Dependência química se cura com o amor e respeito
Este projeto
da prefeitura de São Paulo de dar moradia, alimentação e uns trocado por 4
horas de trabalho para os dependentes químicos sem a obrigatoriedade de
ingressar num tratamento de desintoxicação não é novidade, na Holanda há algo semelhante
e que bom que a prefeitura de São Paulo está querendo copiar este modelo, bem
verdade, que lá o projeto é mais aprimorado.
É preciso
ressaltar que não há um modelo de tratamento para dependentes químicos que
atinja 100% de êxito e que seja para todos os dependentes, pois, esta doença é
muito particular e cada um adapta a um modelo de tratamento, no entanto, é
preciso dizer que alguns modelos são mais eficazes que outros e depende também
do estagio da doença de cada um e todo um histórico de vida.
Porém, não
tenho duvidas que o mais eficaz seja aquele que conta com a vontade do
dependente e esta vontade precisa partir dele e não de meios externos onde o
obrigue a se tratar. Ou seja, esta obrigação em buscar tratamento deve partir
do próprio, por isto, que questiono o modelo da internação involuntária e
elogio este projeto iniciado pela cidade de São Paulo. Evidentemente, não terá
100, 90 ou mesmo 70 % de êxito como colocado acima, porém, não tenho duvidas
que obtenha grande probabilidade de dar certo se de fato ele for seguido adiante,
levando em consideração o interesse da prefeitura, juntamente com entidades que
atuam nesta área, se de fato criar no dependente um aumento de sua autoestima,
pois assim, o dependente por si só irá buscar o tratamento adequado para sair
das drogas.
Certamente, um
projeto como este vai de encontro com o respeito ao ser humano, discriminando o
dependente químico como vagabundo e fazendo-o sentir-se resgatado em sua
dignidade, através do respeito e do trabalho. Este projeto também colabora para
uma visão diferente da sociedade que observará neste dependente limpo, trabalhando
um desejo maior de contribuir para sua recuperação.
Dependência química
não caso de policia, de segurança, mas sim, um problema de saúde pública e que
tem suas peculiaridades para trata-la, para isto, primeiramente, precisa-se da
vontade do doente e de um olhar diferente da sociedade para com ele, pois, o
dependente precisa contar com este apoio.
A família é
essencial para ajuda-lo na busca de tratamento, porém, a sociedade é de suma importância,
haja vista, que nós enquanto pessoas acabamos mais dando ouvidos para pessoas
de fora do que aquelas da própria casa. As pessoas de fora às vezes, tem mais paciência
do que os familiares, principalmente, porque as famílias de dependentes químicos
em sua maioria adoecem também e precisam de ajuda e de tratamento.
Ataíde Lemos
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