção política é um crime impune, pois nele estão envolvidos políticos, servidores públicos de todos os Poderes e quando há um numero grande de envolvidos numa verdadeira quadrilha, torna-se impossível que haja punição, pois cada um procura defender o seu, fazendo um verdadeiro conchavo entre os que estão investigando e os investigados

Temos um grande instrumento que é a mídia, se não colaborado para que haja punição aos que estão envolvidos em corrupção, pelo menos, os desmascaram, desnudam, tornando-os públicos para que a sociedade faça o julgamento e os puna, ainda que estejam sempre acobertados e aparados pela Lei.

A imprensa é fundamental para a democracia de um País, ainda que muitas vezes, algumas delas sejam tendenciosas, pois, elas trazem a tona os esgotos dos bastidores da política e dos Poderes públicos constituídos.. Hoje graças à tecnologia como celulares que gravam, fazem vídeos e a internet todos estes lamaçais existentes de corrupção têm sido denunciados e explorados visando orientar a sociedade através dos Blogs, grupos e comunidades de sites de relacionamentos. A noticia está acessível a todos, certamente, ainda de num tempo distante, vai transformar a sociedade, ensinando-a saber escolher melhor seus representantes.

É importante frisar que a corrupção somente existe porque há o corruptor, e o corruptor, na maioria das vezes, é um servidor público, um comissionado, um estatutário ou servidor de cargo eletivo. A partir do momento em que a sociedade cair em si, que o político idôneo não corrompe ou se omite a corrupção, certamente, a tendência é diminuir-la no Poder Público. Não basta não corromper, é necessário não permitir que ela ocorra e ser consciente que uma das atribuições e obrigações do gestor público e do parlamentar é fiscalizar para que isto não ocorra.
Ataíde Lemos

sábado, 5 de maio de 2012

Quem é o político



É comum ouvirmos as pessoas dizerem que detesta política, não gosta de políticos e ficamos questionando: as pessoas precisam ser mais politizadas. As pessoas precisam ser mais cidadãs. Se há tanta corrupção a sociedade é co-responsável por não dar o devido valor e não acompanhar aqueles que nos governam e por ai afora.

 É bem verdade, que estes questionamentos tem fundos de veracidade, pois se fossemos mais cidadãos, mas atuantes. Se interessássemos mais pela atuação política das pessoas que nos governam, certamente, poderíamos ter uma classe de políticos melhores. Políticos que roubassem menos e mais responsáveis nos cargos que atuam. 

 Porém, minha reflexão vai um pouco além, ou seja, quem é o político? Quem é esta pessoa que se faz de homem bom, preocupado com as causas sociais? Quem é este homem, que pega as criancinhas no colo nos períodos eleitorais? Quem é este homem que se faz de preocupado com a sociedade, com o bem público? Quem é este homem que possui uma retórica que impressiona desde o eleitor mais culto como o mais humilde? Quem é este homem que fala a língua do rico, do pobre, do descamisado, do intelectual, do analfabeto, etc.? 

Pois bem, quando grande parte da sociedade tem repulso a política e ao político, não está simplesmente relacionado à não gostar de política no sentido de cidadania, mas é toda a carga negativa que esta pessoa se reveste e se torna dentro da política. Infelizmente, a pessoa se transforma de um Ser a outro completamente diferente quando entra na instituição política. 

Quantos e quantos casos de pessoas que faziam excelentes trabalhos sociais. Pessoas admiradas pela suas atuações em movimentos em suas comunidades. Pessoas que eram espelhos servindo de modelos para tantos. Pessoas que abraçavam causas nobres como, por exemplo, o direito a vida em todas suas dimensões, etc. no entanto, bastaram ingressar na política para defenderem apenas seus interesses. Pessoas que possuíam determinadas ideologias e ao ingressarem na política defenderem apenas os que seus lideres defendem. Enfim, pessoas que se tornaram irreconhecíveis após entrarem na política e isto, não é exceção, mas é a maioria, para não dizer todos. 

Conheço políticos - acredito que muitos conhecem vários – que mudam de partidos e posições a todo instante, segundo seus interesses pessoais, econômicos e eleitoreiros. Políticos que não possuem compromisso algum com a ética, com a formação de valores morais, espirituais, sociais, mas que antes de entrarem na política, eram modelos para muitos. Ou seja, a uma transformação no caráter que não há explicação, por isto, a famosa frase “O homem é a sua circunstancia” – desconheço o autor – e o poder é um ídolo que transforma completamente o ser humano. 

Em suma, genericamente, definir o político é defini-lo como alguém sem alma, sem sentimentos. É uma pessoa tomada por egocentrismo tão profundo, pois para ele só existe um objetivo; o Poder para o Poder. A partir do momento que entra no Poder, ele vive e morre pelo Poder. Certamente, é uma definição muito dura, mas quando observamos como a imensa maioria deles agem, como fazem para manter-se no Poder, chega a ser humilhante para não dizer outras palavras. A política é uma doença tão grave, que deforma completamente o caráter de uma pessoa, tornando-a irreconhecível e é por esta deformação que o faz ser repudiado pela sociedade, levando-a (sociedade) também, não gostar, não se interessar por política.

 Ataíde Lemos 
 Escritor e poeta