segunda-feira, 4 de maio de 2020

O STF extrapolando Poderes




Gostaria de iniciar este artigo dizendo que o Brasil possui três Poderes da Republica: Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada Poder é independente e distinto devendo conviver harmoniosamente entre si. Tanto o Executivo quanto o Legislativo são Poderes eletivo, isto é, de tempo em tempo a população elege seus representantes, já o Judiciário na sua maioria são servidores públicos concursados, porem, o Supremo Tribunal Federal (STF), a maior instancia do Judiciário, seus membros são escolhidos pelo Executivo que após uma sabatina no senado é eleito ministro e tem seu mandato até completar 75 anos de idade. Poderíamos dizer que é um mandato “vitalício”.

O STF é a maior instancia do Poder Judiciário e composto por 11 ministros, os quais tem o compromisso de interpretar e fazer cumprir a Constituição Federal. Teoricamente, deve ser composto de pessoas notáveis e de grande saber jurídico, pois, suas decisões são possuídas de grades repercorram e mudanças na ordem social, econômica do País.

Pois bem, dito isto, entro de fato no objetivo do artigo. Desde a nova Constituição Federal, temos observado que o STF, mais faz politica do que julga processos tecnicamente. Observamos que muitos ministros, embora, possui um bom currículo, mas, muitos deles foram advogados de partidos, secretários de governos e até ministros do Executivo e isto tem levado o STF ser mais um partido politico e com uma identidade ideológica do que julgadores isentos e fieis responsáveis pela Constituição.

Outro fato que temos visto neste mais de 20 anos, é que os membros do STF, estão de forma indevida interferindo-nos outros Poderes da Republica, prejudicando a harmonia dos Poderes, ora legislando, ora afrontando o Executivo e também oras afrontando a Constituição Federal  tomando de medidas inconstitucionais.

Tenho observado que esta busca ao estrelato, muitos ministros do STF, estão buscando as mídias de formas rotineiras para expressar suas opiniões que muitas vezes, refletem em seus vereditos tirando assim, a imparcialidade na hora de julgar determinados temas.

Partidos políticos ou mesmo parlamentares percebendo esta interferência do STF em outros Poderes, estão usando deste expediente  inserir destaque em leis aprovadas pelo legislativo como também retirar artigos. Para eles (Parlamentares e Partidos) é mais fácil aprovar ou retirar artigos, via Judiciário, do que enfrentar as aprovações no parlamento. Ou seja, o STF, além de suas atribuições invadiu o Legislativo e tornou-se a terceira casa do parlamento, o problema é que muitas vezes, apenas um ministro do STF decide um artigo que precisa de aprovação por quase 700 parlamentares nas 2 casas legislativas.

Outro fato que também estamos vendo ocorrer com muita frequência, são seus membros tomando partido. Ou seja, Ministro chamando o Presidente da Republica de genocida; outro declarando que o Presidente da Republica não está à altura de seu cargo e outros ainda se solidarizando com ministros que infringe a Constituição. Ou seja, estão posicionando contrario ao presidente e assim, tomando lados e isto os impede de serem imparciais em seus julgadores quando precisar analisar processos contra o Executivo, pois, tornam-se parciais por já estarem com pensamentos preconcebidos e ideológicos.
Portanto, é preciso urgentemente repensar o STF, para que ele volte ao seu Poder de origem. Repensar na sua estrutura; repensar na escolha de seus membros, impor limites em suas ações; estabelecer um período menor de mandato e até mesmo ser eletivo os  membros do STF e também colocar penalidades quando eles  avançam outros Poderes. Além do que, estabelecer que ministros do STF tenham mais limites em suas opiniões e manifestações publicas para que sejam de fatos julgadores imparciais, observando somente a Constituição Federal tecnicamente  e não ideológica e politica ou interesses de grupos.

Ataíde Lemos

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