sábado, 21 de abril de 2012

Falta de funcionários para trabalhar domingos e feriados





     Estava assistindo o jornal regional na TV, quando uma matéria me chamou atenção ao falar sobre a falta de profissionais na área de vendas (balconistas) e também de operadores de caixas e repositores nos supermercados. 

     Segundo a reportagem, há uma rotatividade destes profissionais atingindo mais de 10% ao mês, isto é, de cada 100 admitidos, 10 pedem demissão antes de completarem um mês no emprego. A matéria relatava que o grande problema destas demissões se dá pela carga horária, pois muitos acabam não sujeitando trabalhar domingos e feriados ainda que há um adicional de remunerarão nestes estes dias acima do que a Lei oferece. Algumas empresas estão cogitando fechar aos domingos e feriados para que possam sanar o problema. Realmente, este tem sido uma grande dor de cabeça para empresários que tem seus estabelecimentos abertos aos domingos e feriados, um exemplo é o segmento de supermercados.

     Conversando com um empresário ele comentou a falta de funcionários, justamente por ter que trabalhar neste dias. Relatava-me que mesmo pagando um adicional bom, tem dificuldade em contratar.

     Pois bem, a Palavra diz que nem só de pão vive o homem, ou seja, nem só de trabalho vive uma pessoa. É fundamental que além do trabalho haja tempo para o laser; para uma vida social ativa. Haja tempo para uma vida familiar e, são nos finais de semana, feriados que muitos se reúnem para estes momentos.

     O jovem também tem suas necessidades de laser e normalmente, são nas noites de sábados que há os entretenimentos, que ocorrem as baladas e todo jovem que trabalha no domingo e nos feriados tem estas noites privadas de diversão. Por este fator, muitos acabam buscando outros empregos nas industrias e outros segmentos onde possam ter seus finais de semana para divertirem. Pois bem, como fazer para sanar este problema? Penso que é simples e é uma questão de lógica. Se o cidadão possui 7 dias para ir as compras, certamente, com 6 dias ele não deixará de comprar.

     O grande problema do comerciante é a ganância, ou seja, seu concorrente abre as portas no domingo, então ele também precisa abrir se não perderá vendas e assim, vai se criando um vicio; vai se criando um costume, uma cultura e que tem como consequencia ocorrer o que está acontecendo.

     Muitos podem questionar: mas há pessoas que trabalham a semana e possuem apenas os domingos ou feriados para ir as compras! Acredito que esta solução pode ser compensada na alteração do horário comercial, ou seja, as empresas podem manter o comercio mais tempo aberto, inclusive com 2 a 3 turnos de trabalho.

     Em suma, quando se estabelece o Dia do Senhor, na verdade, também se estabelecendo o dia do descanso; o dia da família e não se pode através de remuneração levar as pessoas a tornarem escravas. É fundamental, que todos possam ter um dia dedicado ao lazer, a vida social, a atividades religiosas. Certamente, isto proporciona uma melhor qualidade de vida transformando em lucro para as empresas, pois o funcionário feliz produz mais.

 Ataíde Lemos 
Escritor e poeta

sábado, 14 de abril de 2012

O papel das entidades religiosas em relação ao aborto



Hoje a lei autoriza o aborto em caso de estrupo, risco de morte da mãe consequencia da gestação e criança com anencefalia. Certamente, amanhã será por outras anormalidades como cegueira, falta de membros, síndrome de down, autismo e assim consequentemente. Enfim, somente nascerão crianças “normais”.

Ao analisamos o aborto, um dos aspectos que gostaria de destacar e que acredito ser fator fundamental para faze-lo ou não, implica-se em relação ao valor que se dá à vida. Este valor a vida, não se refere num valor relativo, mas sim um valor absoluto, pleno da palavra “Vida”.

Certamente, qualquer pessoa que tenha uma formação de valores éticos, morais, mas sobretudo, valores espirituais têm ciência do que representa uma vida humana, seja ela ultrainterina, seja ela marginalizada socialmente; seja ela qual sexo, credo, etnia for, mantém sempre lutando em seu favor e a defendendo.

