Corrupção
uma questão de caráter do político e do eleitor
Sempre tenho publicado artigos sobre corrupção,
pois, segundo meu ponto de vista, acredito, este ser um tema de suma
importância e que deveria ser algo para analise do eleitorado ao escolher seus
governantes.
O grande responsável pela falta de recursos públicos
está relacionado à corrupção, pois, ela onera licitações; tira recursos da
Saúde, Educação, Segurança, etc. A corrupção é responsável por termos serviços
públicos essenciais de péssima qualidade. A corrupção pública, enriquece
ilicitamente políticos, empresários, servidores públicos em geral. Enfim, a
corrupção, é um crime lesa-pátria, cujo crime, é responsável por diversos tipos
de morte de responsabilidade do Estado.
Porém,
sempre quando estou em rodas de amigos, ou mesmo quando participo de debates
políticos, as discussões que pairam é
defender ideologias políticas. As discussões são em torno que quem fez mais e
quem fez menos, de quem roubou mais ou menos. Quando o debate entra na
corrupção as defesas em favor aos governos corruptos é que, o outro também é ou
foi corrupto, então, começam a surgir nomes e fatos como forma de argumentação
para defender tais políticos corruptos. Em suma, a corrupção deixa de ser de
prioridade, mas sim de defesa do político corrupto.
Diante deste triste cenário, fica difícil defender a
mudança de atitude do eleitor. Torna-se inócuo trabalhar a conscientização do
voto e lamentavelmente, desenhamos um quadro de permanência da corrupção,
enfim, debater o tema é algo utópico.
No entanto, muitos não conseguem perceber que ao
defender um político corrupto, ainda que se use como argumento à corrupção de
outros, é não aperceber-se da gravidade do que significa corrupção. Pois, corrupção é defeito
de caráter e está relacionado à índole da pessoa, ou seja, se voto, se aprovo a
corrupção de um político, estou de certa forma, demudando meu caráter.
Imaginamos o seguinte quadro: presencio um ato de
corrupção político e aceito normalmente, dando meu voto aquele político
corrupto, me igualo e exponho que sou pior que aquele corrupto, portanto, esta
conduta demonstra que possuo um defeito grave de caráter. Diante, um político
corrupto o mínimo que deveria fazer é bani-lo, isto é, riscar este político de
minha agenda.
Finalizando, não podemos eliminar como prioridade,
como essencial ao escolhermos os candidatos políticos o fator corrupção, ainda
que tenhamos varias outras boas razões para votarmos neles. Pois, a corrupção somente diminuirá, pois
nunca será eliminada, a partir do momento que procurarmos banir os políticos
corruptos. Precisamos ser conscientes que se estamos votando em políticos
corruptos – conscientes de seus delitos – o grande problema está em nós e não
neles, então, precisamos deixar de criticar a corrupção alheia e passamos a
examinar o nosso caráter.
Ataíde Lemos
Escritor e poeta
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