quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um Risco Para Democracia



Ao ler os noticiários sobre a invasão dos sigilos fiscais dos candidatos do PSDB e de quase três mil contribuintes, tudo volta a nossa mente como, por exemplo, a quebra do sigilo bancário de Francinildo Costas; o dossiê de 2006; a demissão da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira por não concordar com a ex-ministra da Casa Civil.

Ao analisar a maneira como o Presidente Lula aborda a invasão de sigilo fiscal, transformando em réus as vitimas; fazendo de um fato sério algo irrelevante, ou seja, minimizando um crime contra Constituição Federal em algo banal e corriqueiro ao invés de tomar medidas austeras como demitir o secretário da Receita Federal é para ficarmos preocupados.

O governo diz que a oposição quer fazer palanque eleitoral a partir de um “fatinho” como este. Que a indignação é apenas para tirar proveito eleitoral do episódio. Insinua também que toda esta revolta da oposição é desespero e acusa as grandes mídias responsável de querer influenciar na decisão dos eleitores tirando de Dilma a eleição praticamente ganha. Em suma, faz de vitima o PT. 

Pois bem, hoje a oposição e a mídia são os únicos que estão a favor da sociedade neste episódio – invasão no sigilo fiscais dos contribuintes. Eles precisam denunciar com veemência o que ocorreu, pois isto é um atentado a democracia. Este tipo de crime é semelhante a paises ditatoriais. A sociedade não pode permitir que voltemos ao tempo da ditadura, onde o Estado investigava a vida dos políticos visando intimida-los e destruí-los. Estas são praticas abomináveis e que não se pode permitir.

A oposição deve explorar no máximo este atentado a democracia para convencer o eleitor em não permitir que este pessoal infiltrado no Poder, faça regredirmos em conquistas que foram atingidas pela sociedade a custa de muito sangue. A única maneira de deter de forma pacifica é por meio do voto.

O governo procura de mil maneiras atribuir este crime como factóide, ou seja, uma fato irrelevante que a oposição usa como desespero, porém, a cada dia que passa vemos que não se trata de um factóide, mas algo concreto. É um crime a democracia brasileira. Ainda que não fosse idealizada pelos responsáveis da campanha de Dilma, tudo concretiza que este crime está relacionado ao grupo que governa o País. Somente isto é motivo suficiente da sociedade repudiar e tirá-los do Poder.

Estamos diante de um golpe a democracia que se procurou dar para manter este grupo no Poder, mas que com o prestigio de Lula não houve a necessidade de usa-la como Plano B, no entanto, isto veio demonstrar o quanto a sociedade precisa estar atenta e através do voto não permitir os ventos sombrios que estão por vir. Não é sem razão que a grande mídia está estarrecida, preocupada e procurando de todas as maneiras investigar e divulgar novas informações para que o eleitor esteja atendo e não seja iludido com a fantasia criada; o eldorado brasileiro.

Ataíde Lemos

2 comentários:

loiví disse...

Ataide parabéns mais uma vez por expor aqui a sujeira que está acontecendo e que poucos tem a coragem de expor.O povo brasileiro merece uma politica mais humana e limpa..Mais uma vez parabens..bjs

Anônimo disse...

PORQUE OS CANDIDATOS GASTAM
TANTO PRA PODER SE ELEGER


e-mail pterpan@bol.com.br

Na verdade os candidatos nada gastam, apenas barganham com os financiadores de campanha e isso vem sendo chamado de Caixa 2. O que devemos é coibir, mas infelizmente por traz existem articulistas e poderes alem dos poderes políticos, o poder publico, a maquina estatal e mais, um forte esquema de construtoras se aperfeiçoando a cada ano e a cada medida provisória, a cada constituinte no sentido de dar guarida e proteger, resguardar a fraude do ponto de vista legal. Quero dizer que com a nova modalidade de PPP eles se associaram perigosamente a uma hierarquia estilo máfia que acaba dominante sufocando qualquer iniciativa, quase sempre minoria, de coibir o cartel político social que se afigura e se instala nessa republica e lentamente, porem a passos largos ultimamente, vai minando o estado Democrático de Direito.

Os grupos conforme modelo atual implantado para essas eleições, atuam sem qualquer preocupação com os meios inibidores e fiscalizadores de praticas consideradas irregulares de campanha, isso porque o esquema já vinha sendo montado com louvor pelos Bandidatos.

Aliaram-se as PPP, no estilo cartel, os fundos de pensão e os bancos, isso tornou-se uma barreira, pelo menos a curto prazo intransponível face ao extremo poder econômico. Ora, sabemos que nessas eleições quem deve bancar o C2 (que será oculto) são as empreiteiras e as concessionárias de pedágio em troca de concessões e obras.

Lê-se nos jornais noticias que os bancos estão entre os maiores doadores, o que não causa nenhuma suspeita de C2, não fossem os bancos apenas intermediários dos financiadores dos Parceiros Públicos Privados, ou seja, hoje os bancos desembolsam mediante ordem dos verdadeiros financiadores, mediante contrato de gaveta e devem ser reembolsado de maneira “legal”, tipo mediante contrato de financiamento e empréstimos, etc., serão as empreiteiras e as pedageiros que fazem parte desse pool cartelizado, que cooptam os setores responsáveis pela fiscalização, ou excluem quem não aceita participar.

A verdade é que estamos vivendo um momento de extrema gravidade e de uma avalanche de desvios oficializados, não só nesse momento de campanha política, mas que se perpetua, pra locupletar grupos e criar feudos indestrutíveis do ponto de vista de domínio político.

Na verdade não estamos assistindo nenhuma campanha política, estamos assistindo uma disputa por territórios feudais que deverão estar dominados pelas elites a partir da divisão mediante licitações e concessões nem sempre idôneas.

Luiz Pereira Carlos.
RJ, 08.09.2010