Tenho
assistido nestes últimos dias, muitas matérias sobre a redução da maioridade
penal. Já escrevi vários artigos sobre este tema expondo minha opinião
contrária por diversos fatores.
Embora seja um
tema polêmico e que, segundo grande parte da sociedade é favorável, vou fazer o
papel do advogado do diabo, pois, não acredito que a questão da violência está
na redução da maioridade penal, mas sim, na falta de gestão e de politicas
públicas que realmente atinge o adolescente infrator.
Sempre haverá
crimes bárbaros que deixará a sociedade estarrecida, seja ela praticada por
adolescentes, adultos. Sejam crimes comuns ou aqueles de ordem passional. O importante
é não perder o foco e no desespero ou na vontade de fazer justiça, cometer injustiças
ou crimes ainda maiores amparados pelo Estado.
No Brasil foi
elabora do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Um conjunto de leis que
sem duvida resolveria o problemas do adolescente infrator como ampararia de
fato a criança e o adolescente. No entanto, o ECA em muitos de suas leis são
apenas figurativas, pela falta de aplicação devido falta de estrutura operacional para sua
implementação, o que abre a lacuna e assim, há todos estes crimes praticados
pelos adolescentes que a sociedade em partes tem razão e pela ignorância (falta conhecimento) pede a
redução da maioridade penal.
Enfim, a violência
praticada pelos adolescentes infratores está em não cumprimento do ECA, que é
responsabilidade do Estado e que não cumpre o seu papel. Será que alguém em sã consciência
acredita que é a primeira vez que estes adolescentes infratores que cometem
crimes graves? Claro que não, penso eu. Estes adolescentes, no mínimo, já
passaram por internações por varias vezes, no entanto, saíram como entraram ou
ainda piores, portanto, a questão é falha no tratamento. Falha na metodologia
aplicada e vários outros fatores.
A sociedade
deve cobrar do Estado o cumprimento do ECA e não punir ainda mais o
adolescente. Vivemos num país onde há muitas desigualdades sociais. Num país
pobre que se vangloria de país rico. Vivemos numa democracia de fachada, onde o
nível de corrupção é de fazer inveja a qualquer outra Nação. Vivemos numa
sociedade que aceita a corrupção de forma passiva e natural. Um país que a
Educação, está sempre configurada entre os piores índices educacionais do
planeta.
Ataíde Lemos
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