segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Frases - Pensamentos





        










  •          A morte de um líder não aniquila um movimento, mas dá para ele um novo ideal
  •          A ignorância do Ser humano é acreditar que por meio da violência gera a paz ou restabelece a ordem.
  •           Os erros do passado não se justificam no presente, porém em determinados casos repará-los pode causar um novo erro.
  • A evolução do Homem não permite práticas primitivas.
  • O que não permite a melhoria na sociedade é muitas vezes o movimento de andar três passos adiante e logo em seguida dar quatro para trás.
Ataíde Lemos

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Monopólio da Energia Elétrica


                   Algum cidadão brasileiro pode imaginar uma casa sem energia elétrica nos dias de hoje, onde cada vez mais há aparelhos eletrônicos? Certamente, as empresas fornecedoras de energia elétrica estão ganhando cada vez mais.

         Tais empresas chamam seus consumidores de clientes, pois bem, que tipo de clientes somos, onde não existe opção de concorrência e elas fazem o que querem e como querem com o cidadão? O cidadão não tem direito de escolha e está sujeito a todas as arbitrariedades das companhias elétricas sejam elas Cemig ou outras quaisquer de outros Estados.

         Várias mudanças ocorreram que vieram beneficiar a sociedade em serviços essenciais, proporcionando uma concorrência saudável entre as empresas e que também melhoraram a vida dos cidadãos. Uma delas que podemos destacar é a telefonia. Hoje as empresas telefônicas brigam entre si na concorrência de mercado, procurando cada qual conquistar para si, um número cada vez maior de clientes. Enfim, a concorrência trouxe com ela a democratização dos serviços e melhorias em todo o sistema de telefonia.

         No entanto, ainda estamos reféns das empresas fornecedoras de energia elétrica, que fazem o que querem com seus consumidores. Ao meu entender, há duas providências que se poderia tomar a fim de mudar esta realidade: uma delas seria o governo abrir o mercado para concorrência, onde o consumidor teria a disponibilidade de comprar energia de outros fornecedores, abrindo assim o mercado de energia elétrica. Não há dúvidas que esta abertura obrigaria as empresas a respeitarem mais os consumidores e assim o cidadão se tornaria um cliente de fato. A outra alternativa, seria o governo baixar portarias que regulamentassem a obrigatoriedade das empresas entenderem, que energia é um bem essencial, direito do cidadão e que por isso merece respeito. Assim elas deixariam de trabalhar visando somente o lucro.

         Quero aqui exemplificar como as empresas elétricas trabalham hoje em relação a suspensão de luz:

          · Primeiro: elas toleram apenas 30 dias de atraso no pagamento de conta vencida, após esta data cortam o fornecimento de energia. A única forma de aviso vem na conta seguinte. Este procedimento é errado ao meu modo de entender. Penso que o consumidor deveria ser avisado por telefone 30 dias após o vencimento da conta, tendo 15 dias para efetuar o pagamento;

          · Segundo: o cliente para ter sua energia restabelecida precisa quitar todos os débitos atrasados, mesmo que tenha uma segunda conta com apenas um dia de atraso. Enfim, obrigam a pessoa a correr atrás do dinheiro mesmo sem condições para ter a energia ligada novamente;

          · Terceiro: após o cliente fazer empréstimo para conseguir dinheiro a fim de poder quitar todas as contas atrasadas, ainda precisa enfrentar uma burocracia via serviço de atendimento, onde a empresa pede um monte de coisas. Além disso, terá que aguardar até 48 horas para ter novamente a força restabelecida. Se o consumidor tiver urgência para restabelecer seu fornecimento de energia elétrica, novamente terá que pagar um valor, que ao meu ver é um "assalto à mão armada";


          · Quarto: se a casa a qual foi desligada a energia estiver em nome de um terceiro que possua outros identificadores (padrões) em endereços diferentes, os quais também se encontrem em atraso, para que o fornecimento seja restabelecido é necessário que todos os débitos daquele “cliente” sejam quitados. Isto é a companhia elétrica não religa por endereço ou identificador, mas sim pelo número do cliente.

          · Quinto: o corte ocorre sem respeito algum, isto é, o corte de energia acontece sem levar em consideração se há crianças, idosos, deficientes,etc. Não há lei específica que priorize residências as quais necessitem da energia por questões humanitárias e essenciais. Há tantas leis que priorizam crianças, idosos, deficientes e tantos outros grupos de pessoas especiais, porém em relação à questão da energia elétrica são inexistentes.

          Em suma, é necessário que as autoridades acordem para o problema e mudem as leis referentes ao fornecimento de energia elétrica em nosso País. Não se pode permitir que as empresas fornecedoras que atuam na área de energia elétrica façam o que querem e como querem com a sociedade de um modo geral. É fundamental uma mudança de rumo no que diz a regulamentação da energia elétrica. Mudança essa, que venha de fato a beneficiar todos os cidadãos, para que não sejam mais forçados a serem consumidores e se tornem realmente clientes, ou seja, haver a democratização da energia elétrica, derrubando-se este monopólio como também se regulamentando por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica esse serviço.

Ataíde Lemos

Revisão:
Vera Lucia Cardoso

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Violência na Cidade do Rio de Janeiro



          Uma pergunta que fica sem resposta é: por que existe uma violência tão exagerada na cidade do Rio de Janeiro?

          A cidade do Rio é maravilhosa, com inúmeros cartões postais e um povo amável, hospitaleiro e culto em sua maioria. Enfim, uma cidade que encanta pela beleza e por sua gente, mas que no entanto, sobrevive com este câncer chamado violência, que parece não conseguir tratar.

          Na cidade do Rio, há um contraste entre monumentos, manções e riqueza, ao lado da miséria e da extrema pobreza. Paisagens que nos encantam por suas lindas esculturas feitas pela natureza, mas que formam um grande contraste com as favelas.

          Voltando ao tema da violência nesta cidade, ficam algumas interrogações: diz-se que a causa da violência no Rio de Janeiro se dá devido ao tráfico de drogas. Mas o tráfico não é uma questão localizada, isto é: em todos os grandes centros urbanos há tráfico de drogas. Outro fator que também se levanta para justificar a violência está na questão social. Novamente podemos argumentar, que a desigualdade social está no País de maneira geral, independentemente de se tratar de grandes metrópoles ou pequenas cidades. Enfim, parece que tais argumentos – drogas e desigualdade social – ainda que saibamos possam ser geradores de violência, não explicam por si só, a tamanha violência existente no Rio de Janeiro.

          O fenômeno que me parece ocorrer para explicar tanta violência nesta cidade maravilhosa, está em seu contraste econômico, isto é, na riqueza convivendo lado a lado com a pobreza, faltando a valorização dos mais pobres, um projeto que os leve a resgatar sua auto-estima, o que poderia se implementar, aproveitando-se o grande potencial que existe nesta cidade.

          Em todas as grandes metrópoles de certa forma há maior violência, fruto da grande população por metro quadrado. Certamente, que as metrópoles exigem uma maior estrutura e um maior planejamento na área de segurança, mas quando analisamos a violência nas grandes cidades, percebemos que o Rio sempre acaba se destacando.

          Quem acompanha os governos tanto da cidade do Rio quanto do Estado, observa que já houve inúmeras tentativas para minimizar o quadro de violência, no entanto, parece que são tentativas frustradas.

          Hoje o que parece haver no Rio de Janeiro é a existência de um estado paralelo dentro do Estado Legal, onde parte da população – a mais pobre, apóia o estado paralelo e a outra o Estado Legal. A população mais pobre apóia o estado paralelo, porque ele lhe dá segurança e acaba fazendo o que os governos não fazem por ela e também pelo medo em que esta população vive, tanto do Estado Legal quanto do paralelo.

          Enfim, a meu ver, a violência no Rio de Janeiro não diminuirá por meio da violência, prática que este governo vem adotando, como também não acabará sem uma segurança ostensiva, que transmita confiança à população das classes A, B, C, D, etc. como também aos turistas que são milhões todos os anos.

          A violência diminuirá a longo prazo, com um grande projeto social que atinja as crianças, adolescentes e jovens carentes, dando a eles uma perspectiva e esperança de futuro. Um projeto social que atinja as famílias pobres que hoje fazem parte do estado paralelo e que precisam sentir apoio e segurança para voltarem a acreditar no Estado Legal. Os governantes do Estado e da cidade do Rio, precisam subir aos morros e ir às favelas para sentirem a realidade da pobreza que está aos olhos deles. Enfim, precisam priorizar seus governos em prol dos mais pobres, porque assim, estarão também trabalhando para os mais abastados economicamente.

         Ataíde Lemos
            Revisão:
           Vera Lucia Cardoso

sábado, 3 de outubro de 2009

Jogos Olímpicos de 2016

















           O projeto elaborado para que a Cidade do Rio de Janeiro fosse contemplada para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, foi aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Há quem diga, que este é um evento onde o governo vai tirar recursos de várias áreas sociais e essenciais, para construir a infra-estrutura dos jogos. Ainda há outros, questionando que tais recursos deveriam ser aplicados numa melhoria da saúde, educação e etc. Enfim, dizem que se vai desperdiçar muito dinheiro, deixando de investir no essencial.


           Pois bem, é preciso analisar este evento de vários outros ângulos, que são certamente muito importantes, tanto em nível econômico quanto cultural, mas principalmente social.

           Primeiramente é preciso entender, que não é o governo quem se beneficia com as Olimpíadas, mas sim a sociedade de um modo geral. O governo é apenas um fomentador e avalista do evento, para que junto com a sociedade empresarial, possa construir a infra-estrutura necessária à sua realização.


            Outro fato que precisa ficar claro, é que a conquista da realização destas Olimpíadas não é de um determinado governo, mas sim um trabalho de Estado. Isto é, a partir de agora, escolhida a Cidade do Rio de Janeiro para sediar esse evento, ele deixa de ter um dono, passando a ser um compromisso de todos os que estiverem ligados ao governo e também à sociedade de um modo geral. Portanto, as Olimpíadas não são um evento partidário, sendo assim, ainda que não se aprove ou goste deste ou daquele governo, é preciso separar o evento das questões políticas.


           Mas voltando aos benefícios das Olimpíadas de 2016, podemos citar que no aspecto econômico ela proporcionará um aumento de empregos, levando a iniciativa privada a investir na construção civil, gerando assim muitos empregos. A rede hoteleira por sua vez também irá empregar mais mão-de-obra. As Olimpíadas também desenvolvem a cultura, afinal é um evento onde há um grande número de turistas do mundo inteiro, o que leva a se promover muitos projetos culturais.


           Porém o grande benefício das Olimpíadas serem realizadas no Brasil está no aspecto social. A maior crítica que se faz ao Brasil em termos de Olimpíadas é quanto ao número inexpressivo de medalhas, já que nosso País é continental e com quase 200 milhões de habitantes, mas sempre com um pífio quadro de medalhas – com exceção das Paraolimpíadas. Infelizmente até hoje a grande deficiência do Brasil de um modo geral, estava na falta de investimento no esporte. Somos um País de grande potencial, no entanto, sem um melhor aproveitamento dos jovens, isto é, sem um incentivo real do Estado à prática de esportes, investindo na busca e formação de talentos em todas as modalidades esportivas. Apenas o futebol tem tido prioridade.


           Acredito que a partir de agora, haverá um investimento maciço no esporte seja em nível Municipal, Estadual ou Federal, na busca de encontrar e promover talentos. Sem dúvida este investimento vai promover o adolescente e o jovem, inclusive ajudando-os a encontrar outras fontes para uma vida saudável, afastando assim muitos jovens das drogas. Enfim, indiretamente esta revolução no esporte que acontecerá a partir de agora, será sem dúvida um trabalho eficiente de prevenção às drogas.


           Em suma, todos nós brasileiros tanto desta quanto da geração futura ganharemos com este mega evento, que será sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Então, cabe a nós investir com entusiasmo e abraçar esta bandeira, arregaçar as mangas e ser um tijolinho, para que estas Olimpíadas possam ser de fato um evento que resgate a auto-estima do povo brasileiro e produza uma geração melhor que a de hoje.


            Ataíde Lemos 
            Revisão: Vera Lucia Cardoso