terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dilma e a internet



Dilma e sua coordenação andam criticando a internet, segundo eles, estão sendo caluniados através de inúmeros e-mails que circulam na rede. Culpam a internet por Dilma não ter conseguido eleger no primeiro turno.

Interessante, já culparam as instituições religiosas. Já disseram que foi a questão do aborto, mas é preciso ressaltar que sobre o aborto quem disse foi Dilma em entrevista e também o PT ao elaborar o PNDH-3. Já culparam a mídia, por veicular os escândalos da Receita Federal e da Casa Civil. Agora é a internet quem está sendo a vilã, ou seja, é a liberdade de expressão da sociedade que está lhe prejudicando. Quantos inúmeros e-mails os internatas recebem falando mal da outra candidatura? Porém isto não tem problema, agora quando enviam contra Dilma e o PT não pode, portanto, é proibido fazer campanha contra, somente a favor.

Enfim, não se pode falar contra o PT, não se pode usar o direito de expressão, não se pode fazer campanha contra, pois se fizer PT e Dilma se fazem de vitimas, de injustiçados.

Campanha política é assim que se faz; o eleitor precisa saber quem é quem. O eleitor precisa conhecer a personalidade de cada um. Saber as propostas dos candidatos. Conhecer as ideologias dos Partidos que querem governar. Não existem políticos santos, eleição não é uma disputa esportiva, pelo contrário, é o futuro de um País que está a se decidir e que tem conseqüências.

Quanto, matérias caluniosas, sempre existiram e existirão na política de ambos os lados, isto não é novidade, o que seja novo é a ferramenta da tecnologia, pois por meio da internet noticias têm velocidade instantânea e não há como ter controle sobre elas.

Estas eleições têm trazido uma nova realidade política que tende cada vez mais se consolidar que é de fato a liberdade de manifestação da sociedade em termo políticos. Estamos caminhando para uma nova era, onde a sociedade passará de passiva a ser mais ativa, ou seja, não apenas ouvirá propostas dos candidatos, mas influenciará decisóriamente nas escolhas. Em suma, os eleitores exercerão mais o direito, de certa forma, aumentará uma maior consciência política, pois num clic de mause milhares, milhões de pessoas terão exposto todo histórico dos políticos e assim estará influenciando diretamente nas escolhas. Não serão mais votos cegos.

Portanto, somente há duas maneiras de que as pessoas não sejam influenciadas pela liberdade de expressão; uma é restringir esta liberdade, ou seja, o governo limitar a democracia e um outro é por meio da educação, pois o eleitor politizado não se influencia pelas informações que recebe por ter condições de filtrar todas elas.

Ataíde Lemos

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