Infelizmente, cada vez mais, haverá o apelo pela liberação do aborto, segundo alguns relatam, esta é uma tendência mundial, e pressão de entidades vinculada as Nações Unidas. Ou seja, mais cedo ou mais tarde, mesmo contra a vontade da maioria da sociedade, haverá pressões em seus governantes para a liberação do aborto e eles cederão.

Diante desta realidade futura, o que fará com que a sociedade adere ou não ao aborto será a educação; o fortalecimento da valorização da vida e, isto se dá por meio da educação familiar; através de um desenvolvimento real da espiritualidade. Neste sentido, cabem as entidades espirituais promoverem ações que enraízam e se solidificam nas pessoas.

No ocidente, estamos vivendo uma fase contemporânea onde as religiões estão perdendo suas forças persuasivas, ou seja, muito embora, uma maioria da sociedade participe de algum credo religioso elas não seguem os ensinamentos de seus lideres religiosos. Isto é muito fácil de ser notado em suas posições contrarias aos que lhe são repassados pelos seus lideres.

Também é preciso ressaltar que as pessoas, cada vez mais, estão se individualizando, isto é, estão deixando de pensar coletivamente, para olhar somente para dentro de si, uma ideologia egoísta “O importante é o que é bom para mim e não para o outro”. Estamos também vivendo um sectarismo ideológico, onde cada grupo pensa diferentemente uns dos outros e assim, crescem a demanda por leis que satisfaçam a todos os segmentos sociais, étnicos, credos, etc. Certamente, isto tem colaborado para certas leis e ações estarem indo contra o pensamento da maioria. Por fim, toda esta nova concepção de sociedade tem sido responsáveis para mudanças substancias no conceito de sociedade, de família, de valores humanos que promovem abertura de leis que atentam ao valor absoluto da vida.

Portanto, certos conceitos profundos sobre o valor absoluto da vida, somente podem solidificar na sociedade a partir de uma ação intensa das entidades que atuam nesta área, como por exemplo, as entidades religiosas. Somente as formações de valores absolutos poderão ser os sustentáculos para que a sociedade através de suas livres escolhas, possa fazer a opção da vida ao invés da morte que são as práticas abortivas que serão legalizados em breve pelo Estado.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A sociedade exige um novo perfil do político



A União, os estados e municípios como artifício para aumentar suas bases políticas, satisfazer seus cabos eleitorais por compromissos assumidos, estão usando de um mecanismo muito perigoso que é criar (inventar) ministérios, secretarias, diretorias. Criar (inventar) cargos comissionados. Criar (inventar) sub-secretarias para assim, empregar ou acomodar todos que, de certa forma, são responsáveis ou necessários para governar e satisfazer interesses diversos.

Pois bem, este expediente tem sido um dos fatores responsáveis pela disseminação da corrupção nos cofres públicos. Pois, é impossível, uma única pessoa, por mais habilidade e austeridade que possa ter com o bem público gerenciar toda uma estrutura que o excesso de pastas exige. Infelizmente, é isto que estamos vendo ocorrer em nosso País. O fulano (político) quer trabalhar no executivo ou tem um parente, logo se cria um Ministério, ou uma Secretaria ou ainda uma Diretoria para acomoda-lo e então, necessita-se criar toda uma nova estrutura com novos servidores e assim, vai-se construindo um inchaço na máquina pública como também desenvolvendo mecanismos e facilidades para a corrupção.

O que observamos é que, quanto mais o País arrecada, quanto mais aumenta o consumo, mais o governo quer aumentar a arrecadação através da criação de taxas, industrialização das multas, etc, e sempre dizendo que falta recurso para os serviços básicos essenciais. Todavia, é impossível ter recursos onde a folha de pagamento dos servidores públicos consome mais de 60% da arrecadação pública. É impossível ter recursos para os serviços básicos essenciais, onde observamos corrupção desde os servidores do mais baixo até os mais altos escalões da administração pública. Onde há uma industrialização da corrupção envolvendo empresas privadas, públicas, etc. Ou seja, o inchaço e a corrupção no poder público, torna-se inviável para uma administração idônea e realizadora.

