domingo, 17 de junho de 2012




Corrupção uma questão de caráter do político e do eleitor

Sempre tenho publicado artigos sobre corrupção, pois, segundo meu ponto de vista, acredito, este ser um tema de suma importância e que deveria ser algo para analise do eleitorado ao escolher seus governantes.

O grande responsável pela falta de recursos públicos está relacionado à corrupção, pois, ela onera licitações; tira recursos da Saúde, Educação, Segurança, etc. A corrupção é responsável por termos serviços públicos essenciais de péssima qualidade. A corrupção pública, enriquece ilicitamente políticos, empresários, servidores públicos em geral. Enfim, a corrupção, é um crime lesa-pátria, cujo crime, é responsável por diversos tipos de morte de responsabilidade do Estado.

Porém, sempre quando estou em rodas de amigos, ou mesmo quando participo de debates políticos,  as discussões que pairam é defender ideologias políticas. As discussões são em torno que quem fez mais e quem fez menos, de quem roubou mais ou menos. Quando o debate entra na corrupção as defesas em favor aos governos corruptos é que, o outro também é ou foi corrupto, então, começam a surgir nomes e fatos como forma de argumentação para defender tais políticos corruptos. Em suma, a corrupção deixa de ser de prioridade, mas sim de defesa do político corrupto.

Diante deste triste cenário, fica difícil defender a mudança de atitude do eleitor. Torna-se inócuo trabalhar a conscientização do voto e lamentavelmente, desenhamos um quadro de permanência da corrupção, enfim, debater o tema é algo utópico.

No entanto, muitos não conseguem perceber que ao defender um político corrupto, ainda que se use como argumento à corrupção de outros, é não aperceber-se da gravidade do que significa corrupção. Pois, corrupção é defeito de caráter e está relacionado à índole da pessoa, ou seja, se voto, se aprovo a corrupção de um político, estou de certa forma, demudando meu caráter.

Imaginamos o seguinte quadro: presencio um ato de corrupção político e aceito normalmente, dando meu voto aquele político corrupto, me igualo e exponho que sou pior que aquele corrupto, portanto, esta conduta demonstra que possuo um defeito grave de caráter. Diante, um político corrupto o mínimo que deveria fazer é bani-lo, isto é, riscar este político de minha agenda.

Finalizando, não podemos eliminar como prioridade, como essencial ao escolhermos os candidatos políticos o fator corrupção, ainda que tenhamos varias outras boas razões para votarmos neles.  Pois, a corrupção somente diminuirá, pois nunca será eliminada, a partir do momento que procurarmos banir os políticos corruptos. Precisamos ser conscientes que se estamos votando em políticos corruptos – conscientes de seus delitos – o grande problema está em nós e não neles, então, precisamos deixar de criticar a corrupção alheia e passamos a examinar o nosso caráter.


Ataíde Lemos
Escritor e poeta  

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