Estamos chegando novamente nas eleições, aonde uns
políticos virão pedir votos e outros cobrarem seus favores como, por exemplo, os serviços domésticos,
as viagens referente a saúde e ainda virão cobrar as benfeitorias realizadas
nas entradas de fazenda, etc. Da mesma forma, os eleitores se dividirão entre
aqueles que agradecerão os favores cobrados ou não, aqueles que votarão nos
seus amigos, nos seus parentes e por fim, também haverão os eleitores que
votarão naqueles candidatos os quais que julgam ser pessoas sérias, idôneas e
capacitadas para os representarem a cidade, evidentemente, estes serão as
minorias.
Para muitos, a
atuação dos vereadores enquanto legisladores pouco importarão, como também
pouco importará os partidos e os
candidatos que estes vereadores apoiaram apóiam ou apoiarão para prefeito. O
importante será a pessoa, ou seja, o importante será a paga do favor feito.
Como alguns dizem, “votei no fulano porque arrumou um carro para levar minha
mãe, meu pai, meu irmão no médico”, sem importar que este serviço foi feito com
o dinheiro da prefeitura ou melhor, dele mesmo indiretamente. Mas, como se diz,
quando se faz um favor deve-se uma obrigação e obrigação é impagável.
Ainda é
preciso dizer que muitos candidatos sejam aqueles que buscando a reeleição ou
não, serão completamente piedosos e generosos, bancando churrascos com costelas
de vaca, darão bola, jogo de camisas, pagarão contas de luz e água, doarão
blocos, telhas, etc. Estarão levando
pessoas para hospitais da região. Seus automóveis e favores estarão disponíveis
a quem precisar. Estarão contratando ilicitamente presidentes de associações
para que sejam seus cabos eleitorais. Enfim, estarão comprando os votos e
certamente, os que forem melhores barganhadores e dispuserem de mais recursos
financeiros sairão melhores. Lembrando que tudo isto é ilegal, é imoral, é
antiético, mas é real,e ninguém viu, ninguém sabe.
Esta é a
sociedade, esta é a realidade eleitoral que não muda, porque o povo não muda.
Infelizmente, o eleitor não tem consciência do seu voto, não tem
responsabilidade com seu voto. Ela não se importa com o outro, com a
cidade e nem consigo mesmo, porque a
realidade de uma cidade, do seu Estado ou País é conseqüência de seu voto. Isto
é, ele sofre pelo seu próprio descompromisso cidadão, talvez seja esta
consciência que o leva não ter coragem de manifestar, pois ninguém admite estar
errado ou ter errado.
Pois bem, não posso deixar também de ressaltar que há
os eleitores que votarão conscientes. Haverá aqueles que não olharão se o
candidato é parente, se fez favores. Irão analisar candidato por candidato,
analisarão suas idoneidades e capacidades. Analisarão suas histórias, seus
currículos em prol a sociedade. Enfim, votarão conscientes de suas
responsabilidade, pena que sofrerão da irresponsabilidade da imensa maioria.
Ataíde Lemos
Escritor e poeta
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