Estamos diante de um novo cenário de gestão publica, ou seja, é fundamental a evolução dos políticos para se atualizarem seus perfis, diante uma nova dinâmica, diante a evolução da sociedade no que se refere ao seu comportamento, seus anseios e suas exigências. Um gestor público precisa além de ser um estadista, isto é, enxergar o futuro, é necessário ser um gerente administrativo. Precisa, ter um olhar e administrar a pluralidade da sociedade, inclusive as minorias, para possam estar inseridas dentro dos direitos que a elas também é resguardada.

A globalização, a informação, a democracia são fatores responsáveis para esta exigência do novo perfil do político. Muito embora, ainda estamos diante de uma grande massa, ou seja, diante de muitos que desinteressam pela classe política, muitas vezes, os responsáveis pela eleição de uma enorme gama de políticos corruptos uma pequena minoria parte da sociedade politizada e consciente de seu papel de cidadão e detentora de direitos, está sendo responsáveis para esta nova mudança do perfil do servidor público (político).

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

terça-feira, 3 de abril de 2012

Ouro Fino passando a limpo


Ouro Fino começa a virar uma pagina de seu livro, o que se espera é que feche este capitulo, porém ficará registrado na sua biografia. Por sinal, um capitulo que maculou a cidade deixando a maioria dos munícipes envergonhados, mas que talvez tenha sido necessário para que ela possa aprender escolher melhor seus governantes.

É preciso enaltecer o trabalho investigativo do Ministério Público (MP), que não mediu esforço para enfrentar um grupo político poderoso. Enfrentou o silêncio de entidades representativas da cidade. Enfrentou um Legislativo que em sua maioria, manteve-se omisso diante de tantas denuncias de atos concretos para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Executivo. Enfrentou a omissão da sociedade como um todo, que mesmo diante tantas denuncias de corrupção não se manifestou de forma efetiva. Apenas teve um grupo de pessoas que se transformaram em arautos contra a corrupção e deram suas caras para repudiar tamanha violência se estava comendo contra os cofres públicos do município ao saírem pelas ruas da cidade, manisfestando sua indignação.

Porém, é preciso ressaltar que o MP, embora, trabalhando quase que só pela omissão já dita acima, teve um grande aliado. Aliado este, que tem feito a diferença nos casos de corrupção que estamos assistindo neste País. Este grande aliado é nossa mídia local, com destaque a Rádio Difusora Ouro Fino, os Jornais impressos locais, todos eles, e não poderia também deixar de citar as TVs regionais, que tem acompanhado dando notoriedade ao caso para que, de alguma maneira, pressione os políticos, as autoridades através da opinião publica.

Pois bem, o que se espera com o novo prefeito Lauro Tandelli, vereador este que até o momento fazia parte do grupo que apoiava o ex-prefeito, é que de fato a página triste deste livro seja encerrado e que constitua um novo governo pautado na ética, na transparência, no entanto, para que isto ocorra é preciso constituir uma nova equipe de diretores. É preciso expurgar o joio que está disseminado no trigo. É preciso trocar os nomes daqueles que estão nos cargos comissionados. E preciso abrir as portas da prefeitura para o MP. É necessária uma auditoria nas contas públicas do município. É fundamental que todos os servidores públicos, sejam eles contratados ou concursados que estiverem envolvidos nos crimes da gasolina, das licitações fraudulentas e tantas outras mais corrupções sejam demitidos por justa causa.

Enfim, um novo governo se inicia, mas os crimes estão ai, para serem investigados e que os culpados pagam civil e criminalmente pelos seus atos e também sejam ressarcidos os cofres públicos que certamente, estas corrupções foram responsáveis por mortes na saúde, pela falta de médicos, medicamentos e tantos outros danos nos serviços essenciais que a sociedade foi prejudicada.

