domingo, 9 de setembro de 2018

Modelo eleitoral ultrapassado


              


Tenho evitado escrever artigos políticos, pela frustração que me encontro diante de tantos políticos que fazem do Brasil um enorme circo, cujos palhaços são os cidadãos brasileiros. Infelizmente, o que vemos é um cenário aonde os candidatos a presidentes continuam com os mesmos discursos, ou seja, com promessas vazias que jamais cumprirão.

                Até temos alguns candidatos aparentemente sérios e que poderiam fazer algo de bom para o País, caso fossem eleitos, porém, alguns deles estão com seus índices baixos nas pesquisas e dificilmente, conseguirão sequer chegar ao 2º turno.

                O cenário da politica brasileira que se desenha para a próxima legislatura, não deverá ser diferente do que estamos vivendo hoje, isto é, um legislativo distante do povo, na busca de seus interesses próprios, que ao se ser constituído virará as costas para o povo, tal qual está sendo este atual e que será comprado por canetadas pelo Executivo.

                Acredito que para uma mudança no quadro politico do Brasil, o essencial seria uma Reforma substancial politica para que através desta reforma o Poder Legislativo pudesse ser mais independente do Poder Executivo, um dos itens fundamentais nesta Reforma Politica seria que não houvesse eleições gerais como é realizada atualmente. Penso ser fundamental a eleição para o Executivo e Legislativo serem em períodos diferentes com intervalo de dois anos de uma para outra. Pois, desta maneira, pode se trocar as peças politicas exigindo que nossos representantes estejam ele no Executivo ou Legislativo.

                Os Poderes constituídos na teoria são independentes e, acredito que eleições desvinculadas entre Legislativo e Executivo os tornam ainda mais independente, pois, dá a possibilidade aos eleitores de acompanharem de forma mais sucinta e próxima seus  representantes.

                Nos moldes que são realizadas as eleições atualmente, na verdade, é uma grande enganação e totalmente atrasada e arcaica, ou seja, eleições de terceiro mundo que favorece o País a viver este estado de realidade, pois transforma o Executivo autoritário e um Legislativo aliciado.

                É fundamental que os brasileiros tenham a consciência de que, mais importante que eleger um presidente da republica; um governador ou um prefeito é eleger um Legislativo forte, pois, são os parlamentares os responsáveis em aprovar, criar leis que beneficia o povo e também é o legislativo que fiscaliza o Executivo. No entanto, no modelo atual de como se realiza as eleições o foco dos eleitores acaba sendo os candidatos ao Executivo e não do Legislativo e assim, elege-se um Poder Legislativo ruim, fraco.

                Enfim, o modelo politico e eleitoral do Brasil estão falidos, cuja não há esperança de mudança sem uma profunda Reforma Politica, aonde a sociedade possa ter um maior controle sobre seus mandatários através do próprio legislativo, pois, segundo meu ponto de vista, este Poder (Legislativo), sobrepões ao Executivo em termos de autoridade, pelo simples fato do Legislativo ser o responsável pela fiscalização e criação de Leis para o País.

Ataíde Lemos
Poeta e escritor

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