sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A igreja e sua posição nestas eleições presidenciais



A Igreja Católica (CNBB), tem exercido um papel dúbio numa posição política nestas eleições. É lamentável que uma igreja que foi o berço político do PT, não consegue enxergar a triste realidade em que este partido proporcionou ao Brasil numa das maiores crises de ética e corrupção de um Partido Político, num tempo em que a sociedade, teoricamente evoluiu em termos de cidadania, a Igreja dá um passo atrás na sua história, que certamente terá que pedir perdão no futuro.

Alguns bispos e padres têm usado de coragem e colocado suas posições a luz do evangelho, seguindo não a orientação da CNBB, mas sim, a posição do Chefe Supremo da Igreja de Cristo, o Papa Bento XVI que é defender a vida. Bispos que colocam seus interesses políticos a serviço da cultura de morte estão sentenciando-se a si próprios. “Quanto mais é dado, mais será cobrado...”, ou seja, a missão delegada é de profunda responsabilidade para os que foram ungidos para anunciar e zelar pela Boa Nova.

A Deus cabe o direito do julgamento, longe de nós, no entanto, são pelas ações que as pessoas mostram de que lado está. Não dá para uma Igreja apoiar um partido, uma candidatura que expõe claramente sua posição em relação à vida, ou seja, um partido que coloca como diretrizes praticas que atentam a vida e a Igreja se coloca a favor deste partido ou desta candidatura. Não são fundamentos evangélicos partidos e candidaturas que criam um Programa Nacional de Direitos Humanos onde coloca o aborto como meta. Que ameaça a liberdade de expressão. Que restringi a liberdade da igreja e ela ainda se coloca a favor deste partido, ainda que indiretamente.

É lamentável ver alguns bispos tecerem criticas contra pastores (bispos e padres) por alertarem seus rebanhos contra tais partidos e candidaturas que aderiram a cultura da morte e que tentam implantar no País. A credibilidade da Igreja não está no anuncio do evangelho, mas nas suas ações em favor da vida, pois o anuncio do evangelho, nada mais é que a vida em plenitude.

Quando a Igreja Católica, promoveu muitos políticos do PT e outros de partidos de esquerda, ela foi profundamente criticada, por envolvimento em seguimentos que não diz respeito a sua missão. Esta posição da igreja a levou perder muitos fieis, por desvirtuar-se de sua missão. Houve até a necessidade do Papa João Paulo II intervir, fazendo um deslocamento de bispos que penderam para Teologia da Libertação, inclusive o Sumo Pontífice teve que soltar manifestos e remanejar bispos e aposentar outros para reverter à situação.

Hoje vemos uma nova e triste realidade, a posição que a Igreja se encontra, ou seja, parte dela, inclusive com integrantes da CNBB, soltando manifestos, ainda que indiretamente, para um partido e candidatura que já expôs por varias vezes suas posições em relação ao aborto e ainda tenta silenciar os pastores que defendem o evangelho de Jesus Cristo.

Em suma, como cristão mantenho minha Fé, mas certamente, com um sentimento de frustração, por ver uma Igreja a qual tem uma missão de resgatar o homem na sua plenitude, fazer uma opção, mesmo que velada, a cultura da morte. Que Deus tenha misericórdias destes pobres pastores, os quais dão contra-testemunho cristão e, aqueles que levantam a bandeira da vida encontrem o respaldo na força do Cristo Jesus.

Ataíde Lemos

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