É muito comum se dizer que grande parte dos eleitores não sabem votar, não são politizados e como conseqüência produz no Brasil esta maioria expressiva de políticos corruptos. Em suma, joga-se a responsabilidade desta podridão de políticos na falta de instrução política.
Pois bem, dizemos que somos um país pobre e como conseqüências uma enorme maioria da sociedade não tem escolaridade, sendo assim, são ludibriados pelos políticos desonestos; este pensamento é uma meia verdade, pois o que dizermos de regiões onde há um grande índice de pessoas com elevado nível econômico, cultural e educacional haver também políticos desonestos? Enfim, esta segunda realidade, derruba a tese da falta de instrução educacional ser o fator preponderante do grande numero de políticos corruptos e sem ética serem nossos governantes.
A grande verdade, sobre os maus políticos que se manterem no poder é porque a sociedade vota mal conscientemente, isto é, em todos os níveis sociais tanto em relação ao poder aquisitivo, educacional vota-se racionalmente de acordo com os interesses pessoais. Infelizmente esta realidade está condicionada a falta de valores espirituais, morais e éticos da sociedade, ou seja, não há compromisso com o próximo e nem com o coletivo. Não há compromisso de cidadania. A imensa maioria do eleitorado ao escolher um candidato pensa exclusivamente nele e no máximo em seus grupos de relacionamentos.
Não gosto muito de citar o exemplo de Lula, mas infelizmente ele serve como exemplo quando falamos em ética principalmente devido ao discurso que sempre pregou juntamente com seu Partido político, no entanto, para “governar”, fez todo tipo de barganhas e alianças com os piores políticos que há no País em termos de idoneidade. Esteve envolvido em inúmeros escândalos, porém, sempre se justificou com a frase “isto todo mundo faz”. Em outras palavras, “não faço nada de novo.” No entanto, a sociedade o aplaude e pede bis e vemos sempre como justificativa dos eleitores “ele fez isto, fez aquilo de bom” como se seriedade e honestidade não sejam mais prerrogativas de homens que exercem atividades publicas seja elas eletivas ou não.
Outro caso lamentável é o do ex-governador do Distrito Federal José Arruda, quando era Senador da Republica, adulterou o painel do Senado, primeiramente fez uma encenação chorando dizendo ser inocente, ao perceber que seria cassado renunciou para não perder os direitos políticos. Porém, logo em seguida candidatou-se a governador de Brasília e foi eleito – diga-se de passagem – foi eleito por uma sociedade que teoricamente sua maioria é politizada, possui bom nível social, econômico e educacional.
Em suma, quando vemos que os maus políticos são eleitos por todas as classes sociais. Que são eleitos por eleitores independente o nível social, cultural e educacional chegamos a conclusão que realmente a questão da melhoria da classe política passa pela melhoria da sociedade; não no sentindo educacional, mas no de valores morais e espirituais.
Ataíde Lemos
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