A postergação de Marina Silva em
decidir apoiar Aécio Neves, já começa a lhe prejudicar politicamente. O
politico que deseja ser um líder e não apenas um politico comum, não pode ficar
em cima do muro. Não pode ter ideias fixas. Não pode ser líder apenas de um
grupo ideológico, mas sim, conquistar vários grupos da sociedade através de
decisões que abrange a todos os segmentos da sociedade. A ideologia se
implementa na ação do exercício e não apenas em falas ideológicas e para esta
ação é preciso ter posição, tomar partido, inserir na sociedade.
Marina Silva se apresentou para a
sociedade como aquela que faria surgir uma forma nova de governar. Dando
continuidade nas politicas sociais e um novo formato de fazer politica. Pois,
bem, ela não ganhou, porém, obteve um número expressivo de votos que representa
mais de 20% do pensamento da sociedade brasileira, portanto, ela tem como dever
participar da deste momento politico do segundo turno, sair da neutralidade e
optar por um candidato para fortalecer a sua tese e assim se fortalecer como
uma politica de ação e não uma politica de tese apenas.
Ao apoiar publicamente Aécio
Neves, subindo em palanques Marina só tem a ganhar perca ou ganhe Aécio, porque
ele ganhando ( o que tudo indica) ela saíra prestigiada politicamente e se
perder, ela teve partido, ou seja, não ficou em cima do muro e é este tipo de
postura que eleva o prestígio dos eleitores quanto ao politico.
As decisões de um politico devem
ser tanto pessoais quanto partidárias, porém, o pessoal deve prevalecer. Isto
é, um politico não deve se esconder numa sigla partidária para tomar uma
decisão pessoal. O que acontece é que muitos políticos usam do expediente da
sigla para não assumirem publicamente uma decisão pessoal.
A impressão que Marina Silva está
passando ao seu eleitorado é que ainda possui dentro dela o amor ao PT e isto
que não a leva tomar uma decisão, isto é muito negativo para o seu futuro
politico caso ela sonhe um dia ser uma grande líder politica nacional ao ponto
de tornar-se uma presidente do Brasil.
Da forma como ela se dirigiu a
Nação se apresentando como algo novo e da forma como o PT bateu nela,
desmerecendo-a, rotulando-a de mentirosa e tantas outras coisas ela manter este
sentimento de apego ao partido dos trabalhadores é muito frustrante para o seu
eleitorado e para tantos brasileiros que mesmo não votando nela o admira.
Em suma, Marina Silva, não pode
ficar em cima do muro e precisa entender que quem ganhou as eleições para
participar do segundo turno foi Aécio Neves e não ela, portanto, o programa de
governo a ser implementado é o de Aécio e não o de Marina. O que Aécio pode é
assumir publicamente a implementação de alguns programas apresentados por Marina
Silva, mas não da forma como se parece que ela exige para dar o apoio. Enfim,
em tudo há um limite a exigir ou a ceder.
Ataíde Lemos
Escritor & Poeta
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