Portanto, o que espera a sociedade é que de fato, esta triste e melancólica pagina se encerre um capítulo o qual não há o que se alegrar. E que este infeliz fim, seja o final de uma estação e o inicio de uma primavera para a querida cidade Ouro Fino.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta

domingo, 1 de abril de 2012

O STF e a Lei Seca



O Supremo Tribunal Federal (STF), jogou água fria, na Lei Seca ao decretar que somente o bafômetro e o exame de sangue são validos como prova contra ingestão de álcool no sangue do motorista. Como ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, significa dizer que a Lei, tornou-se inócua e uma arma contra o próprio Estado.

Pois bem, grosso modo, parece que o STF, cometeu um equivoco indo contra a sociedade, porém, ao analisarmos profundamente agiu dentro da legalidade, ou seja, quem cometeu erro e contribuiu para esta decisão foram os legisladores ao deixarem a porta entre aberta na Lei. Aliás, este é um expediente usado pelos nossos legisladores, produzir leis com aberturas para que sejam recorridas.

É importante ficar claro que o motorista ao negar-se em fazer o teste do bafômetro, não significa que ele tenha ingerido álcool, pois, muitas situações circunstanciais que podem levar um cidadão não fazer o teste, isto é, o motorista pode ter receio de ser encontrado presença de álcool no sangue por medicamentos ou outros fatores. Também, pode sentir-se medo, pois quem garante que o bafômetro não pode estar adulterado para que provoque a presença de álcool, mesmo que não tenha ingerido? Ou seja, embora, possa aparecer que o motorista em não querer fazer o teste se presume ter bebido, isto não é bem verdade.

Após esta decisão do STF, autoridades governamentais estão afirmando que continuarão aplicando a Lei Seca, mesmo que os motoristas não fazem o teste do bafômetro ou aceitam fazer exames sanguíneos para detectar a presença de álcool no sangue. Dizem que reterão a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o motorista sofrerá multa de quase mil reais e ainda e perderá pontos na CNH. No entanto, é preciso ressaltar que o Estado estará cometendo um crime, ou seja, como ele pode multar, reter e tirar pontos de um motorista se não tem provas de que este estava com álcool no sangue? Ou seja, além do motorista ter devolvido a CNT, retirado à multa e os pontos, ainda poderá entrar com uma Ação contra o Estado, por danos morais e vários outros artigos. As medidas administrativas são ilegais da mesma forma.

Um cidadão não pode sofrer sansões administrativas a qual será sensivelmente prejudicado com a detenção de sua CNH, perda de pontos e quase mil reais por estar cumprindo uma determinação que é legal e seu direito, isto é, estar se negando a produzir provas contra si mesmo, garantida pela Constituição Federal. Portanto, caso o Estado continue aplicar a Lei Seca, estará cometendo um erro gravíssimo. Ao meu ver, os responsáveis podem ser acionados judicialmente por contribuir para que haja uma enxurrada de Ações contra o Estado, e ainda, criar precedentes para que muitos usem deste expediente para ganhar dinheiro em cima do próprio dele (Estado)

Escrevi vários artigos em relação a Lei Seca, e um dos questionamentos é a sua tolerância Zero, ou seja, a lei foi demagógica ao exigir que em um País, cujo 95% da sociedade de alguma forma, consome álcool. Consumir álcool, não significa que todos são criminosos como a Lei quer propor. A sociedade, como um todo, não pode pagar por uma pequena porcentagem de alcoólatras que são assassinos potencias por dirigirem alcoolizados. Não são aqueles que possuem até 6 decigramas de álcool no sangue que matam no transito, mas sim, os que sempre são flagrados pelas tvs cambaleando nos volantes, inclusive estes foram beneficiados pela medida do STF. Enfim, a Lei deve ser dura para os motoristas alcoólatras, mas não para a sociedade de um modo geral que é consciente ao tomar uma cerveja num aniversario e sabe de sua responsabilidade ao pegar um volante.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta