Acompanhei a
votação na Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania da Câmara Federal
(CCJC) que discutia a admissibilidade ou não do processo contra o presidente
Michel Temer pelo Supremo Tribunal Federal. Foi um espetáculo que em determinados
momentos era cômico se não fosse trágico e uma coisa séria, em outros dava pena
de ver até que ponto o ser humano (politico) se rebaixa tanto pelo Poder e pelo
dinheiro não possuindo nada no que se diz ética e moral e ainda em outros
momentos um maior entendimento da razão de muitos detestarem a politica e os políticos. Enfim,
assistir a sessão na CCJC foi uma
excelente aula de como é o mundo politico para que possamos sair da ignorância de
quem é o politico e de fato tenhamos conhecimento de quem são estes
personagens.
Primeiro: o
politico não tem ética e nem moral, ou seja, pelo Poder e pelo dinheiro fazem
qualquer negocio.
Segundo; o
politico não tem lado definido, ele é um jogador do lado que está ganhando no
momento e o que menos importa para ele é o pensamento da sociedade até o
instante que dela (sociedade) precisar.
Terceiro; para
o politico os meios justificam os fins, independente a sua consciência, isto é,
para atingir seus objetivos vende sua alma para o demônio.
Evidentemente,
este comportamento do politico é devido ao seu caráter que de certa forma, é o caráter
do ser humano de uma maneira geral, ou seja, infelizmente, o ser humano na sua
grande maioria é egoísta e para atingir seus objetivos é capaz de qualquer
coisa e é por isso que existe a Lei, isto é, são as Leis que condicionam e
freiam as ações das pessoas.
Voltando a sessão
da CCJC o que se via lá! Os que eram favoráveis a admissibilidade do processo
encontravam mil razões e milhares de argumentações plausíveis para aprovarem o
encaminhamento do processo para o STF iniciar as investigações e o julgamento.
No entanto, muitos deles se enfraqueciam pela atuação no processo de afastamento
da ex-presidente Dilma, já que que foram ferrenhas em defenderem a permanência dela na presidência.
Já os que
defendiam Michel Temer, estes eram verdadeiros patéticos querendo justificar o injustificável,
defender o indefensável. Estes ofenderam a inteligência dos brasileiros,
rasgaram as mascaras que os cobriam suas caras e escaram para a sociedade seu
verdadeiros caráter. Pois, a simplesmente, negação de investigar o presidente já
os colocou do lado dele nas atitudes e ações, ou seja, negando a investigação
anteciparam que são corruptos potenciais no mínimo.
Em suma, assistir
a sessão da CCJC re, foi uma aula de cidadania ainda que, fosse como uma aula
de anatomia, isto é, uma aula de dar nojo e para quem tem estomago forte. No
entanto, foi uma aula de grande aprendizado para se conhecer de forma mais
profunda quem é a pessoa do politico como também como é o ser humano quando a questão
envolve Poder e o dinheiro.
Praticar a
democracia por meio de voto é um direito que a sociedade não pode abrir mão
dele. No entanto, é preciso conhecer as entranhas da politica e da
personalidade do politico para que ao escolhermos candidatos não sejamos iludidos
pela sua oratória e pelo dinheiro que está por trás dele e ter a consciência que
ele na sua essência é ser corrupto (com raríssimas exceções). Ter também a consciência
de que todo o bem que ele promover para a sociedade haverá sempre um interesse
maior que não é a sociedade, mas sim, interesse pessoal ou para determinados
grupos. Enfim, a sociedade precisa conhecer de como funciona o mundo politico em
seu bastidor e a aula da CCJC foi importantíssima para nos ensinar que votar
bem é necessário votar com a razão e não com a emoção. Ou seja, politica não
pode ser paixão.
Ataíde Lemos
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